O pessoal do ps já fez apreciações e decretou sentenças sobre Vítor Frazão que o último profeta do islão não fez ou decretou sobre o toucinho. Recapitulem-se apenas algumas das apreciações e sentenças recentes. Vítor Frazão «tem propensão ao suicídio verbal». Vítor Fazão é «impreparado para as funções que exerce». Vítor Frazão é um «excelente exemplo da mais pura ignorância política e da mais pura indiferença pelos reais interesses da população concelhia». Vítor Frazão faz parte de uma «triste plêiade de vereadores». Vítor Fazão é «derrotado e despeitado». A última, na tendência, inscrita em declaração do presidente da câmara municipal, Vítor Frazão é «pessoa coerente». Pois é, pois é. O que significa coerência na concepção do pessoal do ps é que não se sabe. Até porque, para não facilitar a hermenêutica, Vítor Frazão, sabido militante do psd, vereador eleito pelo psd e a desempenhar mandato sob as insígnias desse partido político, segundo o pessoal do ps «tem andado a oferecer-se a outro partido político». Que, como não custa perceber, é comportamento que permite atestar e certificar a coerência de quem é «pessoa coerente».
Em face deste tipo de ziguezagues e cambalhotas não espanta que o partido político que detém a maioria na câmara municipal, o ps, não tenha conseguido constituir recentemente a comissão política concelhia respectiva. É que não há exemplo maior de coerência - e, convém não poupar nos encómios, de capacidade e virtude - do que à segunda-feira anunciar-se uma candidatura àquele órgão em conferência de imprensa e na sexta-feira imediata constatar-se que afinal não existia a candidatura que foi anunciada quatro dias antes. E depois ainda vem para aí quem em presidente da câmara municipal debitar uma declaração untada com moral postiça, escrita em português a pontapé, a tentar disfarçar a miséria política que grassa entre as hostes socialistas locais e que afecta a gestão municipal que tem sido promovida em nome do ps.
