"O presidente da Câmara Municipal de Ourém ameaça desistir da requalificação da Avenida D. José Alves Correia da Silva, caso o Governo não assuma o financiamento do troço daquela estrada nacional que atravessa a cidade de Fátima". Pormenores in Região de Leiria, n.º 3589, 29.Dezembro.2005, p. 16.
Os donos da Igreja resolveram avançar com aquela construção ultra agressiva que mais parece um estádio de futebol e entraram pela estrada dentro levando tudo à sua frente.
Na minha opinião deviam ser eles a repor as condições de acesso. Para que querem os milhares de lucro? Se eu fizer uma obra e estragar os acessos do meu vizinho eu é que pago o arranjo.
Quem são eles para impor ao orçamento que pague isto?
E essa rata manhosa do David Catarino lá lhes está a fazer o jogo...
As despesas deviam ser pagas na íntegra pelo promotor da obra, o Santuário. Apesar da revisão da concordata, o certo é que ainda há bispos que vão de Falcon para o Vaticano. Em Portugal, parece que a Igreja ainda não se separou do Estado.
E o tom parece mesmo ecumenizar um levantamento popular à escala nacional.
Depois de uma pesquisa pelos arquivos do Castelo, deixo alguns números:
Em 25 de Janeiro de 2004, afirmava-se que a primeira empreitada iria ter um valor de 16 milhões de Euros e que a obra deveria ser inaugurada em Maio de 2007. E mais,
O presidente da Câmara de Ourém, David Catarino, disse que os poderes públicos vão acompanhar as obras do Santuário, promovendo a requalificação da zona envolvente e das avenidas D. José Alves Correia da Silva e João XXIII.
Pois, a chatice foi o governo ter mudado.
Hoje, lemos no Região de Leiria que também existe um valor adicional de 19 milhões de Euros para as obras de requalificação da avenida.
17,7 milhões de euros foi a receita do santuário no ano de 2004.
Ora...
Quem estragou, que pague.