dezembro 2009 Archives
A proposta de adesão do município de Ourém à Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) foi aprovado na última sessão da assembleia municipal. Na ocasião, o deputado Hélder Miguel (PSD) salientou a importância do vinho enquanto "património cultural mais antigo" do concelho de Ourém, destacando que o município deve marcar a sua posição e não ser apenas um pequeno representante entre os grandes. Recomendou ainda a criação de uma comissão de acompanhamento do Vinho Medieval de Ourém. O presidente da Câmara, Paulo Fonseca (PS) afirmou ser a adesão à AMPV um meio para "ter acesso a estar entre os grandes" e que esta é uma "proposta de ambição" para Ourém.
As graves dificuldades que assolam as empresas do sector económico doAguardamos então a resposta do Ministro e a lista dos beneficiários dos 100 milhões de Euros do FIEAE - FUNDO DE IMOBILIÁRIO ESPECIAL DE APOIO ÀS EMPRESAS em www.turismofundos.pt.
móvel, com particular incidência no concelho de Ourém, levaram os
Deputados do PSD, eleitos pelo distrito de Santarém, a questionar o
Ministro da Economia sobre as medidas em vigor e os apoios que não
existem, conforme pode ser verificado no documento em anexo.
Através do mapa das candidaturas aprovadas e financiadas pelo Turismo de Lisboa de Portugal em 2008, chega-se ao seguinte quadro de distribuição regional (clikar para ver maior):
(n'O Tempo chegou)
O município não está em condições de corresponder aos compromissos assumidos. Disto resulta a degradação das suas capacidade e imagem. O que, por sua vez, afecta o poder de atracção e de negociação dele.Uma das consequências mais graves é a interrupção de fornecimentos e de serviços ao município por haver saldo devedor demorado. Como é óbvio, sem ovos não é possível fazer omeletas. Ou seja, um município sem recursos não pode prosseguir as atribuições respectivas.Outra consequência, menos evidente mas igualmente grave, é a incapacidade de o município aproveitar condições vantajosas, como preços mais baixos ou descontos. Partindo do princípio de que há disponibilidade para continuar a fornecer a crédito, certo é que às entidades que pagam tarde e a horas más - como é o caso do município de Ourém - aplicam-se preços superiores e não se dá qualquer desconto.Outra consequência ainda é o município ter de optar por produtos e serviços em função sobretudo do preço (o mais baixo que conseguir), em detrimento do factor qualidade. Como não é segredo, às vezes, mais vezes do que tende a admitir-se, o barato sai caro.Também não são de negligenciar as consequências directas e indirectas da dívida do município sobre as empresas locais. As consequências directas decorrem do facto de as mesmas não receberem aquilo a que têm direito e, portanto, também elas poderem sofrer problemas de liquidez financeira por o município não liquidar as dívidas vencidas no momento devido. As consequências directas decorrem igualmente do facto de o município deixar de contar como cliente/consumidor fiável e, portanto, passar a não ser um agente que anima localmente a procura de bens e serviços. As consequências indirectas decorrem do facto de o município necessitar de mais receitas, o que - não havendo disposição a ou hipótese de reduzir a despesa - conduz a um aumento de impostos e taxas, aumento que afecta tanto as empresas quanto as famílias e, através destas, o poder de compra e a procura locais.
Num outro plano, a falta de liquidez do município afecta significativamente a sua capacidade de aproveitamento de oportunidades.Mais imediatamente, a situação financeira do município prejudica a captação de fundos da união europeia, no sentido em que a candidatura aos mesmos pressupõe co-financiamento local, isto é, que o município tenha disponibilidade financeira para participar com determinada quota no investimento a fazer.Outra limitação do município concerne ao exercício do direito de preferência sobre as transferências de propriedade de imóveis, em particular daqueles que tenham valor estratégico ou que estejam a ser transaccionados a valores claramente abaixo do mercado, perdendo-se assim um dispositivo de regulação e controlo do mercado imobiliário, o que proporciona condições para as fraude e evasão fiscais e também tem consequências ao nível da arrecadação municipal conseguida.
Outra consequência grave decorrente da falta de liquidez e do imbróglio que afecta as finanças municipais prende-se com a incerteza política. No caso de Ourém isto talvez não se aplique. Como a «gestão» do psd nunca foi orientada por uma atenção estratégica, a generalidade das realizações municipais foram acontecendo avulsas e «evoluindo» ao sabor dos elementos, sem qualquer cuidado de juízo planeador. Também agora a situação não há-de ser mais certa, no sentido em que, por causa da desgraça e por ter de acudir à resolução dela, a maioria actual na câmara municipal não tem condições para cumprir muitas das intenções e propostas que submeteu a sufrágio.Não há condições para a implementação do orçamento participativo. Antes do saneamento financeiro do município, salvo mais transparência, quase nada há a fazer neste domínio. Porquê? Porque um dos pressupostos fundamentais do orçamento participativo é o seguinte: dentro de um leque de escolhas determinadas - em termos sectoriais e territoriais -, os munícipes podem fazer as suas opções e, deste modo, contribuir para a definição de prioridades. Ora se, porque insuficiente, o dinheiro já tem destino - para satisfazer compromissos assumidos previamente -, não existe espaço de participação e pronunciamento possível no quadro do processo orçamental.
a relação entre os presidentes de junta de freguesia eleitos pelo psd;
a relação entre os presidentes de junta de freguesia eleitos pelo psd e a liderança do partido político pelo qual foram eleitos;
a relação entre os presidentes de junta de freguesia eleitos pelo psd e a câmara municipal, nomeadamente o presidente dela.
No âmbito da actividade (con)tributos será feita a apresentação do Livro: "Videntes e Confidentes, um estudo sobre as aparições de Fátima" da autoria de Aurélio Lopes. A apresentação estará a cargo do Dr. Ernesto Jana, no próximo dia 05 de Dezembro, pelas 17horas, na Biblioteca Municipal de Ourém (Largo Professor Egas Moniz, n.º 12).Biografia do autor: Investigador e professor do ensino superior, Aurélio Lopes, tem-se debruçado, especialmente, sobre a Antropologia do Sagrado, nomeadamente nas vertentes relacionadas com a religiosidade popular.
Conferencista e articulista em diversos periódicos regionais e nacionais, é autor de mais de duas dezenas de estudos publicados de que se destacam Religião Popular no Ribatejo (1999), O Percurso de Selene: A Lua na Tradição Popular (1996), Tempo de Solstícios (1998), A Face do Caos; Ritos de Subversão na Tradição Portuguesa (2000), O B. I. das Mouras Encantadas (2004), Devoção e Poder nas Festas do Espírito Santo (2004), Bielhas i Chocalheiros na ne Praino Mirandés (2005), A Sagração da Primavera (2007), A Festa dos Bugios no Sobrado; Concelho de Valongo (2008) e A Reconstrução do Sagrado: Religião Popular nos Avieiros da Borda D' Água (2009).
Actualmente é responsável pelo Observatório Cultura da Associação Civilis e coordenador da Colecção Raízes e Antropologia da Editora Cosmos.
Sinopse do livro: Os fenómenos que usualmente denominamos "aparições", revestem-se de vicissitudes sociais e culturais multifacetadas, em que se movimentam diversos actores, tanto videntes e devotos, como responsáveis pelos processos de aceitação e integração mais ou menos canónica.
E se as eventuais etapas secundárias, sempre institucionalizadas, se revestem, já, de uma multivalência doutrinária que as respectivas conjunturas vão acarretando, os testemunhos primários, constituem quase sempre uma emanação directa das personalidades dos videntes, numa conjuntura cultural bem definida.
Poder-se-á dizer-se, assim, que as aparições constituem eclosões epifânicas decorrentes de determinadas condições sociais, assentes em catalisadores culturais específicos e tendo como elemento polarizador a personalidade (não perversa, nem patológica, mas singular no seu psiquismo) do respectivo vidente!
Singularidades na relação dos homens com Deus, constituem momentos marcados pelo excepcional; pelo prodigioso.
Momentos em que a relação normal se mostra insuficiente perante a excepcionalidade ou a gravidade da ocasião. Em que a divindade resolve atalhar os canais normais de comunicação e falar, directamente, com os Homens.
São, muitas vezes, mensagens de aviso e alerta, face a um desvio devocional ou comportamental, ou um institucional religioso que tende para a estagnação e formalização ou, para um domínio, cada vez maior, da letra da lei.
Tais hierofanias radicam em pressupostos vários (tanto estruturais como conjunturais) que na conexão socio-cultural imbricam necessariamente. Os tempos são normalmente de crise social, moral ou política. Os videntes são frequentemente pessoas simples, de formação cultural baixa, emotivos e impressionáveis, levando muitas vezes uma existência dura e boçal, quantas vezes sofrida, sem perspectivas de melhoria.
Para eles o mundo é, ainda, palco de uma luta entre o bem e o mal. Luta perpétua, em que o mal confere, de alguma forma, sentido ao bem, não obstante, dever ser periodicamente vencido (ou, pelo menos, contido) em sucessivos confrontos que antecipam o confronto final e, onde, cada um, é suposto ter um papel a desempenhar.
A aparição proporciona-lhes uma importante ruptura com o quotidiano. Uma importância que os resgata à banalidade prosaica da sua existência e confere, de alguma forma, uma razão de ser, ao seu sofrimento. Fátima, naturalmente, não foge à regra.
Actividade
Comentários Recentes
Mais Comentados