abril 2006 Archives

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Segundo a acta da Câmara Municipal de 27 de Março, David Catarino, presidente da Câmara Municipal de Ourém, foi eleito vogal do conselho de administração da SIMLIS, em representação do município de Leiria, para o triénio 2006-2008. É provável que alguém estranhe o facto e que até tenha ouvido falar em conflito de interesses. O presidente da Câmara Municipal de Ourém não pode, por não poder, representar o município de Leiria numa empresa onde o município de Ourém é também parte. Portanto, o que acontece é provavelmente diferente. David Catarino é vogal do conselho de administração da referida empresa e aufere vencimento correspondente ao incómodo de aí estar porque o município de Leiria, em si, ó desgraça!, não tem ou dispensa quem garanta a respectiva representação. Ou isso ou outro malabarismo qualquer a que, ai, ai, provavelmente chamam «acordo de cavalheiros». Sabe-se lá.

Heil Laurentino!

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Laurentino Dias, secretário de estado da juventude e desporto, encontrou uma maneira original de preencher as notícias e gerar conteúdos no Portal da Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto (grande nome!). Bastou arranjar um gestor de conteúdos que seleciona sempre fotografias do próprio Laurentino, mas sempre diferentes! Isto é que é o verdadeiro Choque Tecnológico. Visitem o site do Laurentino, vale a pena. Até dá gosto ver as fotografias das notícias. Não há repetições do Laurentino!

Via Blasfémias e Pedro Rolo Duarte no DN.

Por Ourém, na falta do Choque Tecnológico, sempre existiu o Boletim Municipal ou Informativo ou qualquer coisa do género. Com outro(s) protagonista(s), pois claro.

Leitura recomendada

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A propósito deste dia (e não só):

Os regimes, em Portugal, caem de podre porque, muitas vezes, ultrapassam todos os prazos de validade que lhe garantiam autenticidade. Só que a apatia e o indiferentismo gerados pelas manobras da elite no poder, lançam o colectivo numa inércia cobarde, inversamente proporcional ao activismo dos oposicionistas, cujo vanguardismo, marginal face à opinião pública, resulta, precisamente, da frustração de não se sentirem, entre ela, como peixe na água.

Do blog Sobre o tempo que passa, de José Adelino Maltez.

Imagem do Dia

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fotografia de Monica De Biase.

Ao que se sabe, em razão da construção do novo edifício da Câmara Municipal, o antigo e velho depósito de água tem o destino traçado (pelos senhores que decidem), a demolição. Por curiosidade - mas não apenas por isso -, note-se que em Tavira, também a propósito da sorte de um depósito de água, foi convocado um referendo local, a segunda - e a última - consulta popular feita por autarquias locais em Portugal.

Texto de Sérgio Faria, publicado n'O Castelo em 15 de Maio de 2004.

A justificação económica oficial:

D.C.- Isto é assim: pagamos mais de mil contos de rendas por mês. Temos um financiamento do Governo, aprovado, de duzentos e tal mil contos. Considerando que o impacto financeiro se exercerá ao longo de três anos, nós medimos tudo isto e concluímos que não devemos perder a oportunidade. Senão, serão mais 10 ou 15 anos.

Agora pergunto o que nenhum jornalista perguntou: Quanto é que gasta a câmara de Ourém, em ordenados, por mês? E em pareceres jurídicos? David Catarino quer construir os novos Paços do Concelho como resposta ao problema errado.

Outro slogan brilhante:

«O seu conjunto irá conferir uma maior nobreza para a cidade, dinamizando completamente o seu centro urbano».

Eu já me contentava que as ruas e avenida principal fossem (re)pavimentadas. Sempre dava um ar mais urbano. Também era nobre se os duzentos e tal (sic) mil contos vindos do Estado fossem gastos a colocar uns canos novos pela rede de água da cidade. É que a CGEP precisa de uma ajudinha, coitada. Apesar de ter aumentado o preço da água, não consegue melhorar a rede de abastecimento da cidade. E que tal usar esse dinheirinho para efectuar mais saneamento básico pelas aldeias? Ou se calhar, requalificar o cruzamento de Pinhel para dar um ar mais nobre a um dos principais acessos a Ourém? E que tal gastá-lo numa remodelação e reorganização de serviços de apoio ao munícipe, para que as licenças não demorassem uma eternidade a sair cá para fora ou houvesse uma efectiva melhoria nos serviços de fiscalização e atendimento? Mas não, é mais importante dinamizar um centro urbano com a construção de um novo edifício camarário. Faz lembrar um velho hábito português de construir duas salas na mesma casa. Uma que não é usada, apenas decorada como se tratasse de um museu, muito bonita, que é utilizada de vez em quando, para as visitas, para fazer boa figura. A outra que é realmente usada a maior parte do tempo, encontra-se na cave e é escondida dos olhares alheios. Podemos aplicar este conceito inovador a Ourém. Vamos ter uns novos Paços do Concelho (juntamente com o Parque Linear) muito bonitos para mostrar ao turista e aos corta-fitas, mas o resto da cidade vai ficar como está e é nessa que a maior parte da população, efectivamente, vive.

Mas já dizia o Lampedusa, é preciso que tudo mude para que tudo fique na mesma.

Mas, caro Luis, desde quando é que o Ourém Blog é marginal, ou isolado? Parabéns pelas 40.000 visitas. Mas continuo a dizer que os blogs não se medem exclusivamente pelas visitas. E olhe que o facto de não haver comentários não reflecte a sua falta de protagonismo, digamos assim. O número de comentários n'O Castelo está muito abaixo do número de visitas. O mesmo acontece em muitos outros blogs. Existe uma larga maioria silenciosa que nos visita. E é constante.

Opiniões

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Deputar

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A edição de ontem do Diário de Notícias trazia um elenco curioso. Adivinhe o nome de dois dos deputados que, quarta-feira antes da Páscoa - dia 12 -, assinaram a folha de presença mas, no momento da votação, não estiveram no plenário.

Publicamos e-mail enviado pelo José Alves:

Imagem-154.jpgImagem-155.jpg

Já foi noticiado aqui, e agora vão as fotos para ver o perigo no troço da estrada municipal que existe, antes de entrar no CERCAL quando se vem do cruzamento dos OLIVAIS, com a estrada nacional n.º 113.
Será que ninguêm se incomoda, é um real espanto as obras que se fazem nas estradas !
Se alguém por ventura tiver um acidente ou avaria danos na viatura, pare imediatamente, sinalize com o triângulo e ligue à GNR, para fazer participação de acidente.
Não se pode brincar com a vida das pessoas !
Boa Sorte a todos, saudações cordiais !

José Alves

A nuvem

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Não é uma nuvem criada por algum hotspot oureense, é sim o blog da biblioteca da Escola Secundária de Ourém.

Toy story

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Como diz o outro, não há almoços grátis. E os favores têm que ser pagos. Segundo a acta da Câmara Municipal de 20 de Março último, vamos ter o Toy nas festas da cidade, pela módica quantia de 10.890 euros (iva a 21% incluído) + 19 jantares + palco + serviço de catering para camarim + corrente eléctrica. Á, e é verdade, o director do Departamento de Administração e Planeamento justificou a contratação do artista por as suas características musicais se enquadrarem nos objectivos traçados pelo município. O que quer dizer que não poderia ser o Tony Carreira ou o Emanuel. Parece que não são assim tão solidários ou amigos.

Marta pela Elvira

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A Elvira fotografou a primavera a acontecer na Marta de Baixo.

Ourém tem que ser diferente em quase tudo...

É curiosa a definição de hotspot veiculada pela Câmara, na acta número 13 do ano corrente: equipamentos que criam nuvens para acesso à internet. Aliás, calculamos que todos os oureenses fieis leitores deste documento tenham ficado esclarecidos...
Via Ourém Blog.

Eu acho mesmo que a edilidade deveria submeter a patente na feira de Geneva. Ou pedir algum apoio do governo ao abrigo de algum Plano de Apoio para o Choque Tecnológico.

Entendo que o objectivo foi explicar de maneira acessível o que é isso de Hotspots Wifi para o comum dos mortais. Mas nestas coisas é só pesquisar por aí e seguir o que já é senso comum. Não é preciso andar a inventar com nuvens. Ainda confundem os gentios.

De qualquer modo, isto é apenas um pequeno pormenor que até nem interessa. O que interessa é que a Câmara de Ourém decidiu aderir ao Projecto Leiria Região Digital e instalar vários hotspots por Ourém, Fátima, Caxarias, Freixianda e Olival. Pela informação da acta, nada está decidido em definitivo quanto aos locais a instalar os hotspots mas a boa notícia é que na maior parte, o acesso será gratuito (desde que cada instalação tenha uma solução quanto ao custo, com parcerias ou não). O custo de instalação de 750 euros por cada hotspot é realista se o equipamento for profissional. O que é uma excelente notícia e poderá ser um óptimo serviço público. Digo poderá e explico porquê. O Castelo, como outros blogs com conteúdos que interessam aos oureenses já podem ser acedidos por mais malta. Mas o que realmente seria uma boa idéia era aproveitar os hotspots para criar uma rede municipal vocacionada para servir os habitantes, descentralizando os serviços e informação da Câmara Municipal, abrindo também os conteúdos locais ao serviço da comunidade. A rede não serve só para os downloads e p2p. É que numa altura em que se sabe pelas contas de 2005 que a dívida a terceiros no final do ano, era de 31,4 milhões de Euros sendo que a capacidade de endividamento já chegou aos 86,32% era de bom tom gastar devidamente o dinheiro do contribuinte, a começar por estes projectos que apesar de serem participados e custarem tostões se comparados a Estádios Municipais e rotundas, éticamente seria o caminho mais correcto. A ver vamos e para já, aplaudo a decisão da Câmara Municipal. Só espero é que não se caia no erro de cobrar por um serviço, que deveria ser gratuito. É que se a Câmara Municipal não se antecipar, serão os habitantes a criar essa comunidade. Em anexo incluo os locais projectados pela CMO para a instalação dos Hotspots (clickar na tabela para visualizar em melhor resolução) :

Publico a seguinte declaração de voto socialista que recebemos do Vereador José Alho. O assunto é relativo às contas de 2005 da CM de Ourém:

Relatório de Gestão e Prestação de Contas Ano Económico de 2005 - Declaração de Voto –

Os vereadores abaixo assinados, atendendo a que só tomaram posse no final de Outubro de 2005, o que conduziu necessariamente a uma participação reduzida nas tomadas de decisão relativas a este ano económico e a nenhuma participação no Plano de Actividades, optam por se abster na votação relativa à aprovação do Relatório de Gestão e Prestação de Contas do Ano Económico de 2005.
Apesar do referido, consideram que não podem deixar de fazer alguns comentários face ao conteúdo dos documentos apresentados. Assim, passamos a referir apenas alguns dos aspectos que nos merecem referência:
1. O aumento global das Receitas do Município em 10,33%, sendo de realçar o aumento das receitas relativas ao IMI - Imposto Municipal de Imóveis, com um acréscimo de 22,58%, ao Imposto Municipal sobre Veículos, com um acréscimo de 50,44%, e ao IMT - Imposto Municipal sobre Transacções, com acréscimo de 30,72%;
2. As Despesas realizadas subiram 9,84%, sendo de referir o grande aumento das despesas correntes, com um acréscimo de 16,18%. Em contrapartida, as despesas de capital registaram um acréscimo de apenas 5,92%;
3. A capacidade de endividamento do Município está praticamente esgotada, com 86,32% desta capacidade já utilizada;
4. O Prazo Médio de Pagamentos passou de 109,2 dias em 2004 para 156,5 dias em 2005;
5. A Dívida a Terceiros registou um aumento de cerca de 4 milhões de euros durante o exercício de 2005, sendo o seu valor total no final deste ano de aproximadamente 31,4 milhões de euros.
A terminar, resta-nos registar com agrado a qualidade geral do trabalho desenvolvido pela equipa técnica responsável pela elaboração dos documentos agora apresentados.
Ourém, 17 de Abril de 2006
Os Vereadores,

Weeee

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Mais uma razão para mudar de browser. Get Firefox.

O dentista da Elvira parece necessitar de ser ilustrado sobre quão confrangedores são alguns preconceitos. Ou isso ou ser cristamente doutrinado por Deolinda Simões.

Ó valha-nos a santa paciência

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O Estado português é laico. A administração pública, porque elemento estatal, é laica. E a presidente da mesa da Assembleia Municipal de Ourém, que se chama Deolinda Simões, parece que não sabe o significado deste princípio fundamental da organização política do país ou não quer saber e faz o que lhe dá na real gana, como se não devesse, por lei, comportar-se dentro de determinados limites. É que hoje assina um artigo de opinião no Notícias de Ourém (n.º 3568, 14.Abril.2006, p. 15) onde parte da prosápia prosa destilada é discurso de catequista da madre Igreja una e santa e católica e apostólica e romana e não discurso conforme de alguém que seja presidente da mesa de uma Assembleia Municipal. Isto é, Deolinda Simões pode escrever o que lhe apetecer sobre Cristo, louvá-lo, glorificá-lo, pregar os evangelhos e o diabo et cætera. Pode escrever também sobre Baco e fazer a apologia religiosa dos desmandos orgíacos das bacantes na floresta, se para aí se inclinar a respectiva vontade. A presidente da mesa da Assembleia Municipal de Ourém, enquanto presidente da mesa da Assembleia Municipal, é que não pode, por limite legal à sua acção. O que não deveria ser difícil de encaixar por Deolinda Simões. Certo que é o seu domínio do jejum e da abstinência, bastar-lhe-ia transpor tais virtudes para a prática republicana. E nada haveria a dizer sobre o caso, porque não haveria caso.

Vitamina C

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Alguém pesquisou no Google por "fotografias de podas de citrinos" e foi recambiado para este sítio. Nada como vir parar ao sítio certo.

Publicamos a última missiva do José Alves:

BURACOS NEGROS , PERIGO EMINENTE À SEGURANÇA RODOVIÁRIA NAS ESTRADAS MUNICIPAIS ..... - Na estrada municipal Caxarias-Olivais no troço Cercal - Olivais junto às bombas de gasolina já foram alguns tapados com massa de alcatrão, mas o perigo de acidente continua, porque os buracos existentes junto da placa informativa " CERCAL", ainda continuam, continuam à espreita de causar um Grande Azar. - Também fica aqui também a informação que quando se sai do Cercal para a Gondemaria após passar o café Lagoa e o com o corte à esquerda para a " TOPECA" , existe um buraco originado pelo abatimento do pavimento, ao passar sem saber os automóveis "dançam um tango". NOTA: Será que as pessoas conseguem viver com os incómodos e acomodam-se à sorte alheia, pois é " mas tanta vez que a bilha de barro vai à fonte, qualquer dia quebra-se..." , já diz um ditado muito velho, mas é ainda actual. Mais uma vez alerto para uma condução segura e também estradas mais seguras. Digamos não à morte nas estradas. Todos nós somos responsáveis, como cidadãos chamar a atenção das autoridades competentes, informando e as entidades competentes responsáveis em reparar e manter a conservação das mesmas. Afinal tem que ser um trabalho de equipa. A informação é base fundamental para haver um bom processamento de soluções para os problemas que vão aparecendo em tudo na vida. Saudações Cordiais para todos que são leitores e participantes deste site.

ConcertoCoral06.jpg

Integrado nas cerimónias da Semana Santa em Ourém, realiza-se no próximo dia 09 de Abril, pelas 15.30 h um Concerto Coral na Igreja de Nossa Senhora das Misericórdias (antiga Colegiada), organizado pela Câmara Municipal de Ourém e Academia de Música Banda de Ourém (AMBO).

Além do Chorus Auris participarão o Orfeão da Fundação A Lord, de Lordelo, Paredes e o Coral Polifónico de Ponte de Sôr. A entrada é livre.

A resposta «não sabe» / «não responde»

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Um membro da Assembleia Municipal apresentou um requerimento, pelo qual solicitava um conjunto de informações. Mais de um mês depois de ter sido entregue esse requerimento, o presidente da Câmara Municipal respondeu sem responder, afirmando não saber dar resposta e não saber quando conseguirá dar resposta. O caso está reportado aqui. A informação solicitada não parece que seja de outro mundo. Em princípio ela deve estar disponível. Até porque de alguma dessa informação depende a aplicação do regulamento de cedência dos autocarros municipais. Convém não esquecer que numa das disposições do referido regulamento, as entidades que solicitarem a cedência desse autocarros têm, de ordinário, o direito à sua utilização apenas uma vez por ano. Portanto, das duas uma. Ou David Catarino confessou que a Câmara Municipal não está em condições de aplicar o referido regulamento. O que é grave. Ou David Catarino ensaiou uma manobra de escusa de resposta. O que não é menos grave. Pelo que, com a resposta dada, parece haver motivo para participação à tutela administrativa. Quanto mais não seja para informar que, em Ourém, segundo o presidente da Câmara Municipal, há serviços que não estão em condições de assegurar a vigilância e o cumprimento de um regulamento. Seja como for, há um outro lado do problema: a cooperação e a lealdade entre os órgãos do município. David Catarino não é o presidente do município de Ourém. É, sim, presidente do órgão executivo do município, órgão esse que responde politicamente perante o órgão deliberativo. O que significa que, tendo acontecido a tal resposta, importa verificar qual será o comportamento da presidente da mesa da Assembleia Municipal em relação ao assunto.

Postais de parabéns

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O presidente da Junta de Alburitel, em Ourém, criou uma forma original de aproximar a sua autarquia dos eleitores da freguesia: desde Janeiro, envia a todos um postal de parabéns, no dia do seu aniversário. Acontece que os dados que Elias Dias da Silva, eleito pelo PS, usa - datas dos aniversários e moradas - estão a ser retirados da base de dados usada no recenseamento eleitoral, que a Junta tem no seu sistema informático. A Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) garante que essa utilização, sem ser devidamente autorizada, é crime.

Via Comissão de Festas e Jornal de Notícias.

E-mail do João Santos (Juventude Ouriense):

Desde Janeiro que só perderam um jogo, têm novos jogadores, o número de
espectadores subiu consideravelmente, tal como a sua posição no campeonato,
no último fim de semana espetaram 6-3 aos ex-primeiros.

Ver Fórum Juventude Ouriense. Ver Blog Futsal da JO.

Publicamos o seguinte texto enviado por e-mail, do José Alves:

MAU ESTADO DE PAVIMENTO NA ESTRADA CERCAL-OLIVAIS. Propriamente uma parte do troço que foi pavimentado na estrada que liga Olivais ao Cercal junto às bombas de gasolina e também da QuimLena está um perigo, regista-se abatimento do pavimento, pode causar danos materiais e não só!!! Ao passarem por lá tenham atenção ! Salvo erro esta zona está sob responsabilidade da junta de freguesia de Santa Catarina da Serra, ( concelho de Leiria) Haja alguém competente para evitar transtornos, Obrigado !

O Despacho 24

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Publicamos a seguinte declaração que nos foi remetida pelo vereador José Alho:

O Despacho assinado pelo Senhor Presidente da Câmara sobre o «desempenho dos vereadores da oposição» e a nota anexa da sociedade de advogados LCA merece-nos o seguinte comentário:

1. Regozijamo-nos com o facto do senhor Presidente da Câmara acatar o parecer emitido pela Sociedade de Advogados LCA ao assinar o despacho nº24 que consagra o que a Lei 169/99 no seu artigo 73º/5 define como norma genérica: que todos os vereadores devem dispor de “espaço físico, meios e apoio pessoal necessário ao exercício do respectivo mandato”.

2. Lembramos que a proposta que apresentámos ia justamente no sentido que agora é interpretado e nunca esteve em causa a competência que a Lei atribui ao Sr. Presidente da Câmara para decidir quais os instrumentos logísticos necessários para o desempenho das funções dos vereadores.

3. Importa sublinhar que a Lei não foi cumprida nos mandatos anteriores apesar das propostas feitas nesse sentido pelos vereadores em regime de não permanência. E se agora o desfecho foi diferente, só o foi pela insistência e reclamação e com recurso a um parecer pago pelo município, quando o bom senso aconselhava a interpretação agora dada. Fica assim sem efeito a posição assumida pela maioria quanto ao quadro legal em vigor.

4. Lembramos que a nossa proposta continha um segundo ponto relativo à utilização da Revista Municipal pelos diferentes grupos políticos com representação na Câmara e A. Municipal e que não tendo sido objecto de qualquer pedido de esclarecimento, importa definir, contribuindo para o exercício de uma democracia mais aberta e participada.


Ourém, 3 de Abril de 2006-04-02


Os Vereadores

Imagem do Dia

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DSCN2536, originally uploaded by jfilipemo.

Marco territorial com armas reais, assinala a fronteira entre o condado de Ourém e os territórios do Convento de Cristo.

Vivo demasiado dentro de uma banda desenhada. Por isso, por palavras, conto esta página. Foi assim. Hoje, no espaço da livraria e editora Som da Tinta, houve recital de poemas e canções, palavras sobre águas salgadas e doces, palavras ditas e cantadas. Na parede havia fotografias com tema semelhante aos das palavras. Depois, foi bom o que se ouviu, mas acabou. A sessão foi dada como encerrada e aberto o período para rogo de autógrafos às autoras e ao autor da antologia poética que havia sido apresentada. A luz da ocasião já bruxuleava, mas houve ainda um fogacho que sentiu a necessidade de, fora de tempo, resplandecer. Não havia necessidade. Porque as palavras que Deolinda Simões decidiu dizer naquele momento nada acrescentaram à circunstância. Todas as pessoas tinham estado ali, presenciaram, sabiam o que tinha acontecido e como tinha acontecido. Na prática, a converseta de cabo de Deolinda Simões foi como aspergir lágrimas derramadas com água do mar. Água salgada sobre água salgada. Ou sejam, as suas palavras, extemporâneas, não poliram a ocasião. Pelo contrário. Acrescentaram rebarba num evento que, até àquele momento, não tinha tido. Enfim, custa-me a acreditar que, pelo comportamento que patenteiam – e me parece ser paradigmático –, algumas pessoas sejam deste mundo, deste lado em que, mesmo que não se olhe todos os dias para o espelho, se aprende a evitar armações ao pingarelho. É que, vamos lá, a simpatia e as boas intenções até podem pulsar das entranhas de Deolinda Simões. Porém, quando essas intenções e simpatia correm depois de tudo, sobre o que já passou, numa espécie de acrescento institucional ou bordo de cerimónia, sem que tal lhe tenha sido rogado ou se verifique necessário, isso torna-se resíduo, superficial. E incómodo. Como vivo demasiado dentro de uma banda desenhada, é provável que mereça este tipo de castigo.

Dizer mal

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Muitas vezes tenho gentios que me abordam para dizer, "É pá!, costumo ir ao Castelo, que até gosto, mas vocês passam a vida a dizer mal, não é?". "Aquilo está giro, lê-se umas coisas que até fazem sentido, mas vocês são sempre do contra." Eu respondo com uma citação de Vasco Pulido Valente:

Os portugueses não gostam que se «diga mal» de nada e desconfiam de quem diz. «Dizer mal» de um livro, de uma escola, de um hotel ou de uma política é sempre considerado um «ataque» de pessoa a pessoa e atribuído aos piores motivos: à inveja, à cobiça, ao ressentimento e por aí fora. Não ocorre a ninguém que «dizer mal» do livro não implica «dizer mal» da pessoa privada do escritor (...).

Trocando o escritor por outra ou outras personagens, acho que me fiz entender, pelas palavras d'outro. Já agora, o livro é este:

Vasco Pulido Valente, "Elogio da Maledicência", Esta Ditosa Pátria, Lisboa, Relógio d'Água, 1997, pp. 82-85. Via Esplanar.

Não sou de dramas, como não sou de muitas outras coisas. Mas, exortado e com motivo, lá fui ver a peça escrita por Sérgio Ribeiro e levada ao palco, mais do que à ribalta, do cine-teatro municipal de Ourém pela rapaziada do Grupo Desportivo e Cultural de Seiça. Uma comédia de costumes, os nossos. Comédia a que se seguiu uma outra. Faltou - e ó que grande falta! - a prosápia de Deolinda Simões, que encaixa sempre bem nestas circunstâncias e em todas as outras que lhe dê na veneta. Porém houve substituto de semelhante coturno, Vítor Frazão, e faladura adequada ao caso. Vamos lá a ver. Já é pungente todo aquele protocolo, sem cerimónia, dos senhores da Câmara Municipal a distribuírem toda a raça de salamaleques e a requisitar aplausos por tudo, por nada e porque há girassóis, a coruja pia à noite e o mais que no instante sulcar no trambelho do palestrante. Como se isso não fosse martírio suficiente, depois vêm as palavras, amanhadas no registo de quem está a armar ao pingarelho. E se a peça era para rir, as palavras do vereador foram para rir muito mais. Por um euro, o preço dos dois espectáculos foi módico. É que, por si só, o discurso de Vítor Frazão valeu todos os cêntimos dispendidos. Pena foi o tempo. Ouvir aquelas palavras tardou a saída do edifício. Mas no problema. Paguei por uma comédia. Assisti a duas. A franqueza do vereador e a naturalidade com que representou o seu papel foram tais que, mesmo quando ele avisou e rogou solenidade à audiência, para dizer que o autor da peça, embora um comuna desgraçado, até tinha jeito para dramaturgo e tal, fez rir. E suscitou piedade, conforme aconteceu com Deolinda Simões a propósito de uns profetas da desgraça quaisquer. É isto o que somos. E mais. Porque, para gozo meu, também paguei o bilhete a quem me fez companhia. Chama-se a isto, fraternidade nas comédias. Correu bem. Até porque não gosto de rir sozinho.

Actividade

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