janeiro 2004 Archives

Ourém têm novamente um Eurodeputado...

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Em nota do Gabinete de Imprensa, o PCP informa que em substituição de Joaquim Miranda, que por razões de saúde renunciou ao seu mandato no Parlamento Europeu, passará a exercer essas funções Sérgio Ribeiro, economista e membro do Comité Central do PCP e anteriormente deputado pelo PCP no Parlamento Europeu entre 1990 e 1999.

Ao que parece, o Concelho de Ourém, através de Fátima, é a maior fonte de poluição da Serra de Aire, que possui a segunda maior fonte de reserva de água do país. No entanto, O Presidente considerou não ser necessário Ourém participar num estudo de impacte ambiental do aquífero do maciço calcário estremenho: "Do ponto de vista dos princípios não concordo que os concelhos financiem o poder central e estou chateado com a forma como este processo foi conduzido". Afirmou também, "Não preciso de estudos para me provarem que é necessário fazer redes de saneamentos", disse, salientando que os projectos para a cidade de Fátima ainda não foram aprovados, preferindo a tutela investir em estudos em vez de obras.
Não sei que custos é que estão envolvidos da parte das Câmaras, Faculdade de Ciências da Univ. de Lisboa e o ICN, mas já entendo porquê. Ourém prefere dar prioridade à sinistralidade rodoviária e combate aos incêndios com a contratação de um técnico que se dedique exclusivamente à análise da sinistralidade recorrente e das suas causas, propondo soluções adequadas e também Ficou igualmente acordada a colaboração estreita entre a autarquia e as forças policiais na fiscalização da zona de 50 metros em redor das habitações que deverá estar livre de mato, facilitando deste modo a acção futura dos bombeiros. Que forças policiais? A guarda florestal? A tal que não tem meios nem homens suficientes para a vigia das nossas florestas? Bem, sempre temos a GNR, só que segundo David Catarino: «A situação é ainda mais preocupante no que diz respeito à GNR. O número de efectivos em Ourém permite apenas uma brigada para estar na rua para tomar as ocorrências», «No caso de Ourém, existe um militar da GNR para 1.700 pessoas». Agora percebi. Ou talvez não.

Imagem do Dia

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Esta é a primeira imagem que coloco aqui n'O Castelo e como não podia deixar de ser, foi tirada em Setembro de 2002 lá em cima junto a uma das torres do meu castelo favorito, o de Ourém. Estava a testar a minha nova câmera digital e tinha reparado que o céu estava lindo, um azul forte e belo escondido por entre as nuves brancas e em tons de cinzento que teimavam em escurecer tão belo sítio. Ficou um pouco escura, mas resolvi deixá-la cá sem nenhum melhoramento nem retoque mágico. O nosso pequeno logo deste blog é uma versão reduzida desta imagem.

Clube do Bolinha

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Quando é que serão admitidas mulheres nos Bombeiros Voluntários de Ourém?

Espaços

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Num comentário à entrada Fitas, afig escreveu:


VAMOS DAR VOLTA À NOSSA IMAGINAÇão!...
E que tal Ourém ser detentora dum "fórum", "à laia" de umm pequeno anfi-teatro romano, ao ar livre,que pudesse ser palco de conversas sobre diversos temas, agendadas ou não,pequenos eventos culturais, ou simplesmente um ponto de encontro dos Oureenses!...já que os espaços fechados que a cidade possui,para estes eventos, são normalmente pagos.

Em primeiro lugar, devo dizer que não tenho nada contra o facto de os espaços existentes serem pagos, desde que, se propriedade do município, estejam abertos a toda a gente sem outras restrições que a própria agenda de marcações. O problema, como todos sabemos, é que a Câmara de Ourém não deveria ter grandes problemas em negar a utilização de um espaço dessa natureza sempre que o Grande Educador considerasse que essa utilização seria feita por forças políticas que não exprimam a realidade do Concelho.

Uma alternativa que passe ao lado da Câmara Municipal implica sempre custos (conservação; energia; etc.), que teriam que ser suportados pelos organizadores dos eventos. A grande diferença é que sendo propriedade privada, a CMO não poderia decidir sobre quem poderia utilizar o espaço ou não.

David Catarino, na entrevista a investigadores do Politécnico de Leiria em relação ao IC9, A1, Fátima e a nossa aproximação a Leiria:

Inv. - Vê a auto-estrada responsável por uma viragem ou uma intensificação da relação de afinidade com Leiria?

P.C.M.O. - Costumo dizer que a auto-estrada foi um dos maiores milagres de Nossa Senhora de Fátima. Se não fosse a Nossa Senhora de Fátima a auto-estrada não passava ali. Portanto, se Nossa Senhora de Fátima cá veio e fez aquele milagre, está bem. Se não veio, o milagre ainda vale mais, porque não vindo, fez na mesma o milagre. Porque, como é evidente, não seria pelo sítio mais difícil da serra que a auto-estrada iria passar se não fosse a questão de Fátima.

Segundo noticia o Região de Leiria, na edição de 26 de Janeiro de 2004:

A Câmara Municipal de Ourém deliberou suspender os aumentos do tarifário da água até ao final do primeiro semestre, confirmou ao REGIÃO DE LEIRIA David Catarino, presidente da autarquia.
“Para já não há aumento da água”, frisou David Catarino, explicando que, nesta fase, apenas são revistos e actualizados os valores dos contratos que os munícipes têm com a Compagnie Generale des Eaux Portugal (CGEP), empresa à qual está concessionado o abastecimento de água ao concelho. O que, em termos práticos, significa que todos os escalões serão actualizados com base na inflação.
David Catarino esclareceu que os valores aprovados em Outubro passado e que seriam praticados e cobrados pela empresa concessionária não tiveram o aval do Tribunal de Contas. Tão somente porque seriam, depois, canalizados para a realização de investimentos por parte da edilidade, obras que estiveram na génese do aumento anunciado para o tarifário da água.

O artigo completo pode ser lido aqui.

Fitas

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Em Ourém, quando vou ao cinema, não há sessão em que não me assalte uma interrogação: por qual raio é que o Cine-Teatro Municipal não tem uma máquina de projecção de filmes decente?

Reagir ao retardador

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A Câmara Municipal não é apenas dos eleitos pelo PSD, mesmo que eles e outros assim o julguem. Neste sentido, compreende-se que, segundo a última edição do Notícias de Fátima (n.º 341, 16 de Janeiro de 2004, p. 7), os vereadores eleitos pelo PS tenham reclamado por os seus nomes não constarem do elenco da Câmara Municipal exposto no site do município de Ourém. Como é óbvio, os vereadores socialistas tiveram razão para reclamar. O problema é que há mais de seis meses que seus os nomes não apareciam onde deviam. E o facto até já havia sido denunciado publicamente nas páginas do Ourém e seu Concelho (n.º 754, 15 de Agosto de 2003, p. 11). Resumindo e concluindo, tanto tempo levaram os vereadores socialistas a incomodar-se com a situação quanto tempo levou a maioria social-democrata a dignar-se a reconhecer o erro e a corrigi-lo. Mas, como soi dizer-se, mais vale tarde do que nunca.

Summa summarum

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Em 2003, a Câmara Municipal de Ourém aprovou 26 modificações aos orçamento e plano de investimentos e actividades. A média é de 2,2 modificações por mês. Ora, se esta é a prática – prática recorrente, note-se –, o que é que vale discutir os documentos previsionais apresentados pelo executivo municipal para cada exercício futuro? Nada! Se, por simpatia, se insistir que a Câmara Municipal tem uma faculdade gestionária, o que resulta evidente é que essa gestão é uma gestão à bolina, acidental e de circunstância. Sem tino. Sem horizonte. E sem projecto. Portanto, não é gestão. Mas uma espécie de contas à merceiro, cujas referências são os cash-flow e saldo de tesouraria diários. Pelo que, na prática, este ror de modificações aos orçamento e plano de investimentos e actividades é mais um indício da flagrante incapacidade de planear e programar de que padecem os senhores edis oureenses. Os da maioria e os outros.

O poderzinho sur scènes

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O André já aqui apontou a coisa. Pois é. Um dos factos que ilustra de modo categórico a estreiteza saloia e provinciana dos poderes de paróquia é a mania que as senhoras e os senhores edis têm de desfilar como um pavão no plateau proporcionado pelo final de qualquer circunstância ou cerimónia pública. As personagens parecem sempre empinadas e emproadas, anunciadas como excelências. Depois falam, falam, falam. Sem necessidade. Ninguém quer ouvir tais personagens. Não há paciência. Por isso, as palmas que lhes batem são, sobretudo, palmas de piedade. O que é importante, o que é realmente importante, é o espectáculo que antecede o ritual patético do encerramento habitualmente protagonizado pelos autarcas. É isso, apenas isso, que justifica o preço do bilhete. Não, nunca, a presença e o discurso do senhor dr. presidente da Câmara Municipal ou de qualquer outra criatura. Tudo o que vem depois da apoteose é dispensável. E desnecessário. No sentido em que não serve outro propósito do que o típico expediente do armar ao pingarelho.

Bloqueadores de automóveis em Ourém

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O semanário local "Notícias de Ourém" noticia, na edição de hoje, que "de acordo com informações do presidente da Câmara de Ourém (...), estão para chegar às duas cidades [Ourém e Fátima] os bloqueadores de automóveis".
Neste momento, assalta-me uma dúvida: o que é que vai chegar primeiro, os já anunciados bloqueadores, ou mais parques de estacionamento, que permitam solucionar o problema da sua falta?
Está visto, o progresso bate-nos à porta quando menos esperamos...

Fim de semana cultural...

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Nem tudo vai mal nesta cidade! Este fim de semana no cine teatro quem quis dispender 1.5 Euros e um par de horas da tarde solarenga de domingo, pode assistir a um concerto do Maestro António Vitorino de Almeida. O concerto estava marcado para as 3:30 pm mas como é apanágio do povo Portugês não começou a horas ,e porquê? Pois porque parece que gostam de pôr as pessoas à espera! Às 3:30pm com todas as pessoas dentro da sala é que se lembraram que tinham de montar um P.A que se resumia a um microfone e duas colunas, mas por inoperância do técnico de som(mais conhecido por J)ou por desleixo da entidade organizadora a situação foi resolvida na hora com toda a gente à espera ,enfim...
O concerto lá teve início, o homem é um comunicador por excelência de humor refinado, de uma imensa cultura e acima de tudo um iluminado musical...
Devo ainda dizer que para além do concerto em si ter sido uma surpresa agradável outras surgiram umas boas e outras más. Primeiro as boas, a entidade organizadora (de nome Ourémarte ou algo do género)que penso ser uma estrutura camarária anexada à Verourém,comprou um piano para ser estreado neste espetáculo. Positivo apesar de suspeitar que este vai ficar fechado numa qualquer sala do teatro com o objectivo de acumular pó ou então como leito para sórdidas aventuras sexuais! A surpresa má (que nem era grande surpresa),deu-se quando uma menina, penso que ligada à câmara, chamou um a um o presidente da mesma assim como diversos vereadores. Ora pergunto eu porque é que um espetáculo de indole cultural têm que ter aproveitamento político! Até percebia que se chamasse alguêm da organização para entregar um galhardete ou uma chave da cidade como é do protocolo (ahahahaha), o Maestro teria apreciado concerteza, mas o desfilar encordeirado daquela gente era de facto desnecessário. Da minha parte demonstrei o descontentamento levantando-me da primeira fila para sair enquanto a menina no palco tentava sacar as palmas do público.
maestro.jpg

Manter o castelo à vista

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Ao contrário dos outros residentes d'O Castelo, e tal como o asim, eu vivo em Ourém. Esta é a minha terra, apesar do tanto que (me) falta aqui.
Este Castelo é sinal da vontade de mudar e crescer. Oxalá dê frutos.

Ecos de imprensa, iv

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O Estado de direito democrático não mora aqui

Em Dezembro de 2002, um oureense entregou uma petição à Assembleia Municipal onde solicitava que, caso a Câmara Municipal apresentasse uma proposta no sentido de Ourém associar-se a outros municípios vizinhos com vista à criação de uma área metropolitana, fosse deliberado no sentido de se submeter tal proposta a um referendo de âmbito local. Na última sessão da Assembleia Municipal, realizada no passado dia 18 de Dezembro, não obstante tenha sido votada uma proposta apresentada pelo executivo municipal nesse sentido – conforme alvitrado pelo peticionante –, a referida petição não foi considerada. Tal facto configura uma flagrante ofensa e violação de um direito político com dignidade constitucional de um munícipe. O que quer dizer que, quase trinta anos após a viragem política que permitiu a democracia em Portugal, em Ourém ainda é necessário lutar para que direitos fundamentais sejam respeitados (in Ourém e o seu Concelho, n.º 764, 15 de Janeiro de 2004, p. 5).

Ecos de imprensa, iii

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Venha a nós o vosso reino...

Na sessão de 24 de Novembro último, a Câmara Municipal decidiu autorizar o respectivo presidente a frequentar um curso de pós-graduação em «Gestão das Cidades», assim como decidiu suportar os custos inerentes à sua inscrição nesse curso. Por princípio, nada há a objectar a que o presidente da Câmara Municipal de Ourém queira aumentar as suas credenciais em termos de gestão urbana. É salutar, mesmo, que ele a isso esteja disposto, por tal significar intenção de aprender e reforçar as suas qualificações. Até aqui tudo bem. Mas que a inscrição na referida pós-graduação seja suportada pelo orçamento do município de Ourém, isso é que é questionável (e não pouco). Por duas razões. Antes de mais coloca-se uma questão de direito. Em que legislação é que se estriba tal decisão? Há cobertura jurídica que permita ao orçamento municipal arcar com as despesas de formação pós-graduada dos edis? Depois, para além desta questão de direito, coloca-se igualmente uma questão moral e de justiça. Como é sabido, o vencimento que David Catarino aufere enquanto presidente da Câmara Municipal de Ourém permite que ele, por si, assuma os custos de inscrição na referida pós-graduação. A este facto acresce ainda que David Catarino é o mais directo beneficiado com a frequência de tal curso e que a vontade de o frequentar é estritamente pessoal e, portanto, de ordem particular e privada. É por isso que se impõe que o presidente da Câmara Municipal sequer tenha a veleidade de aceitar que seja o erário público a pagar a inscrição num curso de pós-graduação que ele irá frequentar e aproveitar. Quanto mais não seja por dever de recato moral e decoro, os nomes elegantes da vergonha (in Ourém e o seu Concelho, n.º 764, 15 de Janeiro de 2004, p. 5).

Ecos de imprensa, ii

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Os senhores e os outros (II)

Acumulam-se os indícios de desagrado expressos por parte dos comerciantes das cidades de Fátima e de Ourém em relação às obras de requalificação urbana que aí estão em curso, em resultado dos efeitos negativos que afectam circunstancialmente os seus empreendimentos. Embora inicialmente tenha patrocinado o envolvimento dos estabelecimentos privados no projecto de reanimação das zonas de comércio de proximidade de Fátima e Ourém, nesta nova fase – marcada pela intervenção no espaço público – a Câmara Municipal tem demonstrado uma prática completamente diferente, caracterizada pela arrogância e pela indiferença, típica daqueles que, por serem autarcas, se julgam senhores e mais do que os outros. Para além disto, verifica-se também que não há um contraponto organizado e eficaz à soberba e ao autismo manifestado presentemente pela Câmara Municipal. Por um lado, os partidos políticos da oposição oscilam entre o silêncio e o atavismo. Por outro lado, a estrutura associativa empresarial, que na primeira fase do processo se constituiu como um importante parceiro na implementação do projecto, parece agora ausente ou entorpecida. Ora, nas circunstâncias actuais, por ser evidente o prejuízo que a intervenção está a provocar aos comerciantes, era de esperar que a ACISO porfiasse na defesa dos interesses das empresas que representa. Não apenas por via da denúncia pública da situação, mas também por via da informação às empresas suas associadas ou representadas dos respectivos direitos e incentivando, nos casos em que se justifica, a apresentação de acções contra o município de Ourém, em razão de lucros cessantes. Se tal acontecesse, muito provavelmente a Câmara Municipal mudaria a sua atitude relativamente aos comerciantes que estão a ser afectados. Entre outras consequências, notar-se-ia seguramente a demonstração de algum respeito pelos outros (in Ourém e o seu Concelho, n.º 764, 15 de Janeiro de 2004, p. 5).

Ecos de imprensa, i

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Os senhores e os outros (I)

Os centros das cidades de Fátima e de Ourém estão a ser objecto de uma intervenção significativa, com o propósito de requalificar urbanisticamente essas zonas e, por aí, reanimar o comércio local de proximidade. Entretanto, como era expectável, as obras realizadas, como não poderia deixar de ser, estão a provocar alguns incómodos e constrangimentos, particularmente aos estabelecimentos aí situados.
Parece evidente que uma intervenção como a que está a ocorrer presentemente justificava uma política de comunicação e informação diferente. Em iniciativas como esta, quando não é activado um mecanismo de envolvimento e de implicação intensiva das pessoas – designadamente daquelas mais directamente afectadas –, a tendência é para que se gere uma sensação de desconhecimento ou de distância relativamente ao que se está a passar. É que não é por via da publicação de anúncios em jornais ou da distribuição de panfletos com legendas indecifráveis que se consegue explicar o que é necessário explicar. Daí que, como consequência da inexistência de uma política activa de esclarecimento por parte da Câmara Municipal, se adensem as dúvidas e as interrogações.
Claro está que o processo poderia ser diferente, muito diferente, e para melhor. O que nem sequer requeria muito. Exigia apenas uma outra forma de conceber a relação entre o município e os munícipes. Se a Câmara Municipal assumisse os oureenses não como objectos das suas decisões, mas como parceiros dessas mesmas decisões, provavelmente conseguiria não apenas uma adesão mais generalizada ao projecto por si delineado, mas também proporcionaria às diversas pessoas e entidades afectadas uma melhor orientação quanto ao sentido e ritmo das obras, podendo elas, assim, programar as suas actividades e evitar o impacto negativo e acautelar os inconvenientes decorrentes da operação urbanística que está em curso. Mas isso, pelo que parece, seria exigir demais. (in Ourém e o seu Concelho, n.º 759, 31 de Outubro de 2003, p. 6).

O meu castelo nosso

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Porque me sinto oureense, o velho castelo medieval que, do topo do morro, vigia os passos dos que por aqui andam é um dos símbolos que marca a minha identidade. É o meu castelo. Mas é também o castelo de tantos outros. É o ícone sob o qual os oureenses se reúnem, numa comunhão de passados, presentes e futuros, que é o mesmo que dizer de memórias, vidas e projectos.
O castelo d’Ourém pode visto a partir de diversos lugares. Há um, porém, que inquieta mais do que qualquer outro. Quem vem das Laranjeiras em direcção a Santo Amaro tem uma perspectiva única da fortaleza montada lá em cima, no alto. É uma revelação monumental, que arrebata, que cativa, que nos transforma em devotos e que, pela proximidade com que se revela, vinga em nós a sensação de que somos daqui, desta terra, deste chão, deste lastro. Ver o castelo dali, do fundo cercado de Santo Amaro, é uma sensação que sabe a poesia. E tende a corresponder a um momento único, em que nos sentimos parte de algo que, pela sua extraordinária grandeza, nos ultrapassa no tempo e no corpo. Funda-se aí, nesse sentir, mais do que no nascer, uma responsabilidade. Pois é por nos sentirmos daqui, mais do que por havermos nascido aqui, que somos oureenses. E nos devemos bater para que Ourém seja, porque pode ser, melhor. Muito melhor. Não é utopia. Não é sonho. É vontade realizável. É desejo desperto.

A minha primeira vez, aqui

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Embora há uma década e meia a vida me faça oscilar entre Lisboa e Ourém, é daqui que me reclamo. Se me perguntam de onde sou, digo: sou de Ourém. Sou oureense, como sou muitas outras coisas. Mas o ser oureense, confesso, é uma das condições que mais me preenche e faz como pessoa.
Ora, o que venho eu fazer aqui aO Castelo? Sobretudo destilar publicamente – o que significa partilhar e confiar a outros – o (meu) desassossego de ser oureense. Não é pouco. Não é muito. É o que é. Nem mais. Nem menos. Chamo-me Sérgio Faria. E, agora, a convite do Pedro, sou deste lugar, O Castelo, que devia ser de Kafka.

«A Câmara de Ourém está a estudar a possibilidade de o mercado e a feira municipais, que agora se realizam apenas à quinta-feira, passarem a ser efectuados duas vezes por semana.
David Catarino, presidente da edilidade, afirma ao REGIÃO DE LEIRIA que essa é uma hipótese que se mantém em aberto até à conclusão das obras do novo mercado - que estão agora a decorrer -, devendo uma decisão sobre o assunto ocorrer em meados deste ano.»

via Região de Leiria.

O Espelho

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Só uma achega às mais recentes aquisições d'O Castelo: sem a vossa colaboração, O Castelo tornar-se-á num espelho do que é a Ourém que não queremos, i.é., uma coisa sem graça; onde nada se passa e ninguém diz nada; no fundo, um pântano, para usar uma expressão em voga.

Por isso, vamos a escrever!

E porque Tomar é já ali:

«O livro "Dos Templários à nova demanda do Graal", com que Paulo Loução termina a tetralogia iniciada com "Portugal terra de mistérios", é apresentada sábado no Convento de Cristo, em Tomar.

O livro, editado em Novembro, vai ser agora apresentado na cidade que aquela ordem religiosa-militar escolheu para sua sede em Portugal.»

via Lusa.

Estive a pensar..

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O castelo vai.nu e ainda bem não se vá alguém lembrar de o vestir com uns neons rosa ou um retail park (como estão na moda) ou então mesmo uma muralha de prédios de 5 andares para nos protegerem das invasões bárbaras) Bhaaaa.........

Vocês não vivem em Ourém mas eu sim...

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E isso faz a diferença. Ao contrário de muitos eu gosto de Ourém, objectivamente não vos sei dizer porquê, se fizer uma análise imparcial vão-me aparecer um sem número de estruturas, organizações, pessoas, etc... que me farão repensar, mas nestas coisas dos amores e dos ódios quem manda não é a cabeça.
De facto Ourém é quase nulo em termos culturais (cinema aos sábados e domingos porque durante a semana o jardineiro/projeccionista têm que jardinar, teatro pouco e ...enfim, espaços onde se possam fazer exposições itinerantes de pintura, escultura etc são inexistentes, espaços da autarquia onde se possam produzir espectáculos de música moderna são mentira, enfim um deserto). As estruturas autárquicas funcionam mal (como em todos os meios pequenos só se safa quem é primo ou amigo do burocrata).Os atentados arquitéctónicos existem ao virar de cada esquina (rotundas aberrantes com mistura do moderno e do clássico que só alguns iluminados conseguem entender, centro de negócios megalómano, falta de planeamento urbano geral com estruturas do séc passado e do séc XXI lado a lado sem qualquer elemento de ligação, enfim um desastre...). Mas então porque aqui vivo? Bem há algumas coisas que me prendem a maior parte isentas de mão humana! Os cheiros de quando chove, a luz que se esbate nas zonas verdes, as estruturas seculares, a ausência de filas de trânsito e muito menos décibeis que nos grandes centros urbanos e algumas pessoas... No meio de tanta coisa má o que nos vale é o Castelo e esse vai.nu
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Comprar casa em Ourém

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Ao ler a entrada Alojamento em Ourém ocorreu-me o seguinte:

Leiria tem

  • hospital
  • maternidade
  • espaços comerciais com qualidade, em quantidade
  • sistema de transportes urbanos
  • piscinas dignas do nome
  • infra-estruturas desportivas em barda
  • vários cinemas abertos diariamente
  • espaços verdes
  • espaços de convívio
  • ...
Como é possível um apartamento em Ourém ser mais caro que em Leiria? Será por estarmos mais próximo de Fátima (onde há muito melhores condições de vida e os apartamentos voltam a ser mais baratos que em Ourém)?

Noticiado no Público, edição de 4 de Janeiro de 2004:

«A Câmara de Ourém aprovou na sua última reunião de 2003 o projecto de recuperação da Casa do Administrador, um edifício cuja importância resulta sobretudo da sua ligação histórica às aparições aos três pequenos pastores da Cova da Iria, em 1917.

Foi este o motivo que levou o santuário de Fátima a comparticipar a compra do imóvel há algumas semanas atrás. Dos 350 mil euros pagos pelo prédio, já bastante degradado, a autarquia pagou dois terços, enquanto a instituição religiosa custeou o restante. Por seu lado, a intervenção para reparação da casa deverá aproximar-se dos 200 mil euros.»

Há que por o dedo na ferida. Um turista ou viajante que passe por Ourém e que queira pernoitar pela cidade, tem pouquíssimas opções: ou fica na Pousada Conde de Ourém (belíssima pousada, já agora) onde não se importa de pagar 92 Euros por noite (preço em época baixa, durante a semana) ou opta por fazer turismo rural na Quinta da Alcaidaria-Mór, por um mínimo de 74 Euros por noite ou então fica numa pensão rasca chamada Pensão Ouriense onde paga um preço mais em conta incluindo as baratas e péssimo atendimento. O mais certo é optar-se por ir dormir a Fátima ou seguir para outro lado. Isto acontece diáriamente. Que cidade é esta que não tem um único hotel, uma única pensão ou residencial digna desse nome?

Num post relativo, escreve afig:

"Para começar" peço um comentário: a Av.ª D. Nuno Álvares Pereira também é a via sentido Leiria Tomar e Tomar Leiria, na cidade de Ourém!... Questiono: que alternativas? Há alguma alternativa que pudesse ser realizada de imediato? Acredita que o IC9, resolve o problema? Problemas ambientais, que este último traçado (quando?) provoca se se aproximar da cidade?...

Na minha opinião, a única Av. de Ourém (que se possa chamar de Avenida) já está mais que saturada de trânsito. Trânsito esse que tem vindo a aumentar de ano para ano. Sei disso porque tenho casa nessa Avenida e noto o aumento progressivo de trânsito, sendo que muito dos que por lá circulam tem por objectivo apenas a passagem por Ourém para ir a Tomar, ou ir a Leiria. Quanto ao IC9, já se fala nisso à muito tempo, mas foi o próprio Durão Barroso a confirmar em Leiria que é mais prioritário avançar com o IC2, do que o IC36 e o IC9. Para quando o IC9 sairá do papel e será concretizado? Até lá, a cidade de Ourém serve de travessia entre Tomar e Leiria, tendo como consequência o aumento de trânsito, acarretando problemas ambientais como o barulho, a poluição e a degradação do asfalto a cada dia que passa. E depois, quem paga isso tudo? Os habitantes de Ourém? Sobre as alternativas, desconheço as mesmas. Desviar o trânsito por onde? A que custo? Poderemos aproveitar depois essa novo trajecto para uma futura ligação à IC9? E o resto do Concelho? Opiniões?

Adenda: ao que parece, e segundo a página de projectos da Câmara Municipal de Ourém, o «ValOurém (denominação de um conjunto de projectos enquadradas maioritariamente na medida 1.5 do Eixo Prioritário 3 do PROLVT)» tem a seu cargo o «Descongestionamento do trânsito da Avenida D. Nuno Álvares Pereira, com a construção de uma variante de ligação entre a E.N. 113 e a E.N. 349».

A Informação em Ourém

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Desde sempre que em Ourém a informação se resume a dois jornais locais.

Destes, um é notoriamente controlado pela Câmara Municipal, desde as relações pessoais dos quadros directores do jornal com pessoas ligadas à administração camarária e à estrutura local do PSD; até serem submetidos a aprovação pelo gabinete presidencial alguns artigos de opinião (ah, o poder, o poder!!!).

Outra anedota que passa por informação é o boletim camarário, Viver Ourém, que mais não é que campanha eleitoral permanente e promoção da figura do presidente, tudo isto pago pelos munícipes.

Neste cenário, é natural que os cidadãos sintam dificuldade em fazer-se ouvir, algo que esperamos ajudar a mitigar aqui n'O Castelo, pois é também para isso que cá estamos.

Pessoalmente, usarei O Castelo para tentar responder a alguns artigos de opinião publicados regularmente nos ditos jornais (e digo tentar porque não tenho a pretensão de ser escritor) e também para falar sobre o que está mal; o que penso que deveria ser mudado e como. Cada um de vós é livre de o usar como bem entender, desde que o assunto seja Ourém.

Concorrência

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Não somos só nós os únicos a sentir que é preciso falar sobre Ourém. O Gaiteiro é um fórum exactamente com este objectivo.

A principal diferença (além do formato) é n'O Gaiteiro dominarem os textos anónimos, o que a meu ver leva a um péssimo rácio sinal/ruído. Tirando isto, é de louvar a iniciativa. Quanto mais se falar, melhor.

A Motivação

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Dois amigos oureenses falam sobre Ourém. Nenhum deles vive ou trabalha lá, sendo as visitas limitadas ao fim-de-semana. Em comum, para além da amizade, o sentimento de perda e a noção de vazio relativamente a Ourém, mesmo olhando à distância de semanas. Nada se passa; nada se faz; Ourém continua como estava há anos atrás. Pior que isso, ninguém diz ou faz alguma coisa. Aparentemente, a omerta impera.

Daí a surgir O Castelo foi um passo, e qualquer coisa como duas ou três conversas e algum tempo (pouco) para pôr o site no ar.

O que é O Castelo

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O Castelo pretende ser um local em que qualquer oureense (nunca gostei de ouriense, desde a primária) possa escrever o que muito bem lhe aprouver sobre o concelho de Ourém.

Para tal basta enviar um email para a gerência ([email protected]) com o nome, endereço email e login prentendido (para usar o meu caso como exemplo, Pedro Figueiredo; [email protected]; pfig). Na volta do correio serão indicados os procedimentos necessários para a publicação de artigos, bem como recomendações de software (sempre freeware, de preferência opensource) para tornar mais fácil essa publicação.

O Castelo não alojará no entanto opiniões de anónimos, sendo considerados anónimos os que recusem revelar a verdadeira identidade aos restantes participantes.

Como dizia o outro, o que faz falta é animar a malta!

Thus it begins...

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Como alguém disse, é preciso é começar...

Obras

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Nada como a época natalícia para virar a cidade (termo usado no seu sentido mais lato) do avesso. Os comerciantes decerto agradecem.

Actividade

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