Hotspots ou Equipamentos que criam nuvens...

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Ourém tem que ser diferente em quase tudo...

É curiosa a definição de hotspot veiculada pela Câmara, na acta número 13 do ano corrente: equipamentos que criam nuvens para acesso à internet. Aliás, calculamos que todos os oureenses fieis leitores deste documento tenham ficado esclarecidos...
Via Ourém Blog.

Eu acho mesmo que a edilidade deveria submeter a patente na feira de Geneva. Ou pedir algum apoio do governo ao abrigo de algum Plano de Apoio para o Choque Tecnológico.

Entendo que o objectivo foi explicar de maneira acessível o que é isso de Hotspots Wifi para o comum dos mortais. Mas nestas coisas é só pesquisar por aí e seguir o que já é senso comum. Não é preciso andar a inventar com nuvens. Ainda confundem os gentios.

De qualquer modo, isto é apenas um pequeno pormenor que até nem interessa. O que interessa é que a Câmara de Ourém decidiu aderir ao Projecto Leiria Região Digital e instalar vários hotspots por Ourém, Fátima, Caxarias, Freixianda e Olival. Pela informação da acta, nada está decidido em definitivo quanto aos locais a instalar os hotspots mas a boa notícia é que na maior parte, o acesso será gratuito (desde que cada instalação tenha uma solução quanto ao custo, com parcerias ou não). O custo de instalação de 750 euros por cada hotspot é realista se o equipamento for profissional. O que é uma excelente notícia e poderá ser um óptimo serviço público. Digo poderá e explico porquê. O Castelo, como outros blogs com conteúdos que interessam aos oureenses já podem ser acedidos por mais malta. Mas o que realmente seria uma boa idéia era aproveitar os hotspots para criar uma rede municipal vocacionada para servir os habitantes, descentralizando os serviços e informação da Câmara Municipal, abrindo também os conteúdos locais ao serviço da comunidade. A rede não serve só para os downloads e p2p. É que numa altura em que se sabe pelas contas de 2005 que a dívida a terceiros no final do ano, era de 31,4 milhões de Euros sendo que a capacidade de endividamento já chegou aos 86,32% era de bom tom gastar devidamente o dinheiro do contribuinte, a começar por estes projectos que apesar de serem participados e custarem tostões se comparados a Estádios Municipais e rotundas, éticamente seria o caminho mais correcto. A ver vamos e para já, aplaudo a decisão da Câmara Municipal. Só espero é que não se caia no erro de cobrar por um serviço, que deveria ser gratuito. É que se a Câmara Municipal não se antecipar, serão os habitantes a criar essa comunidade. Em anexo incluo os locais projectados pela CMO para a instalação dos Hotspots (clickar na tabela para visualizar em melhor resolução) :

5 Comentários

€750 por instalac,a~o de hotspot e' razoa'vel? claro que e', para o instalador (que aposto vai ser um amigo ou familiar da cmo/psd-oure'm lda.)

uma base station topo de gama da linksys custa €100! mais uns €100 (por cima) para o signal booster e esta' feito. isto pvp. depois falta o router adsl (tb 'a volta dos €100, os topo de gama), que dilui'dos pelos hotstops da' uma ninharia por cada um.

oferec,o-me desde ja' para fazer a instalac,a~o por €500/hotspot.

onde se lê «equipamentos que criam nuvens para acesso à internet» deve ler-se «equipamentos que criam gomos de laranja descascada para acesso à internet».

Pfig, eu disse que 750 euros eram razoáveis se, o equipamento fosse profissional. E nisso incluo antenas próprias, ups e depois também tens custos de configuração que são inerentes. No entanto, só vendo ao pormenor o orçamento é que se poderá dizer ou não se o valor é realista. O teu preço inclui a deslocação de Londres? :) E a assistência em caso de problemas, dás resposta em quanto tempo?

plano:
1. inscric,a~o no psd
2. apresentac,a~o de contrato de manutenc,a~o a 25 anos
3. profit!

É certo que a definição não é lá muito esclarecedora, mas também não está mal.
Notem que a definição de nuvem é mais abrangente do que pura e simplesmente o que vemos no céu. Embora incolor e invisível pode-se definir uma área de acesso à Internet sem fios por nuvem.
Agora e no que respeita às tuas «exigências» é melhor irmos com calma. Primeiro venha o acesso livre e ilimitado à Internet e depois, mas só depois, pensar no desenvolvimento de um sistema de informação municipal capaz de facilitar a vida aos cidadãos. Sabes, por vezes nem é o facto de existirem ou não formas de tal conseguir, mas a legislação corrente que não o permite e em muitos casos é a legislação que não facilita a implementação de infra-estruturas desse género.

Abraços.

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