Há uns dias, estando sentado num café na Freixianda, vejo três miúdos a passar na rua. Um deles bebia uma Coca-Cola de litro, enquanto outro comia umas batatas fritas. Ambos esvaziaram o conteúdo ali à minha frente e, sem a menor preocupação, atiraram para o chão a garrafa e o pacote vazios.
Indignado, levantei-me e fui perguntar-lhes se achavam bem o que tinham feito. Entreolharam-se, meio confusos, tentando perceber o que tinham feito de errado. Lá perceberam e apanharam o lixo para, espero eu, o colocarem no caixote mais próximo.
Estavam ali algumas pessoas comigo. Pelos olhares que recebi, deviam estar a pensar: "... mais um com a mania da protecção do ambiente ...".
Assim não vamos lá.
Via Na Ponta da Língua.
E eu acrescento. Não é só uma questão de respeito pelo ambiente. É sobretudo, uma questão de educação e a falta dela.
Acho que o problema não é só devido à educação. Em França (aonde nasci), qualquer pessoa apanhada em flagrante apanha uma valente multa e é considerado pelo resto da população como um "porco". Quando vejo os imigrantes "luso-franceses" de regresso a terra, acho estranho eles atirarem o lixo pela janela do carro. Lá não o fazem, cá tudo bem...Será que a população é tão burra que vai ser necessário fiscalizar ?
Concordo com o João: os mais cumpridores lá fora, são (há excepções, claro!) os primeiros a não cumprir cá dentro!
Infelizmente, é uma grande doença da gente das nossas bandas... É só ver a Fonte do Malhão (Ramalheira) cheia de detritos, as valetas do concelho, etc. Quando eu estou fora, a minha avó vem tratar dos meus gatos. No início, atirava com as latas da comida para o meu quintal. Uma vez expliquei-lhe que não se fazia. Ela nunca mais o fez. Mas ainda se farta de rir quando me vê ir de bicicleta levar as garrafas de vidro e as embalagens de cartão aos ecopontos...