os incêndios explicados às criancinhas

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As zonas de pinhal seguem ciclos de 15 a 20 anos. Quanto mais tempo se demorar a cortar maior a probabilidade de um incêndio catastrófico. Quanto mais se investir no combate aos fogos maior a área florestal, menor a área de zonas tampão, mais barata a madeira, menor o incentivo para vender madeira, maior o intervalo de tempo entre cortes e maior a probabilidade de incêndio catastrófico.

joão miranda, no blasfémias

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Nos livros sobre árvores que abundam lá por casa está escrito que um pinheiro é explorado entre os sessenta e os oitenta anos, conforme a espécie. Portanto qualquer criancinha que saiba ler deverá prescidir de tais ensinamentos.

passa-se, discretamente e esperando que ningue'm de^ por isso, de "zonas de pinhal" para "um pinheiro", como se fossem a mesma coisa. e um pinheiro isolado dentro de uma redoma com todas as condic,o~es ideais. o mundo real pouco interessa, o que interessa e' o que vem no manifesto, perda~o, no livro.

sobre o problema dos ince^ndios, zero, isso na~o lhe interessa nada. gostava de saber a soluc,a~o do marco para este problema (aposto desde ja' que e' mais dinheiro gasto em prevenc,a~o e na nacionalizac,a~o total da floresta).

para terminar, essa coisa de explorar os pinheiros parece-me mal; vou encaminhar isto para o sindicato das coni'feras. depois, devia era arranjar-se uns subsi'dios para os pinheiros mais fraquitos conseguirem subir 'a altura dos outros, e uns planos quinquenais que ditassem quantos pinheiros deviam reproduzir-se e quando. e uma comissa~o que estudasse um plano de reeducac,a~o para os pinheiros, com o objectivo de os ensinar a crescerem durante 100 gloriosos anos e na~o a arderem, os reacciona'rios!

Ó Pedro então o que é que têm um pinhal? Oliveiras, Choupos Nabos quem sabe!
O diagnóstico do ordenamento florestal está feito.
A direcção geral de florestas tem na sua posse um programa de computador que permite traçar mapas de distribuição das espécies com base na sua melhor produtividade. Todos sabemos que o regime de monoculturas é mau, só de resinosas e eucaliptos é pior.
Mas há mais erros no poste do blasfémias. A biomassa não é toda inútil, além do mais quanto mais velha é a floresta maior a sua capacidade de resistir aos incêndios (quanto maiores as árvores maior a competição – pelos factores edáficos, água, luz, nutrientes, com outras e nomeadamente com arbustos que em muitos casos constituem de facto a biomassa mais combustível, a utilização de árvores de folha caduca e semi-caduca ajuda a formar a manta morta regenerando nutrientes, enriquecendo o solo e diminuindo as taxas de germinação, ou melhor as plantas germinam no meio da manta morta e depois não conseguem chegar com a raiz ao solo morrendo e diminuindo muito a comunidade arbustiva, claro que a PAC no que se refere à produção animal tradicional também contribui e muito para agravar ainda mais a situação) o que contraria a tese dos tais 15 a 20 anos.
A idade de exploração do pinheiro, tem simplesmente a ver com o facto que a sua utilidade económica não se esgota a fazer estilha, paletes e pequenos postes como tem vindo a acontecer nas serrações por esse país fora. Só que como vivemos à mama da floresta tropical importando toneladas de madeira, tantas vezes abatidas ilegalmente, estamos na boa, até que a vaca esteja gorda esquece-se o futuro. Outro exemplo é importarmos toneladas de carvalho para a indústria do vinho e por aí fora.

Naturalmente se as coisas fossem como o blasfémias diz, quanto tempo achas que resistia o solo? Em muitas zonas do país o solo é pouco mais que um suporte mecânico com riscos de ficar improdutivo durante muitas décadas.
Mas Pedro há-de sempre haver fogos no mediterrâneo porque toda a paisagem a ele se adaptou há mais de 10000 anos. Sem querer puxar galões ficas a saber que tenho formação em Biologia Vegetal Aplicada, pelo que demoraria muito tempo a falar-te sobre a floresta, mas como a ti só o insulto é que interessa, já me alonguei demais.

Pedro se tiveres tempo, dá um saltinho aqui:
http://cebv.fc.ul.pt/botanica/curso.html

repetimos: uma a'rea de pinhal tem um comportamento diferente de um pinheiro idealizado num cata'logo de bota^nica. percebido? tendo tu formação em Biologia Vegetal Aplicada, na~o me parece um conceito assim muito difi'cil.

A idade de exploração do pinheiro, tem simplesmente a ver com o facto que a sua utilidade económica não se esgota a fazer estilha, paletes e pequenos postes como tem vindo a acontecer nas serrações por esse país fora.

este e' o busi'lis da questa~o (o meu bold). pouco interessa o que dizem os livros, a realidade e' muito mais importante e e' para ela que temos que olhar e agir em conformidade, e na~o para o que os livros dizem que devia ser.

quanto 'a parte de te ter insultado, diz-me onde e como, na~o gosto de insultar ningue'm sem querer, fac,o questa~o de insultar o mais intencionalmente possi'vel.

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