Incommunicado

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Na última edição do Notícias de Ourém (n.º 3702, 5.Dezembro.2008, p. 5), foi publicado um COMUNICADO DA SECÇÃO DE OURÉM DO PSD escrito em português de sapato, COM PONTAPÉS NA GRAMÁTICA, NA ORTOGRAFIA E NA PONTUAÇÃO, QUE ENVERGONHA pessoalmente quem o redigiu e institucionalmente a entidade que o subscreveu. Para poder ser apreciado o nível de amanho da prosa e da estima e do respeito pela língua portuguesa, transcrevo abaixo um excerto da primeira parte do comunicado referido, que também serve de motivo para mais cinco notas.
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"Dr. António Gameiro, seguem alguns comentários que embora as assumamos, são também proferidos por militantes do seu partido.
Porque é que não:
(...)
- não teve a coragem de se definir como candidato à Câmara Municipal de Ourém, sendo V.ª Ex.ª o presidente da Comissão Política do PS!!
O PS não acreditou que V.ª Ex.ª possui competências,... muitas competências?
(...)
Já todos sabemos quem é o candidato!! O Senhor não será!!
- não esclarece se é ou não legal que o Sr. Dr. Paulo Fonseca, sendo Governador Civil, acumule com o cargo de Presidente da Federação Distrital do PS e candidato à Câmara Municipal de Ourém?
Porque é que no jantar do PS local a realizar no próximo dia 13 de Dezembro, em Rio de Couros, se salienta o seu nome e de Paulo Fonseca, não como militantes, mas como Governador Civil e Deputado, respectivamente.
Não haverá aqui promiscuidade partidária ou institucional?"
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Um. Como é possível constatar, uma parcela do comunicado referido assenta baterias em António Gameiro. No entanto não há vislumbre de reconhecimento do apoio manifestado por ele e pelo ps local à candidatura de David Catarino à presidência da comissão executiva do pólo turístico de Leiria-Fátima. Por lapso ou por vontade, tal omissão revela no mínimo ingratidão. O que, seja em política ou seja em qualquer outro plano da vida, não é atitude compaginável com decência.
Dois. Avançada a arenga do comunicado, é feita a acusação de falta de coragem a António Gameiro por ele não se ter assumido como candidato à câmara municipal de Ourém. Neste passo, o comunicado ultrapassa o limiar da estupidez. Porque, por ser presidente da comissão política concelhia do ps em Ourém, mesmo no âmbito de uma prova de intrepidez, nada obriga António Gameiro a assumir-se como candidato a presidente do executivo municipal.* Quem escreveu o comunicado ou não sabe o que é coragem ou não sabe o que é política ou outra coisa qualquer, não se sabe qual. E, quanto mais não seja por pejo, devia ter moderado as considerações neste plano. Pois convém não esquecer a figura triste que fez Vítor Frazão, o actual manda chuva do psd local, ao ter assumido publicamente ser candidato a presidente da câmara municipal de Ourém nos termos em que o fez. É que ele assumiu ser candidato mesmo que fosse engendrado um golpe palaciano. Mas o que é isto? Os órgãos competentes do psd já decidiram que Vítor Frazão será o seu candidato ou não? É que ele não declarou a sua disponibilidade para ser candidato. Nada disso. Vítor Frazão assumiu-se como candidato do psd à presidência da câmara municipal qualquer que venha a ser a decisão do partido político do qual faz parte. Isto não é coragem. Também não é humildade. É outra coisa qualquer. E não me parece que seja bonita. Ora, considerando isto e mais dois pormenores, o facto de David Catarino ainda não ter apoiado publicamente Vítor Frazão - porquanto afirma reservar tal apoio ao candidato que vier a ser indicado pelo psd - e dois «desabafos» recentes de João Moura (publicados nas edições n.º 3699 e 3700 do Notícias de Ourém, de 14.Novembro.2008 - p. 15 - e de 21.Novembro.2008 - p. 15 -, respectivamente), a afirmação de unidade do psd que é feita no princípio do comunicado não deixa de ser risível, tão mal disfarçado é o modo tacanho de tentar «mandar areia para os olhos» dos oureenses.
Três. Do cérebro de quem é que emanou a redação de comunicado tão bronco? Pergunto isto porque escrever mal e dar publicidade desse feito não me parece que seja grande prova de valentia.
Quatro. Como se não bastasse o disparate da alusão à coragem de António Gameiro, o responsável pelo comunicado armou-se em artista e em inventor, decretando Paulo Fonseca como próximo candidato socialista à presidência da câmara municipal de Ourém. A manobra, mais do que manhosa, é tonta. Pela evidência chã de os órgãos do ps - assim como os do psd - ainda não terem escrutinado e indicado quem encabeçará a lista respectiva ao órgão executivo do município de Ourém. Como tontaria tende a levar a mais tontaria, a secção do psd de Ourém quer que António Gameiro esclareça se Paulo Fonseca pode ser ao mesmo governador civil, presidente da federação distrital de Santarém do ps e candidato à câmara municipal de Ourém. Vamos lá a ver. Para começar, Paulo Fonseca não é ainda candidato em Ourém. Pode vir a ser, mas não é. Só isto revela o calibre da estupidez subjacente à intenção expressa nesta passagem do comunicado. É que, se a acumulação referida existe e é ilegal, o que é que o psd está à espera para fazer a participação do caso às entidades judiciárias competentes? Está à espera do esclarecimento de António Gameiro? O esclarecimento dele serve para resolver o assunto? E, atenção, neste ponto mais uma vez a desfaçatez patente no comunicado é exposta em todo o seu esplendor. É que quem o escreveu há-de saber, por exemplo, que a mesma pessoa que é chefe de gabinete do presidente da câmara municipal de Ourém tem assento na assembleia municipal. Há compatibilidade nisto? O que é que diz o regime aplicável ao pessoal dos gabinetes? Para fazer o paralelismo, há algum chefe de gabinete do actual governo que seja ao mesmo tempo deputado na assembleia da república? Será que não é evidente que alguém na condição de subordinado não pode ser simultaneamente fiscal do seu superior? E David Catarino pode, enquanto presidente da câmara municipal, andar a implicar Ourém no pólo turístico de Leiria-Fátima e ao mesmo tempo, pessoalmente, andar em campanha para presidente da comissão executiva desse mesmo pólo? O que é que garante que ele não sobrepõe os seus interesses pessoais enquanto candidato ao cargo mencionado aos interesses do município de Ourém? Nada disto parece incomodar ou sobressaltar a malta do psd cá da paróquia. O que interessa é manobrar, escrever com maiúsculas, chispar asneiras e pretender que António Gameiro esclareça a legalidade do que não pode ser ilegal porque pura e simplesmente não é, na justa medida em que Paulo Fonseca não é ainda candidato do ps à câmara municipal de Ourém. Quanto mais não seja porque as eleições autárquicas ainda não estão marcadas, embora a secção do psd de Ourém pareça achar que sim. Talvez o caso não seja de foro jurídico.
Cinco. Se é verdade que andam a publicitar a participação de Paulo Fonseca como governador civil num jantar de natal organizado pelo ps, o psd tem razão para acusar tal facto. Mas mais uma vez o redactor do comunicado devia ter revelado algum pudor. É que não é necessário invocar passados muito remotos do psd de Ourém para perceber o seu padrão duplo de preocupação. Não há muito tempo, Deolinda Simões assinou artigos de opinião na imprensa local abusando da condição e do título de presidente da assembleia municipal e não consta que alguma vez a secção de Ourém do psd tivesse emitido um comunicado a manifestar preocupação com o facto. Podia e devia tê-lo feito, até porque Deolinda Simões é militante do psd e foi eleita numa lista desse mesmo partido político. É que a coerência e a integridade na argumentação não fazem mal a quem quer que seja, menos ainda aos dirigentes sociais-democratas locais. Seja como for, não obstante o malabarismo e o sectarismo manifestado, o psd não deixa de ter razão neste ponto. Se for verdade que a turma do ps apregoa a presença do governador civil no seu jantar de natal, os socialistas deveriam sentir-se muito incomodados com o facto. A não ser que, embalados pelo espírito clemente da quadra, queiram e gostem de ser confundidos com Deolinda Simões. Ele há gente para tudo. Em Ourém não é diferente.
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* Embora não seja expresso exactamente assim, presumo que o psd de Ourém queira que António Gameiro seja candidato a presidente da câmara municipal de Ourém.

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que ponham os laranjinhas a escrever comunicados, nos furos que te^m das aulas, e' de comendar, mais vale isso que andarem na droga ou assim; mas podiam alocar um adulto para ler os ditos antes de seguirem para o jornal.

Mas quem é que pode afirmar nas palavras do Dr. Vitor Frazão de que ele seria o candidato pelo PSD à C. de Ourém.?
Ele afirmou que seria candidato à Câmara. Também poderá ser candidato como independente ou outra coisa qualquer.
No PSD ainda são os militantes que escolhem o seu candidato. No PS já não sei.

palavras de Vítor Frazão: "como disse e para sintetizar a resposta, eu serei candidato pelo PSD às próximas autárquicas de 2009. E até digo mais: eu serei candidato mesmo que, entretanto, engendrem um golpe palaciano" (in notícias de ourém, n.º 3685, 25.julho.2008, p. 6).

Não querendo ser mais papista que o papa, nem querendo passar por prof. de Português, sinto-me na obrigação de opinar sobre os pontos de vista do comentador anterior.
Quando o Dr. Vitor Frazão se assume candidato pelo PSD, assume-se numa lógica de continuidade, de antevisão do futuro próximo. Ou seja, ele sabe pela prática da vida que como vereador e na qualidade de Vice-Presidente da Câmara em exercício fará quase que obrigatoriamente parte da lista às próximas eleições. Mal seria se assim não fosse. Sabe de antemão o apoio que tem junto das bases e da comissão politica que o acompanha. Sabe também do apoio expresso por mais de uma vez pela distrital Social Democrata. Sabe também que como independente teria uma palavra a dizer na contagem dos votos. É com esta confiança que ele se assume como candidato. No entanto os Sociais Democratas locais têm sempre uma palavra a dar. E como 1º ou 2º da lista, estou convicto que o Dr. Frazão fará sempre parte do projecto para as próximas autárquicas em Ourém.

não sei o que é que Vítor Frazão pretendia dizer na entrevista que deu ao notícias de ourém em julho último. sei o que ele disse: “vou apresentar-me como candidato pelo PSD nas próximas eleições autárquicas de 2009” e “serei candidato pelo PSD às próximas autárquicas de 2009”. portanto, «quem é que pode afirmar nas palavras do Dr. Vitor Frazão de que ele seria o candidato pelo PSD à C. de Ourém.?», o próprio Vítor Frazão. ele afirmou-o taxativamente. duas vezes. pelo que não sei como classificar a tentativa de alguém iludir este facto iniludível.

a propósito do último comentário, algumas observações sobre o ensaio de hermenêutica e maquilhagem do que Vítor Frazão afirmou. se ele «sabe de antemão o apoio que tem junto das bases e da comissão política que o acompanha» e «sabe também do apoio expresso por mais de uma vez pela distrital social-democrata», de onde e por que é que choveu a sua alusão ao golpe palaciano? não me parece que faça sentido – político ou outro – alguém ter motivos para estar confiante e seguro e ao mesmo tempo admitir a hipótese de golpe (contra si). por uma razão simples: a afirmação é grave. se foi feita de modo leviano ou se foi matutada e sentida, não sei. se foi leviana, não abona a favor de Vítor Frazão. se foi pensada, não abona a favor do psd de ourém e, em particular, não permite confirmar a tese de ele ter consciência da existências de tais apoios, o que, em última instância, pode significar que tais apoios não existem ou são difusos e ténues. não sei. não invento.

dou como assente que, ao assumir-se como candidato do psd nas próximas eleições autárquicas, Vítor Frazão o fez por sentir-se “o candidato natural do psd”. ele disse-o expressamente e expôs os seus motivos. é o número um do psd em ourém. é o número dois da câmara municipal de ourém. e mais não sei quê. nada a objectar quanto a isto.

no entanto estranho que alguém interprete as palavras de Vítor Frazão como estando disponível para ser candidato contra o próprio partido político, caso não venha a ser indicado como candidato a presidente da câmara municipal de ourém pelo psd. que diabo. Vítor Frazão é o presidente da comissão política da secção de ourém do psd. por outras palavras, ele é o dirigente máximo do psd local. não sei qual é a ductilidade política de Vítor Frazão, mas parece-me necessário admiti-lo feito de plasticina para encarar tal hipótese. caso os órgãos do psd decidam outra coisa, Vítor Frazão demite-se do psd e candidata-se ao abrigo de outra lista? as palavras dele têm este significado? se sim, sem pretender negar-lhe o direito de o fazer – longe disso –, não vejo o que a sua assunção como candidato do psd, nos termos em que foi realizada, tenha de naturalidade - e menos ainda de coragem. parece-me mais algo entre o lance desesperado, a ameaça, a paranóia e o ressabiamento. mais. se as palavras de Vítor Frazão têm o sentido patrocinado pelo comentário anterior, não vejo como é que isso é compatível com os apoios que também no mesmo comentário é afirmado terem-lhe sido prestados. há aqui uma contradição lógica no argumento.

enfim, Vítor Frazão é livre, pode fazer figuras tristes. ninguém o proíbe disso, ninguém o obriga a isso. e, enquanto presidente da comissão política da secção do psd de ourém, ele pode muito bem subscrever, como fez, um comunicado vergonhoso, perante o qual é o principal responsável. neste sentido é compreensível que alguém venha tentar limpar a imagem dele e do psd de ourém. ainda assim, quanto a este caso, parece-me, a benzina é mais recomendável para tirar nódoas do que a hermenêutica.

Sou Social Democrata.

Mas tenho vergonha da elite que coordena o meu Partido em Ourém, bem como a Câmara Municipal.

São uns imcompetentes, irresponsáveis, sem sentido de dever, sem sentido de utilidade e serviço público.

Envergonham o Partido a todos os níveis.

Tachos, Tachinos e Tachadas, parece a rública "Na roça com os tachos".

É a podridão autêntica. Senão fosse a Política vocÊs eram uns merdas.

Comenta'rio apagado por mim. Pode criar um blog e ai' insultar quem quiser, caro cobarde ano'nimo.

Parece que a montanha pariu um rato.
Tanto alarido em torno da candidatura de Vítor Frazão, e eis que afinal ele tinha razão no que dizia. Em assembleia-geral do psd, no dia 12-12-2008, Vítor Frazão é por ACLAMAÇÃO da assembleia do psd nomeado o candidato aos destinos futuros do Município de Ourém. Para os mais curiosos fica aqui expresso que João Moura esteve presente e votou o seu candidato.
Se andam tão curiosos com o que se passa na casa dos outros, então que nos digam quem é o candidato pelo ps local e de que forma ele é eleito. De qualquer modo, qualquer decisão que tomem em relação ao candidato do PS ela já peca por vir a reboque da do PSD.

Na última sexta-feira também ficou publico o forte assédio do PS local em torno dos Presidentes de Junta do PSD.
Deste modo fica claro que nas hostes sociais democráticas anda por lá muito boa gente a sombrear os socialistas Oureenses.
Estranho é que essas pessoas no entender do PS local não prestam um bom serviço à comunidade local, mas no entanto já seriam bons se se apresentassem pelas mãos do PS local.
Se o pessoal do PSD não "presta", então não os tentem desencaminhar para o vosso lado.
De qualquer modo se o PSD tem orgulho nos seus presidentes de junta, mais orgulhoso ficou após a fracassada tentativa de assédio socialista.

Mas se os laranjinhas governam mal os destinos do Municipio, porque razão as rosas Ourienses tentam a todo custo levá-los para as suas hostes.
Será que são bestas no PSD e seriam Bestiais no PS. Afinal são bons autarcas ou não? Decidam-se e esclareçam os eleitores.

Correcção Amigo:

Os Laranjinhas e os Rosas são umas bestas.

E reafirmo, tenho um cartão cor-de-laranja que diz PSD.

Mas diz PSD, não diz tachos, desgovernância, oportunismo nem falta de sentido de dever.

Que é o que existe. Quem nos Governa não sabe.
Simples e directo.
O PS é sem dúvida uma má alternativa, mas porque motivo "seca o PSD" a comunidade civil?

Porque manda o PSD em quem quer nas empresas municipais, até na EPO que já se encontra indirectamente sobre o seu Pelouro?

Porque não valoriza o PSD o mérito em vez do Apelido?

Tenho vergonha de muito disto que se faz sobre a bandeira da Social Democracia.

reajo a alguns comentários anteriores. começo pela questão da curiosidade. se a tirada foi apontada a mim, confesso que quase nenhuma curiosidade tenho pelo que se passa no psd em ourém. tenho interesse de ordens cívica e profissional. atento o que é público e não tenho simpatia por informação sobre intrigas ou em forma de intriga. acresce que o psd não é uma seita clandestina e, por conseguinte, expõe-se pública e voluntariamente através dos seus militantes e dirigentes. não me comove que alguém tenha algum problema com este facto.

a propósito do psd de ourém, a minha curiosidade, mórbida – reconheço –, cinge-se ao nome do redactor do comunicado vergonhoso que motivou o post ao qual estão associados este comentário e os que o antecederam. seja como for, agradeço a informação prestada sobre a presença e o voto de João Moura na sessão de nomeação aclamada de Vítor Frazão como candidato a maioral da terra dos novos horizontes pelo psd. e assinalo a ausência de informação sobre a presença e o voto de David Catarino – se é que esteve presente e votou –, que, em entrevista recente, publicada no notícias de ourém (n.º 3700, 21.novembro.2008, pp. 6-7), declarou desconhecer se os órgãos do psd já tinham formalizado a escolha do candidato a presidente da câmara municipal de ourém (p. 6). o que, convenhamos, é revelador do modo como o anterior presidente da comissão política da secção local do psd e actual presidente do executivo municipal eleito pelo psd acompanha o seu partido político, assim como é revelador da consideração que ele dispensa aos seus órgãos. David Catarino afirmou: “não é minha função condicionar o PSD nas suas decisões”. mas uma coisa é não querer condicionar, outra coisa é estar a marimbar-se. até porque, para além das responsabilidades que teve no psd até há pouco tempo, suspeito que ainda seja militante «na casa». e é impressão minha ou o psd ainda não se pronunciou publicamente sobre a decisão de David Catarino candidatar-se a presidente da comissão executiva do pólo turístico de Leiria-Fátima, abandonando a condição de presidente da câmara municipal?

retomando o fio à meada, Vítor Frazão foi nomeado por aclamação candidato a maioral da terra dos novos horizontes pelo psd. «afinal ele tinha razão». é um modo simpático – e conveniente - de perspectivar o caso. pois pode ter acontecido, não que a montanha tenha parido um rato, que a montanha tenha ido ao encontro de Maomé. ou seja, a nomeação aclamada pode ser perspectivada como uma aceitação condicionada ou imposta pela intenção de Vítor Frazão. se há quase cinco meses Vítor Frazão já tinha anunciado que seria o candidato do psd, o que é que aconteceu na passada sexta-feira? será que pode afirmar-se que o psd «pecou por vir a reboque» de Vítor Frazão? será que pode dizer-se que o psd limitou-se a obedecer ao chefe? será que o psd foi forçado a dar razão a Vítor Frazão? estas perguntas têm função retórica e servem sobretudo para demonstrar a fragilidade do registo utilizado no comentário das 10:00 am. noto ainda a contradição entre a pretensão de, agora, quando tomar a decisão sobre o seu candidato, o ps «pecar por vir a reboque» do psd e o que foi declarado no comunicado da secção de ourém do psd escrito vergonhosamente. será que na sexta-feira havia quem não soubesse quem vai ser o candidato a presidente da câmara municipal de ourém pelo ps? é que foi escrito no comunicado referido que «todos» - pelo menos no psd - já sabem quem irá ser o candidato socialista. afinal como é que é? o ps já escolheu o candidato ou não? admitindo como verdadeiro o que foi afirmado no comunicado – que a malta do psd já sabe quem irá ser o candidato socialista –, pode declarar-se que a nomeação por aclamação de Vítor Frazão ocorrida na sexta-feira passada «peca por vir a reboque» do candidato escolhido pelo ps? ó valha-me a santíssima paciência, porquanto, se for para levar a sério, isto dói um bocadinho. e continuo na minha: com benzina é mais fácil.

quanto ao «forte assédio» – pergunto-me: há assédio fraco? – dos socialistas a presidentes de junta de freguesia do psd, pouco posso adiantar. é necessária mais informação do que aquela que foi oferecida pelos comentários anteriores. e, salvo o que é exposto ou transmitido publicamente, nenhum conhecimento tenho sobre o caso. partindo do princípio que presidentes de junta de freguesia do psd foram abordados por dirigentes do ps, não sei os motivos, os termos e os alvos do «forte assédio» afirmado, assim como não sei as razões que levaram quem foi alvo de «assédio» a tornar infrutífero o «forte assédio». à cautela, aconselharia apenas uma moderação na vanglória. porque da vanglória à glória vã vai pouco, muito menos do que vai de alce a veado num dicionário com as páginas todas. explico. é que, por exemplo, o «forte assédio» referido pode ter acontecido não tanto porque quem foi abordado é um autarca extraordinário, mas sobretudo porque esse quem é um cabo de galopinagem capaz de arrebanhar um lote de votos considerável ou é um cacique apetecível para tirar proveito das suas redes de contacto e influência em termos eleitorais. isto para não admitir que o tal «assédio forte» serviu aos socialistas para sondar em que medida é que quem foi «assediado» está contente com o psd, está a pensar em tornar a ser candidato, etc. e tal. o rol de motivos possíveis é tão lato, o repertório de manhas e tácticas é tão extenso, de uma e outra parte, que não adianta estar aqui a desfiá-lo. o psd – ou pelo menos alguém em seu nome – está contentinho com os presidentes de junta de freguesia que foram eleitos sob a sua sigla em chãos de ourém? está bem. não espanta. o que não significa que isso seja bom. ou que seja mau. é o que é. over and out.

Ena, como isto vai de candidatos...
E... admiro-me não terem colocado a hipotese de uma coligação entre PSD e PS ... um único candidato ... com tanto assédio... tudo é possível

Porque vi e estava presente, posso informar que o Dr. David Catarino na Assembleia Geral do PSD, foi o primeiro a tecer fortes elogios ao Dr. Vitor Frazão e a manifestar-lhe todo o apoio.

Gostaria que me ajudassem a esclarecer uma cuscuvelhice que me persegue. Quem é que pagou o jantar de Natal promovido pelas hostes socialistas Ourienses. É que em tempo de vacas magras é de estranhar a abundancia de dinheiro nos cofres socialistas ou dos seus mecenas.

Andam loucos os PPD's do concelho.
São muitos empregos que podem ir de frosques.
É de preocupar.
Viva o PPD!

A aclamação de Catarino em uníssono faz-me lembrar os clubes pequenos quando estão para iniciar um jogo, e mesmo sabendo que vão perder, gritam e incentivam-se mutuamente.
É que as sondagens não mentem.
Nem os episódios recentes de divisões dentro do PSD.
Houve aqui um comentário muito interessante: "São muitos empregos que podem ir de frosques".
É verdade. Já viram se o PS ganha a Câmara quantos primos, afilhados, sobrinhos, enteados, Paus, Cavacos, Oliveiras, Azinheiras, Catarinos, Ferreiras, Magalhães, Sousas, Franciscos e outros demais têm de ir à procura de outro emprego?
O Carlos Dias que aui escreveu que é do PSD e que escreve:
E reafirmo, "... tenho um cartão cor-de-laranja que diz PSD. Mas diz PSD, não diz tachos, desgovernância, oportunismo nem falta de sentido de dever.".
Se são os próprios militantes do PSD a reconhecer o caos que reina na Câmara, como é que as pessoas do PSD ainda querem argumentar?
Metam a viola no saco e calem-se. O silêncio, neste caso seria de ouro. Quanto mais mexem, pior cheira...
Parabéns Dr. Sérgio Fária pela forma como tem, de forma livre, comentado o que de bem e mal se passa nos paços do concelho.
Um bem haja

Obrigado pelo apaganço...gostava de ver aki o cartao de militante do carlos costa...era engraçado...os termos ke usei sao os mesmos ke esse sr usa...deve ser um psd especial de corrida...tendo atençao ao cuidado ke teem com a sua pessoa por aki...sergio faria sabe do ke fala..mas o Catarino deu apoio expresso (tardio) a Frazao..se apagarem...deixem pelo menos as moscas...

Tenho um cartão do PSD, cotas em dia.

Apenas não revelo o número por razões óbvias.

Quando o Dr. Frazão envia para a EPO o nome de pessoas que quer colocar, seguido do campo de observações onde escreve "filho de fulano tal", quer dizer tudo.

Acabou-se o mérito e viva o apelido.

E sim "Fernando Ruas", concordo com o que diz.

Mas o PS não é melhor, muito menos nas pessoas do Fonseca e do Gameiro.


O primeiro passa a vida na esplanada em Ourém em vez de tar no Governo Civil, já o segundo apela à igualdade mas não a pratica.

Fica no entanto aqui o registo de algum do trabalho do segundo na Assembleia da República.

http://www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/Paginas/DetalhePerguntaRequerimento.aspx?ID=45047
http://www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/Paginas/DetalhePerguntaRequerimento.aspx?ID=45046

Requerimentos à Presidente da Assembleia sobre a questão financeira da Câmara de Ourém.

Uma prendinha de Natal.

Alguém das hostes socialistas já se esqueceu da expressão "JOBS FOR THE BOYS" de Eng. Guterres. Quem tem telhados de vidro não deve arremessar pedras. Se os socialistas Ourienses são desapegados dos Tachos, então porque é que são sempre os mesmos a terem o lugar de deputados. Paulo Fonseca e António Gameiro. Tão desapegados dos tachos que eles são!!!! Será que em Ourém não há mais socialistas candidatos a esses lugares? É que apesar de não ser muito velho vejo-os sempre a eles nos lugares elegíveis. Nos lugares de elegibilidade duvidosa já vejo outros. Porque será?

ai o padrão duplo. e ai os telhados de vidro. como são bonitos e ficam tão bem na «casa» dos outros.

a atenção afiada em relação à «casa» dos outros e a nenhuma ou pouca atenção em relação à «casa» própria não é uma propriedade que seja estimável. não é preciso invocar os princípios kantianos que devem orientar a razão prática para perceber isto. critérios são critérios e tanto no plano da decência quanto no plano da justiça devem ser aplicados os mesmos a casos diferentes. é por isso patético que, a propósito de «sempre os mesmos», «os lugares» e «os tachos», alguém do psd cá da terrinha peça contas aos socialistas, sem que atente nos exemplos lá de «casa» e os denuncie com tanta veemência quanto a que aplica a exigir explicações à concorrência sobre as conveniências particulares dos respectivos militantes. neste ponto o caso não é resolúvel com benzina. basta coerência. vergonha também serve, mas, raio, não convém exigir demasiado.

indo por partes, começo por notar que entre a malta do psd a sintonia falha ou o cuidado com a coerência é nenhum, o que não é bom augúrio. no comunicado da secção do psd de ourém (in notícias de ourém, 3702, 5.dezembro.2008, p. 5), o tal vergonhoso, António Gameiro foi acusado de ser frouxo por, enquanto presidente da comissão política do ps local, até à data não ter ousado assumir-se como candidato a presidente da câmara municipal cá do sítio. agora, no comentário anterior, alguém entende que, a propósito do mesmo António Gameiro, «lá está, sempre o mesmo socialista, a alapar-se à honra e ao salário correspondente». como é que é? quando alguém, socialista, note-se – porque parece que a qualificação desse alguém é importante em termos do juízo a ser emitido –, se candidata revela ser corajoso ou revela apego aos tachos? não interessa, pois não? o homem é do ps e isso, abrenúncio e cuidadinho três vezes, revela tudo. os do psd, todos, até os «híbridos» a que aludiu João Moura (in notícias de ourém, n.º 3699, 14.novembro.2008, p. 15), por condição disso mesmo, serem do psd, é que são virtuosos e manifestam desapego em relação a determinadas alfaias da culinária. atente-se.

é hoje evidente que David Catarino não quer continuar a ser presidente da câmara municipal. e ele mesmo, numa demonstração de não estar «agarrado ao lugar», explicou como é incerto o seu futuro. “serei ou não eleito [como presidente da comissão executiva do pólo turístico de Leiria-Fátima]. Se o for, naturalmente suspendo o mandato na Câmara. Se não for, continuarei o meu mandato na câmara” (in notícias de ourém, n.º 3700, 21.novembro.2008, p. 6). ou seja, se conseguir «agarrar outro lugar», David Catarino deixará de «agarrar o lugar» – e o vencimento – de presidente da câmara municipal de ourém. se não conseguir, continuará… como surge evidente, neste exemplo é patente o «desapego» de David Catarino. isto para não invocar o tempo em que ele acumulou a condição de presidente da câmara municipal com a presidência do conselho de administração de duas empresas municipais - criadas sob desígnio seu - e recebeu vencimento das três partes. será que foi também neste facto que Vítor Frazão pensou quando disse que David Catarino «absorve demais»? (in notícias de ourém, 3685, 25.julho.2008, p. 7). e se isto não for suficiente para demonstrar o «desapego» das hostes do psd às asas dos potes em que é feito o refugado, como prova da rotatividade de responsabilidades em ourém entre militantes do psd também poderia ser apontada a nomeação, no princípio do mandato municipal actual, de dois ex-vereadores para a presidência do conselho de administração daquelas mesmas empresas municipais. tudo isto é público e recente.e não mete socialistas de ourém. portanto está bem.

um parágrafo mais. o dirigente máximo do psd de ourém mostra como a reverência «aos mesmos, os do costume, que ocupam os lugares» não é importante nem é cultivada lá em «casa». palavras de Vítor Frazão: “eu sinto também o apoio do prof. Mário Albuquerque, que já foi presidente da câmara e é, actualmente, deputado” (in notícias de ourém, 3685, 25.julho.2008, p. 6). Mário Albuquerque foi presidente da câmara municipal e da assembleia municipal de ourém, foi governador civil de santarém, foi deputado na iv, v, vi, vii, viii legislaturas e é na actual, a ix. mas, está claro, no ps é que «vêem-se sempre os mesmos nos lugares elegíveis». no ps é que são sempre os mesmos a «ter o lugar de deputado». no psd não. aliás, isto é tudo tão verdade que, seguramente, Vítor Frazão ponderou durante muito tempo a hipótese de candidatar-se à câmara municipal em sétimo lugar na lista do psd. para dar o exemplo do desapego que, parece, lá na «casa» é muito prezado. tão prezado quão não praticado e não vigiado. por que será?

Caro sf vejo que não gostou das pedras que lhe caíram no telhado. É normal é humano que assim seja. Mas se entende que são sempre os mesmos, e por uma questão de coerência nas suas palavras, fico desde já mais curioso com a lista que será apresentada pelo PS a sufrágio pela população Ouriense para comando dos desígnios do burgo.

Desculpem a analogia, mas não posso deixar de notar que em equipa que vence, não se mexe. E neste campo o PSD em Ourém tem sido claramente ganhador. No entanto sempre se vai refrescando a equipa com a admissão de novos autarcas na equipa que comanda o campeonato concelhio.

Não posso deixar de referenciar que o Dr. Frazão iniciou a vida autárquica numa Junta de Freguesia. Passando a vereador, a Vice-Presidente e candidato a Presidente.

Tal percurso não colhe nas hostes socialistas. Mas na casa Socialista mandam os que lá estão. Nem me atrevo a ditar “bitaites” pois sei o acolhimento que teriam e o ridículo que seria.

Tenho orgulho no PSD local, não me revejo em todas as opções tomadas, mas não deixo de apoiar esta EQUIPA VENCEDORA. É que o candidato a Presidente da Câmara não é mais do que um jogador nesta equipa que conta com Presidentes de Junta e Presidente de Assembleia-geral e demais autarcas.

O PS em Ourém tem perdido sistematicamente a corrida autárquica. Está visto que os que lá estão não colhem frutos neste concelho. A população Ouriense entende que não são os mais aptos a comandarem o Município. Se tanto insistem com os mesmos, é porque são teimosos, são cegos, ou gostam de perder eleições? È que o espírito renovador não me pareça que colha adeptos na casa socialista Ouriense.

Li à pouco no Noticias de Ourém, que o jantar do PS foi pago com as quotas dos Socialistas Ourienses. Pasme-se a minha surpresa, eles até ficaram preocupados de modo a vir para a praça publica justificar o pagamento de lauta refeição.

Mas, por defeito de formação, pus-me a fazer contas. E pensei 500 refeições a 10€ cada dá mais ou menos 5.000€. Não é brincadeira, é mesmo muito dinheiro. E fiquei com algumas dúvidas: Será que existem assim tantos militantes no PS em Ourém? Será que as quotas dos "poucos" que existem são assim tão elevadas?

Hummmm não acredito, aqui à gato!!!!

Que eu saiba todas as colectividades do concelho andam nas horas da amargura, e a do PS anda de saco cheio!!! Se fosse em Felgueiras até saberia a cor do saco, aqui não sei.

Li também que o Dr. António Gameiro não gostou do reparo do artigo do Zé d´Ourém. Paciência, não tivesse faltado na sexta-feira ao Parlamento que já não havia assunto.

Ando a ver muitos cartazes publicitários socialistas, nas entradas de Ourém. Nas outras terras não sei, porque ao contrario do que afirmava o Eng. Tec. Sócrates em período eleitoral, eu, mais remediado não estou, pelo contrário, cada vez tenho menos dinheiro para atestar o depósito do carrito. Não dá para andar a passear a ver como é nos outros concelhos. Mas que começa a aparecer dinheiro para em operações de charme adormecer o pessoal, isso aparece.

Já agora, não sei porque é que o “Magalhães” não aparece em Ourém. Será que as outras terras são mais importantes que a nossa. Não é que entenda que a minha prole precise, é que como em tudo na vida a miudagem quando vê um colega com um brinquedo novo, também quer um igual. Mal empregado dinheiro dos contribuintes Portugueses. Mas entendo que se há para os outros também deve haver para os nossos, não quero contribuir para uma úlcera à miudagem por lhe negar o brinquedo novo. Pode ser que depois tenha mais tempo para ver televisão, sem lhes pedir para desligarem a playstaion. Será que o Eng. Tec. Sócrates está a espera de eleições para em conjunto com o Sr. Governador Civil virem proceder à entrega dos “Magalhães”.

Vamos esperar para ver.

Caro "PSD de 3a". Você deixa-me com os olhos em lágrimas, de tanto rir. Leva-se a sério?

Caro António, se estes meus comentários o fazem rir, então porque perde tempo a comentá-los. De qualquer modo esteja descansado que não pretendo baixar o nível e partir para o brejeiro.
Se quiser partilhar ideias faça-o, se possível de forma elevada. Cá estarei, para se assim o entender lhe dar a conveniente resposta.

eu nao entendo e essa do apoiar a equipa vencedora.. quando se fazem tantas asneias e erros estrategicos como os executivos do psd na camara de ourem (estes que la estao e muitos outros.. ou serao assim tantos?) acho que ninguem fica a ganhar.. ficamos e sempre a perder. pelo menos o concelho. eles e que la ganham!

essa de eu «não ter gostado das pedras que me caíram no telhado» ou é equívoco ou é estupidez ou é má fé. uma vez que escrevi apenas sobre o ps e o psd de ourém ou sobre pessoas relacionadas com um e outro dos partidos políticos referidos, não percebo o que «o meu telhado» tenha a ver com o caso. mais. ao nível a que que o caso foi posto, também não estou interessado em perceber.

o que tentei antes foi demonstrar que, por cá, há quem avalie o ps com determinados critérios e o psd com outros. e que, aplicando os mesmíssimos critérios que esse quem aplica ao ps, verifica-se que o psd não sai lá muito bem na fotografia. na prática, se o ps é mau, só fazendo batota nas apreciação e avaliação políticas é que alguém pode dizer que o psd é melhor.

este é o motivo pelo qual não tenho paciência para o padrão duplo. menos ainda para o joguinho da poeira de quem parece apostar mais na confusão do que na elucidação. não sei o motivo pelo qual há quem tenha interesse em tal joguinho. mas noto que parece mais empenhado em limpar a imagem da «casa» que afirma sua do que em limpar propriamente a «casa». percebo. mesmo com benzina é díficil.

por fim registo como curioso o facto de esse quem não ter percebido, desconheço se por vontade ou incapacidade, que lhe reconheci razão em muito do que acusa o ps. tanto que esforcei-me por demonstrar-lhe isso mesmo com exemplos do psd de ourém. não foram poucos.

ao contrário do que costuma dizer-se, o pior cego não é aquele que não quer ver, é aquele que não quer que os outros vejam o que ele não quer ver. azar. há uns anos que tenho um olho à cyborg.

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