Segundo notícia do Jornal de Leiria, 29 Abril de 2004:
As praças da República, Mouzinho de Albuquerque e Agostinho Albano de Almeida, em Ourém, recém-remodeladas, vão nos próximos anos, ser novamente esburacadas para reparar a rede de esgotos. Segundo um relatório interno da autarquia, citado sexta-feira passada na Assembleia Municipal pelo deputado do PS José Alho, a rede precisa de uma intervenção a curto prazo.
O presidente da Câmara, David Catarino, reconhece que a necessidade de reparar os esgotos foi verificada tardiamente. A inspecção feita através de sistema de vídeo concluiu que há situações a corrigir, admite o autarca, assegurando, no entanto, que essas obras não serão feitas nos próximos dez anos. Uma garantia que não convence José Alho. O presidente nunca iria admitir que daqui a três ou quatro anos será necessário mexer novamente nas praças, afirma o deputado socialista, classificando a situação como mais um exemplo da falta de cultura de planeamento da Câmara. Na sua opinião, seria preferível adiar um pouco as obras do que voltar a esburacar a zona, estragando o que foi feito.
O deputado do PS contesta ainda a falta de elementos naturais nas praças intervencionadas, que se resumem a umas árvores raquíticas. David Catarino minimiza as críticas, frisando que a questão dos espaços verdes na cidade deve ser vista de forma global. Reconhecendo que as praças não serão espaços verdes por excelência, o autarca frisa que o parque linear, a construir junto ao rio, terá perto de cinco mil metros quadrados de zona relvada.
José Alho alertou também para a necessidade de recuperar as fachadas decrépitas dos edifícios localizados na área de intervenção. Segundo David Catarino, a Câmara tem a intenção de impor obras de conservação nos prédios, de forma a que o esforço de investimento público seja acompanhado pela iniciativa privada. No entanto, o presidente não especificou como tenciona obrigar à realização das obras.
Já é positivo o facto do autarca ter admitido. Quanto ao prazo...
Espero que a rede de abastecimento de água não espere tanto tempo para ser reparada, uma vez que hoje de manhã, das torneiras só saía um ruído.
P. S.: não se esqueçam que os campos de golfe "bebem" muita água.
Nem de propósito, estamos sem água há várias horas. Problema que por cá não é novidade; no ano passado, por exemplo, verificou-se a mesma situação por diversas vezes, uma delas durante 2 ou 3 dias consecutivos. Incompreensível, nos tempos que correm.
Hoje foi em Ourém, mas, pelo menos em Peras Ruivas, (para quem não conhece é uma localidade que dista cerca de 3 kms. da cidade sede de concelho), desde o início de Março, é raro o dia em que não falta água no sistema público de abastecimento. Parabéns aos mui ilustres responsáveis.
Mas vejam lá se a água falta em Bairro ou em Alburitel...
Como é bom acordar de manhâ e não ter água para tomar banho e fazer a barba!!! A questão é que se a humanidade não muda os "carretos" no futuro temo que isto aconteça não por rutura de canos mas porque nos canos não corre água!!
Em Ourém, a propensão dos senhores edis ao urbanicídio por bulldozer é tal que nem sequer ponderam - isto é, projectam, planeiam e programam - as intervenções que decidem fazer. Parece que ainda vivem na era em que os problemas são para resolver (depois). Não na era em que os problemas são para evitar (antes).