Recebemos a seguinte informação do vereador José Manuel Alho (PS) que aqui publicamos na íntegra:
Meus caros: Junto remeto declaração de voto dos vereadores eleitos nas listas do PS relativamente à votação do Orçamento para 2006 e Grandes Opções do Plano para o Quadriénio 2006. Na mesma reunião de 05dez votamos contra o contrato de construção dos novos paços do concelho por ser uma solução que criticamos pela forma como é apresentado o projecto e o seu financiamento e por haver outras prioridades fundamentais para a estruturação do municipio. Também mereceram voto contra propostas de financiar e aprovar à posteriori obras em caminhos nas freguesias de Nª.S Misericordias, Matas e Ribeira do Fárrio, por serem apresentadas como factos consumados e ferirem a equidade no tratamento das freguesias. Votamos contra a denuncia do acordo com a ACISO relativamente ao serviço de guardas nocturnos por entendermos ser ainda muito curto o tempo para avaliar de forma séria e fundamentada a eficácia do seu serviço;antes da denúncia deve-se analisar com a ACISO formas de tornar mais eficiente este serviço que ainda na semana passada deu boa justificação para a sua existência no caso do incêndio do Jogral. Cumprimentos jose manuel alho
Segue-se informação mais concreta do Orçamento para 2006 e Grandes Opções do Plano para o Quadriénio 2006/2009
Orçamento para 2006 e Grandes Opções do Plano para o Quadriénio 2006/2009Os vereadores eleitos nas listas do Partido Socialista felicitam os responsáveis técnicos pela forma de apresentação dos documentos previsionais Orçamento e Grandes Opções do Plano (2006/2009) aqui apresentados.
Quanto ao Orçamento verificamos que 2006 vai pagar a factura relativa aos investimentos realizados especialmente no último ano como o Estádio de Fátima, Pavilhão do Caneiro, Piscina de Caxarias, Parque Linear, redes de saneamento de Seiça e Alburitel, etc. É uma espécie de ano zero que se segue à fase eleitoral. Concordamos com o que é dito relativamente à necessidade de a administração central tomar uma atitude activa no que diz respeito aos arranjos da envolvente à nova Basílica mas também pensamos que deveria ter sido um compromisso assumido desde a fase inicial de planeamento.
Relativamente às opções estratégicas que são assumidas, elas representam uma visão muito divergente do que entendemos serem as opções prioritárias para o desenvolvimento sustentável do concelho. E embora haja algumas preocupações comuns que estão diagnosticadas há muito, como será o caso do reordenamento da rede escolar e o investimento na educação, os investimentos estruturantes aqui propostos merecem as nossas mais sérias reservas, nomeadamente a forma de financiamento do novo edifício dos Paços do Concelho ou a rentabilidade e impactos positivos do empreendimento de Golfe em Caxarias, a título de exemplos.
Por outro lado revela-se uma enorme falta de ambição naquilo que é para nós fundamental: garantir o desenvolvimento equilibrado de todo o território municipal sem esquecer as localidades mais interiores e menos desenvolvidas. Nenhuma proposta nova neste sentido!
Acções com carácter estratégico como a revisão do PDM e as acessibilidades ao norte do concelho ficam arredadas desta proposta.
Tendo presente as expectativas de um número significativo de oureenses que expressou a esperança numa proposta de desenvolvimento para o concelho que o nosso programa apresentava e a confrontação com a ausência de medidas que vão ao encontro dessa visão, votamos contra esta proposta de Orçamento e Grandes Opções do Plano.
Acrescentamos que estando em causa definir as linhas de rumo para o mandato de quatro anos que agora se inicia, se justificaria uma outra forma de abordagem destes documentos. O que nos é proposto é um documento já feito, sem discussão prévia, com reduzida margem para participarmos na sua construção. Por isso dizemos de forma clara que é também uma atitude de menosprezo pelo nosso papel.
