Era uma vez na bolha D&D

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Hoje aconteceu mais uma sessão da assembleia municipal. Novamente verificou-se que o regimento de tal órgão é uma coisa que, embora exista, parece que não existe, pelo menos para regular o seu funcionamento. Porquê? Porque verificou-se outra vez que, para além de ter falado nos tempos próprios e quando a mesa lhe concedeu expressamente a palavra para o efeito, David Catarino interveio quando lhe apeteceu - como se fosse o maioral do pedaço -, chegando a botar faladura em momentos da ordem de trabalhos onde não havia cabimento para a participação do presidente da câmara municipal. Mais em concreto, sem pedir autorização ou sem que tal autorização lhe tenha sido concedida pela presidente da mesa - quanto mais não seja porque, respeitando o regimento da assembleia municipal, tal autorização não poderia ter-lhe sido concedida -, interrompeu membros da assembleia municipal que estavam no uso da palavra. Interpôs-se na sequência de intervenções. Reclamou a consagração regimental do seu direito de intervir no ponto consignado às intervenções de interesse local ou às declarações políticas de interesse gerais - o que, antes, não o inibiu ou estorvou. E, cúmulo da arrogância e da desfaçatez, sem revelar consciência da condição e dos termos em que o presidente da câmara munipal deve participar num órgão a que não pertence, abusou da palavra e classificou como falta de educação uma declaração de voto feita por alguém do grupo municipal do psd e presidente de uma junta de freguesia. Deolinda Simões, a quem compete dirigir os trabalhos e garantir a ordem da sessão, tudo isto consentiu. Tão pouco admoestou ou censurou David Catarino quando este teceu considerações objectivamente ofensivas para um membro do órgão cuja mesa preside, negligenciando, assim, um dos deveres que as regras lhe atribuem. Não espanta. Após algumas intervenções críticas de membros do grupo municipal do ps, Deolinda Simões decidiu acrescentar um remate ora sarcástico ora desvalorizador, tipo boca de quem toma as dores da maioria, comportamento que não é inédito. Seja como for, enquanto presidente da mesa da assembleia municipal, a Deolinda Simões compete dirigir a sessão de modo isento, o que significa que deve abster-se de mandar bitaites ou fazer apreciações desatinadas, por tais práticas não terem enquadramento nas suas competências e constituírem abuso e desvio do seu papel.

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