presidente da câmara municipal de ourém chamou animal a munícipe durante sessão da assembleia municipal

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No decurso da sessão da assembleia municipal realizada quinta-feira passada o presidente da câmara municipal chamou animal a alguém «que escreve nos blogs à noite» e não se sabe bem mais o quê. De imediato sobressai a miséria moral expressa através de tal comportamento, porque demonstração flagrante da falta de consideração e respeito do presidente da câmara municipal por si. Além disto torna-se evidente o fingimento subjacente ao modo como ele se apresentou e representou já tantas vezes, arauto da ética, dos escrúpulos, da decência, dos bons costumes e senso. É que, decorre da lógica da identidade, se o presidente da câmara municipal fosse autenticamente o que se arroga e alardeia ser, farol e volante da virtude, não andaria para aí a atribuir apodo bestial a outrem. Mas mais do que a miséria moral subjacente ao comportamento reportado, releva a miséria política, sintoma da degradação institucional e da desqualificação simbólica dos órgãos do município, promovida e consentida pelos membros dos mesmos. O presidente da câmara municipal manifestou comportamento deplorável durante uma sessão da assembleia municipal e ninguém com assento em tal órgão, a começar e a acabar na presidente da assembleia municipal, a quem compete dirigir os trabalhos, revelou incomodar-se com isso. Não houve esboço de reparo, protesto ou admoestação, como se a sessão da assembleia municipal fosse a reunião de um clube de comadres e compadres e, por isso, nessa reserva, fosse admissível o presidente da câmara municipal, em exercício, no âmbito do funcionamento de um órgão do município (ou em qualquer circunstância diferente), chamar animal a quem quer que seja. Será que isto sucedeu porque é admissível chamar curral à câmara municipal e à assembleia municipal?

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