Segundo David Catarino, "o interesse público resulta sempre do conjunto dos interesses particulares" (vide Notícias de Ourém, n.º 3510, 11.Fevereiro.2005, p. 5). Em que raio de manual de direito administrativo é que ele encontrou esta definição? Alguém sabe?
O interesse público, segundo a doutrina de David Catarino
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Se o interesse público resulta do conjunto dos interesses particulares, então os interesses do promotor, construtor e presidente de câmara não se podem sobrepor ao conjunto de interesses do resto da população do concelho.
O melhor mesmo é o Sr do Intermarché ir construir aquilo tudo num Concelho que queira.
Esta polémica já cheira...
Este rapaz frederico é o verdadeiro representante da população de Ourém, pois conhece bem o que ela quer.
Ponham o olho no miúdo.
O problema é que o pdm foi feito à luz dessa doutrina de interesse público. Se na altura este interesse privado fizesse parte do conjunto desses interesse privados que são, segundo catarino, o espelho dos interesses públicos, talvez essa obra fosse legal. Ou não.
Era uma vez o Zé. O Zé é do povo. O povo é o Zé. O Zé gosta de ser anónimo. O Zé gosta de gozar. O Zé não tem que se mostrar, porque o Zé somos todos nós. O Zé desconfia, sobretudo daquilo que não conhece. O Zé ri-se das palavras dos outros, porque de palavras estamos todos fartos. Mas o Zé sabe bem do que conhece porque o Zé quer o seu bem-estar, o Zé quer viver bem. O Zé anseia pelo progresso. O Zé sabe que o progresso não para. Para o Zé, os que tentam parar o progresso são uns cachopos sem nada para fazer. Gente estranha que fala em ordenamento e respeitar a lei. O Zé sabe bem que o povo não quer saber disso para nada. Porque o progresso é inevitável. E o povo quer o progresso. PDM/RAN/REN? O que é isso perante o progresso? O progresso não pode parar! Se a lei vai contra o progresso, acabe-se com a lei. O Zé sabe que o progresso tem que se ver, tem que estar à vista. Os pormenores não interessam, é preciso decidir, é preciso agir, é preciso agarrar o progresso antes que este se escape para o vizinho e este faça troça do Zé. O Zé quer o progresso e o progresso quer o Zé. Deixem falar o Zé. O Zé sabe. O Zé desconfia quando os outros falam diferente. Mas o Zé não se deixa enganar, porque para o Zé, uma verdadeira cidade é aquela que tem bons hipermercados e centros comerciais. Que se lixe o comércio tradicional e as ruas vazias, porque os comerciantes não arranjam lugar para o carro do Zé e o Zé não gosta que lhe fechem a porta aos Domingos. O Zé sabe que o poder local não pode fazer nada contra isso. E a estrada? O Zé sabe que a maldita curva da morte tem que ser eliminada. É uma curva assassina. A curva que mata gente indefesa que tem a coragem de ali passar. Para o Zé, estes ignorantes que não se importam com esta questão não lhe merecem respeito. São uns ingratos que não reconhecem a beneficência privada. Porque se o problema existe desde longa data, só agora é que há uma verdadeira oportunidade para o resolver. O Zé sabe que os que passam a vida a falar nunca fizeram obra. Porque o progresso é isso mesmo, é uma obra. Porque progresso só há um, é o do Zé e de mais nenhum. É por causa destas coisas que o país não vai para a frente!
sf e Fred, não sei se se lembram do Sr. Cautelas, o tal que tinha problemas com o peso das velas, é o actual Zé, o bífido do yahoo.com.br, só que agora está com problemas em saber quem é o representante da população de Ourém. :) Ó Zé já "todos" sabem quem é, deixe-se lá desses anónimatos ou então arranje outro registo... Ficava-lhe bem!
Sim Miguel, na gíria de blogs e fóruns, estas personagens costumam ser chamadas de 'trolls'. Numa tradução tosca poderíamos dizer em bom português que são uns 'cobardolas anónimos'.
eu prefiro 'calhau anónimo'.