Nem sempre temos bons exemplos das cidades vizinhas. Este é um bom exemplo e vem da vizinha cidade de Tomar. O velho Hospital da Misericórdia de Tomar foi encerrado há cerca de 5 anos, quando da abertura no novo Hopistal. O nosso velhinho hospital foi encerrado há 20 anos, quando da abertura do Centro de Saúde. Os cidadãos de Tomar passam a ter um hospital de Cuidados Continuados, os Oureenses pagam nos Lares de Idosos face ao "despejo" que o CHMTEJO faz aos nossos doentes, quando em circunstâncias de necessidade desses cuidados.
Será só uma questão de dinamismo da mesa da Misericódia, ou estará também envolvida a Autarquia? ...nós por cá, tudo bem.
Hospital da Misericórdia de Tomar
A partir de Janeiro com cuidados continuados
O renovado hospital da Santa Casa da Misericórdia de Tomar vai abrir em Janeiro com uma Unidade de Cuidados de Saúde de Cuidados Continuados.
O protocolo foi formalizado no Governo Civil de Santarém pela secretária de Estado Adjunta da Saúde, Carmen Pignatelli e pelo secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques.
(In Cidade de Tomar)
É apenas um ponto de vista. Desde que os cuidados continuados de saúde foram privatizados que não falta quem queira deitar a mão a esse negócio, em Fátima por exemplo já há investimentos nesse sector. Se é bom para os velhinhos serem despejados do Serviço Nacional de saúde é coisa que depende apenas da carteira de cada um.
O que eu queria dizer é que serem despejados do CHRMT tem que ver com a reforma/destruição do SNS, e no caso dos cuidados continuados é consequência da privatização desses cuidados, esta reforma é feita de consequências positivas para o grande capital e não de causas do SNS.
Em Ourém é a miséria que se conhece mas não creio que a autarquia seja dona de todas as culpas (desmazelada é certamente) nem talvez da maior parte. No quadro do centro de saúde de Ourém há vagas para Radiologia, para Fisioterapia, Análises Clínicas Etc..
Se estes serviços aí existissem poupavam-se muitas deslocações para o CHMT, prestavam-se melhores cuidados primários de saúde com tudo o que daí advém de benefícios, mas se esses serviços aí existissem que seria das minas de ouro que representam as análises clínicas e a fisioterapia em Ourém, pagas igualmente pelos nossos impostos.
Quem disse que os "cuidados continuados" sâo só para velhinhos?...Pena é que muitos doentes tenham que, precocemente, acabar os seus dias em Lares de Idosos.