A corrupção é um fenómeno natural que decorre da predisposição do Homem ao apetite e à ganância. A organização colectiva do Homem, deveria, através da Lei, criar a noção de Dever, que é o principio e a finalidade da Justiça.
A Democracia, degenera-se quando os sentimentos de igualdade e justiça dão lugar aos desejos individuais. O Homem passa então a cultivar a busca das vantagens privadas e o hábito de recebe-las.
O nosso Portugal dos anos 80 era fértil nestes exemplos. Quando se ia a um serviço público sabiamos que, para obter um documento urgente, teriamos forçosamente que pagar uma "atenção".
Um país onde os seus habitantes apenas tentem obter vantagens privadas e não consigam formular uma idéia do bem comum, faz com que todos percam e perde-se sobretudo a própria liberdade.
O que assistimos ao longo dos últimos anos foi a um despontar daquilo a que chamo "Tirania da Maioria". Ou seja, se olharmos para o aparelho politico, verificamos que as figuras são sempre as mesmas e que a protecção que é dada aos aparelhos partidários bloqueia a intervenção da sociedade civil na vida activa.
O caso torna-se mais grave em Portugal porquanto, estes aparelhos, são alimentados por verbas que são sempre cobradas e que se escondem por trás de um financiamento partidário que ninguém tem vontade de esclarecer.
Neste contexto, não havendo solução para o fim da corrupção, podemos tentar minimizar a sua dimensão e os seus efeitos.
Para isso é fundamental o seguinte:
1-Educação - chave de sucesso para qualquer país, o respeito pelo bem comum, o sentido ético e de dever, devem ser claramente ensinados aos portugueses desde o inicio da sua formação básica.
2-Desburocratizar o Estado - se existirem menos elementos nos circuitos, menor é a possibilidade de criar hábitos de corrupção. Este esforço é fundamental por exemplo nos processos de licenciamento camarário.
3-Reforma da Justiça - infelizmente, os casos de corrupção caem sempre no esquecimento. É normal! O poder judicial, está muitas vezes nas mãos desta Tirania da Maioria. Por outro lado, nós próprios, quando temos possibilidade de penalizar quem corrompe, nomeadamente através de eleições, acabamos por voltar a dar o poder à Tirania.
4-Sociedade Civil - a sua intervenção é fundamental e funciona com muita força nos países mais desenvolvidos. Infelizmente, no nosso país, existe este péssimo conceito de que se o Estado rouba, nós também temos legitimidade para roubar. Aliás, esta desresponsabilização é tipicamente nacional. A culpa nunca é nossa, e se fazemos algo que é ilegal, rapidamente encontramos justificação para tal como se fosse um direito para nós o poder quebrar a lei. Outro conceito tipico é o de que "ele rouba mas faz obra" numa clara alusão ao poder autárquico aceite de forma passiva por este povo.
Isto é um fenómeno que só se pode ultrapassar nas próximas gerações e com um esforço grande na Educação.
Já agora, só mais um reparo: não são só os grandes que abrem contas na Suiça.
A Democracia, degenera-se quando os sentimentos de igualdade e justiça dão lugar aos desejos individuais. O Homem passa então a cultivar a busca das vantagens privadas e o hábito de recebe-las.
A corrupção é um fenómeno natural que decorre da predisposição do Homem ao apetite e à ganância. A organização colectiva do Homem, deveria, através da Lei, criar a noção de Dever, que é o principio e a finalidade da Justiça.
A Democracia, degenera-se quando os sentimentos de igualdade e justiça dão lugar aos desejos individuais. O Homem passa então a cultivar a busca das vantagens privadas e o hábito de recebe-las.
O nosso Portugal dos anos 80 era fértil nestes exemplos. Quando se ia a um serviço público sabiamos que, para obter um documento urgente, teriamos forçosamente que pagar uma "atenção".
Um país onde os seus habitantes apenas tentem obter vantagens privadas e não consigam formular uma idéia do bem comum, faz com que todos percam e perde-se sobretudo a própria liberdade.
O que assistimos ao longo dos últimos anos foi a um despontar daquilo a que chamo "Tirania da Maioria". Ou seja, se olharmos para o aparelho politico, verificamos que as figuras são sempre as mesmas e que a protecção que é dada aos aparelhos partidários bloqueia a intervenção da sociedade civil na vida activa.
O caso torna-se mais grave em Portugal porquanto, estes aparelhos, são alimentados por verbas que são sempre cobradas e que se escondem por trás de um financiamento partidário que ninguém tem vontade de esclarecer.
Neste contexto, não havendo solução para o fim da corrupção, podemos tentar minimizar a sua dimensão e os seus efeitos.
Para isso é fundamental o seguinte:
1-Educação - chave de sucesso para qualquer país, o respeito pelo bem comum, o sentido ético e de dever, devem ser claramente ensinados aos portugueses desde o inicio da sua formação básica.
2-Desburocratizar o Estado - se existirem menos elementos nos circuitos, menor é a possibilidade de criar hábitos de corrupção. Este esforço é fundamental por exemplo nos processos de licenciamento camarário.
3-Reforma da Justiça - infelizmente, os casos de corrupção caem sempre no esquecimento. É normal! O poder judicial, está muitas vezes nas mãos desta Tirania da Maioria. Por outro lado, nós próprios, quando temos possibilidade de penalizar quem corrompe, nomeadamente através de eleições, acabamos por voltar a dar o poder à Tirania.
4-Sociedade Civil - a sua intervenção é fundamental e funciona com muita força nos países mais desenvolvidos. Infelizmente, no nosso país, existe este péssimo conceito de que se o Estado rouba, nós também temos legitimidade para roubar. Aliás, esta desresponsabilização é tipicamente nacional. A culpa nunca é nossa, e se fazemos algo que é ilegal, rapidamente encontramos justificação para tal como se fosse um direito para nós o poder quebrar a lei. Outro conceito tipico é o de que "ele rouba mas faz obra" numa clara alusão ao poder autárquico aceite de forma passiva por este povo.
Isto é um fenómeno que só se pode ultrapassar nas próximas gerações e com um esforço grande na Educação.
Já agora, só mais um reparo: não são só os grandes que abrem contas na Suiça.
Abraços,
A Democracia, degenera-se quando os sentimentos de igualdade e justiça dão lugar aos desejos individuais. O Homem passa então a cultivar a busca das vantagens privadas e o hábito de recebe-las.
o meu ce'rebro rebentou aqui.
Pedro! Andas a ver muito o céu a mudar de cor!
Abraços,