Pá!, pode ser difícil, mas pelo menos podiam disfarçar um bocadito e não confundir o município de Ourém com o PSD

O Luís e o Pedro, através da paródia e do sarcasmo, já fizeram alusão ao caso noticiado tanto pelo Notícias de Ourém (n.º 3549, 2.Dezembro.2005, p. 2) quanto pelo Região de Leiria (n.º 3585, 2.Dezembro.2005, p. 15). Julgo que se justifica insistir, porém num outro registo. Antes de mais, convém ler o n.º 5 do artigo 73.º da lei 169/99, de 18 de Setembro. A palavra «todos» há-de significar algo em tal enunciado. Julgo também que merece leitura uma deliberação, de Março de 1999, da Alta Autoridade para a Comunicação Social. Borba não é já aqui ao lado, mas ainda é em Portugal. Finalmente, um reparo sobre a coerência da argumentação mobilizada por David Catarino e aqueles que com ele fazem coro na Câmara Municipal - e que, certamente por mera coincidência, foram eleitos pelo PSD. Deixo liminarmente sem qualquer nota as afirmações que correspondem a equívocos, decorrem de dissonância cognitiva, constituem vícios ou abusos de posição ou são pura e simplesmente erros grosseiros. Não tenho tempo. Paciência também não. Centro-me exclusivamente na coerência da argumentação. Atente-se nas três alíneas abaixo: a) “a gestão autárquica do município de Ourém não tem sido partidarizada”; b) “colocar os serviços ou as publicações municipais ao dispor dos vereadores não permanentes seria colocá-las ao serviço do partido político que representam. (...) seria a permanente promiscuidade entre os partidos políticos e a gestão autárquica”; c) “poderá haver gabinetes para os partidos políticos” no novo edifício dos Paços do Concelho. Se as afirmações a) e b) são verdadeiras, por qual raio é que foi formulada a hipótese c)? Por que é que os eleitos pelo PSD na Câmara Municipal admitem a via para desgraça de Ourém no futuro?