Sobre a construção do novo Intermarché na Corredoura, é notícia no Jornal de Leiria:
A Assembleia Municipal de Ourém pronunciou-se, sexta-feira passada, a favor da declaração de interesse público da relocalização do Intermaché para que parte dos terrenos onde o novo empreendimento está a ser construído possa ser desafectada da RAN-Reserva Agrícola Nacional. A deliberação, aprovada com os votos contra do PS e a abstenção do CDS-PP, é justificada pela necessidade de retirar o estabelecimento do centro da cidade devido à construção do Parque Linear. David Catarino, presidente da Câmara, frisa ainda que a nova localização permitirá requalificar a rede viária da zona da Corredoura, onde será instalado o Intermaché, e eliminar um ponto negro da sinistralidade.
Para bancada do PS, o que está em causa não é o promotor nem o empreendimento, que será uma mais-valia para o concelho, mas o imbróglio administrativo que tem caracterizado este caso e o cumprimento rigoroso das leis vigentes. José Alho (PS) sublinha que, de acordo com o regime de RAN, quem tem que pedir a declaração de interesse público é o promotor, mas David Catarino diz ter informações do Conselho Nacional da Reserva Agrícola em sentido contrário.
Apesar dos esclarecimentos do presidente da Câmara e depois de recusada uma proposta para adiar a votação, os deputados socialistas chumbaram a declaração de interesse público por entenderem que continuam a subsistir dúvidas quanto à legalidade do processo.
A votação foi presenciada por Domingos Patacho, presidente do núcleo de Ourém da Quercus, que assegurou que a associação não irá baixar os braços para impedir a construção do empreendimento. Vamos até ao Supremo Tribunal ou até às instâncias europeias, prometeu o ambientalista, que considerou ainda que a Assembleia Municipal não foi devidamente esclarecida. Os que votaram fizeram-no com a legitimidade dada pelo povo. Não são um bando de ignorantes, ripostou David Catarino.
Durante a sessão, foi ainda aprovada uma proposta de declaração de área critica de recuperação e reconversão urbanística da zona de intervenção do Plano de Pormenor da Avenida Papa João XXIII, em Fátima
Olha... isto não tem nada a ver com o Freeport?
Que legitimidade foi dada pelo povo? Ignorantes? Ignorantes são os que continuam a elege-lo e a deixar que continuem a goza-los na própria cara. Em Ourém o saquinho de plástico ainda vale...