o que é o castelo?

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é a 1a pergunta da faq. a resposta é:


O Castelo é um blog como muitos. Mas é sobretudo um local em que qualquer oureense possa escrever e debater o que muito bem lhe aprover sobre Ourém, concelho e região.

pode não parecer, mas é isto. ou se calhar já não é e não me avisaram.

7 Comentários

Se estás com problemas com o meu post anterior, este sítio onde se escreve sobre "Ourém, concelho e região" tal como está na faq é antes de tudo, um blog, "O Castelo é um blog como muitos". E sendo um blog, para mim é sobretudo um sítio de liberdade opinativa na Internet (ou o que lhe queiras chamar). Liberdade essa que, a confirmar-se este episódio, está sériamente ameaçada pelo poder actual. Manda uma mensagem muito clara e muito grave para quem escreva em blogs por Portugal e de maneira até responsável que é o caso deste blog e do que sempre defendemos. Para mim é um claro acobardar e é inadmissível num país que se diz democrático. "Ourém, concelho e região" fazem parte deste país e não vejo este blog como um enclave provinciano onde só se escreva sobre tudo o que se mexa num raio de x km à volta da estátua do condestável. Se não o entendes, paciência. Espero é que não venhas outra vez com o post da bolacha, parte II.

ui!, os maus!, como diria o meu amigo se'rgio.

este caso e' mais uma palhac,ada que da' jeito aos populistas que na~o te^m mais nada para dizer. enquanto meia-du'zia de gajos se indignarem (sim, pq isto e' pessoal que se indigna e se preocupa) com coisas do ge'nero, pode o so'crates dormir descansado.

(e entretanto la' va~o linkando os dn's, expressos e so'is, a quem geralmente chamam todos os nomes)

Não posso deixar de expressar o meu apoio ao Fred.
Viva a Liberdade.
ocastelo.org é um blogue e não uma rosa.

e' pena na~o haver "viva a liberdade" quando se prendem jornalistas em cuba ou quando se fecham estac,o~es de televisa~o na venezuela. e' o costume dos comunistas, falar de boca cheia...

Olha Pedro na Venezuela não se encerrou nenhum canal, o que aconteceu foi a não renovação de uma licença que o poder reeleito democraticamente várias vezes entendeu não renovar (se conhecias o canal posso deduzir que acaso não renovassem a licença da TVI aí estarias tu para a “luta” pela liberdade de expressão). Sobre jornalistas presos em Cuba desconheço em concreto do que é que estás a falar, não podemos saber tudo e por cá bem sabemos o que se vai passando nas redacções dos jornais bem como legislação vária que atenta em toda a linha contra a liberdade de expressão dos jornalistas, podendo modificar e amputar partes dos seus textos, ou desprezando a propriedade intelectual republicando noutros jornais do mesmo grupo económico sem pagar direitos de autor, mas isso é cá na democracia. Não pá não falo de boca cheia o que disse para bom entendedor é o inevitável e suficiente, quem aqui vem e aprendeu a respeitar este espaço como ele foi crescendo não pode aceitar certas coisas, não tomes o subjectivo como suspeição infundada entende-o com o conselho de que há assuntos que tem espaço próprio para discussão, e sobre este, não encho a boca, fecho-a agora ponto

O respeitinho é bonito, II

Em jeito de resposta e como andamos numa de fazer citações:

"A lei das chefias da Administração Pública, ditas de "confiança política" e cujos mandatos cessam com novas eleições, foi um gesto fundador. O bilhete de identidade "quase único" foi um sinal revelador. O Governo queria construir, paulatinamente, os mecanismos de controlo e informação. E quis significar à opinião que, nesse propósito, não brincava. A criação de um órgão de coordenação de todas as polícias parecia ser uma medida meramente técnica, mas percebeu-se que não era só isso. A colocação de tal organismo sob a tutela directa do primeiro-ministro veio esclarecer dúvidas. A revisão e reforma do estatuto do jornalista e da Entidade Reguladora para a Comunicação confirmaram um espírito. A exposição pública dos nomes de alguns devedores fiscais inscrevia-se nesta linha de conduta. Os apelos à delação de funcionários ultrapassaram as fronteiras da decência. O processo disciplinar instaurado contra um professor que terá "desabafado" ou "insultado" o primeiro-ministro mostrou intranquilidade e crispação, o que não é particularmente grave, mas é sobretudo um aviso e, talvez, o primeiro de uma série cujo âmbito se desconhece ainda. A criação, anunciada esta semana, de um ficheiro dos funcionários públicos com cruzamento de todas as informações relativas a esses cidadãos, incluindo pormenores da vida privada dos próprios e dos seus filhos, agrava e concretiza um plano inadmissível de ingerência do Estado na vida dos cidadãos. Finalmente, o processo que Sócrates intentou agora contra um "bloguista" que, há anos, iniciou o episódio dos "diplomas" universitários do primeiro-ministro é mais um passo numa construção que ainda não tem nome. Não se trata de imperícia. Se fosse, já o rumo teria sido corrigido. Não são ventos de loucura. Se fossem, teriam sido como tal denunciados. Nem são caprichos. É uma intenção, é uma estratégia, é um plano minuciosamente preparado e meticulosamente posto em prática. Passo a passo. Com ordem de prioridades. Primeiro os instrumentos, depois as leis, a seguir as medidas práticas, finalmente os gestos. E toda a vida pública será abrangida. Não serão apenas a liberdade individual, os direitos e garantias dos cidadãos ou a liberdade de expressão que são atingidos. Serão também as políticas de toda a espécie, as financeiras e as de investimento, como as da saúde, da educação, administrativas e todas as outras. O que se passou com a Ota é bem significativo. Só o Presidente da República e as sondagens de opinião puseram termo, provisoriamente, note-se, a uma teimosia que se transformara numa pura irracionalidade. No país, já nem se discutem os méritos da questão em termos técnicos, sociais e económicos. O mesmo está em vias de acontecer com o TGV. E não se pense que o Governo não sabe explicar ou que mostra deficiências na sua política de comunicação. Não. O Governo, pelo contrário, sabe muito bem comunicar. Sabe falar com quem o ouve, gosta de informar quem o acata. Aprecia a companhia dos seus seguidores, do banqueiro de Estado e dos patrícios das empresas participadas. Só explica o que quer. Não explica o que não quer. E só informa sobre o que lhe convém, quando convém."

António Barreto, in Público

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