contra a cultura e a política da amnésia

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Se o socialismo festivo-festivaleiro e o deslumbramento com a propaganda não tivessem as causas que têm e gerassem as consequências que geram em ourém, talvez pudesse existir no plano institucional local disposição à preservação e ao aproveitamento consequente da memória, enquanto recurso de referência e de valorização identitária comum, portanto não tanto ou sobretudo como entretenimento revivalista, que se esgota em si. Há setenta e cinco anos foi o dia de vila nova de ourém na exposição-feira distrital de santarém, uma espécie de ensaio e equivalente à escala regional do que foi em 1940 a exposição do mundo português. Iniciativa inscrita no modo de afirmação e de legitimação do estado novo - em termos tanto de ideário e de estética quanto de regime político -, não deixou de ser uma oportunidade de afirmação e mobilização dos oureenses então. Neste sentido, porque extraordinário, o acontecimento merecia ter sido recordado localmente. E, enquanto resgate contra a amnésia, podia ter sido usado como factor de mobilização e encontro actual, contando também como celebração dos valores consonantes com a democracia. A propósito, com outro enquadramento e significado, há setenta e cinco anos houve quem ouvisse em conferência as palavras arquivadas também aqui. Para o caso, a nota que antecede tais palavras é dispensável.

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