IC9 para Bruxelas

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A questão já foi tocada aqui. A Quercus apresentou uma queixa junto da Comissão Europeia por o traçado do IC9 contemplar um troço numa zona protegida, abrangida pela Rede Natura 2000, sem que tenha sido feito qualquer estudo de impacte ambiental. Entende ainda a Quercus que há uma alternativa viável ao referido traçado, que afecta uma área de baixo valor ecológico (de eucaliptos), o que permitiria preservar os povoamentos florestais protegidos de elevada qualidade, salvaguardando-se, assim, o sítio classificado e a integridade do maciço de Sicó/Alvaiázere. É ainda admitida a interposição de uma providência cautelar, caso o Governo não reveja o dito traçado (vide Público, n.º 5715, Suplemento: Local - Lisboa, p. 54).

20 Comentários

o estudo de impacte ambiental está, até finais de janeiro de 2006 em consulta pública.
pata na poça da quercus, portanto!

Tivessem optado pelo traçado a norte! evitavam-se estes problemas e servia-se mais população...

Pergunto eu:
Será que em Ourém se pode fazer alguma coisa sem que a Quercus faça queixa?

Já começa a irritar.

Agora é o IC9.

Então e agora isto do IC9 interessa a quem?
Ao tipo do Intermarché?

Ou será que só há Quercus no Concelho de Ourém?

Ou será que nos outros Concelhos a Quercus está feita com o poder?

Não acredito que Ourém tenha o azar de estar encravada entre RAN's, REN's, maçiços calcários, leitos de cheira, etc, etc, etc...

Daaasseeeee

são todos os traçados possíveis do ic9 que estão em consulta.

Olá.
Era só para informar (em particular o EU) que o troço do IC9 que agora está ser alvo de estudo de impacto ambiental até meados de Janeiro de 2006 não é o troço Tomar-Alburitel mas sim o troço Alburitel-Fátima(A1)-Porto de Mós.

Paulo Santos Fonseca

eu simpatizo com a quercus e a sua causa. junto dos seus responsáveis penhoro algumas das minhas responsabilidades cívicas. admito que, na sua acção, as pessoas da quercus cometam erros. mas julgo que se não fosse a sua atitude vigilante e a sua intervenção estaríamos - este plural não é majestático - pior. é por isso que a quercus não me irrita. antes tranquiliza.

Subscrevo o comentário de sf.
E, muitas vezes, a irritação que alguns sentem resulta do incómodo que causa a agitação de águas estagnadas.

Como disse no post anterior não tenho nada contra ambientalistas. Aliás subscrevo a posição da Quercus noutros assuntos: Intermarché, Caudais mínimos a acordar com os espanhóis, algumas situações flagrantes de ataque ao ambiente.

Mas o sucesso da Quercus depende em muito de ter uma opinião pública favorável às suas exigências.

Assim é imperativo que a Quercus das duas, uma:

1) Não exiga tudo a todos e que seja sempre do "contra". É difícil para a opinião pública (cuja maoria é leiga, tal como eu, em assuntos ambientais) entender certas exigências. Ou seja para reforçar a sua credibilidade é preciso que não seja demasiado exigente, e que pondere os prós e contras das suas atitudes (e que pese os factores económicos, de desenvolvimento e sociais até, ao invés de tomar apenas em consideração os factores ambientais);

2) explique à opinião pública as suas posições e o timing das mesmas; como eu disse se a opinião pública não entende determinadas exigências e o porquê dessas exigências a Quercus perde credibilidade para outras causas que sejam mais importantes. No caso em apreço o Instituto do Ambiente (IA) foi consultado. Este autorizou o traçado e o lançamento do concurso público, logo há aqui uma contradição! Para os ambientalistas do IA está tudo bem, mas para os ambientalistas da Quercus está tudo mal? Como é possível entender isto? Se se vier a provar que a Quercus tem razão, então para que serve o Instituto do Ambiente? É mais um sorvedouro de dinheiros públicos? Por outro lado porquê só agora a acção da Quercus quando já há algum tempo é conhecido o traçado?

Escrevi propositadamente o post em tom provocatório porque de facto acho que o IC9 será uma via estruturante para desenvolvimento do nosso Concelho e não me parece que o sacrifício de umas azinheiras seja assim tão grave (mais grave seria ter que deslocar habitações e pessoas para construir a dita).

Esta é a minha opinião.

em parte, não concordo com o Paulo Felicidade.

julgo que a quercus deve pautar a sua intervenção pelos seus princípios. e não deve vacilar face aos interesses fortes que se contrapõem. aliás, não sei por que é que a quercus tem que ser ponderada nas suas posições e os outros actores não. numa situação ideal, todos seriam capazes de defender o melhor para todos. mas essa situação ideal não existe. pelo que, sendo por demais evidente a pressão da generalidade dos interesses sobre os limites e os mecanismos de protecção ambiental, tenho para mim que a utilidade da quercus reside na defesa dos valores que professa. tanto mais que a atitude ecologista tem a vantagem de alertar para custos diferidos e globais, não imediatamente visíveis ou assumidos pelos defensores de muitos empreendimentos. (como é óbvio, isto não quer dizer que a quercus não erra ou que não deva dar publicidade aos motivos e às bases das suas posições).

seja como for, num ponto estou com o Paulo. também acho estranho o desencontro das posições do instituto do ambiente e da quercus. não conheço o seu fundamento. mas se, como afirma a quercus, há uma alternativa para o traçado do ic9 menos gravosa em termos ecológicos do que a hipótese que parece ter sido assumida... não vejo porque não se deva avaliar se assim é, de facto. e, para já, sem prejuízo para a imagem da quercus.

IC9 - Traçado Norte? Fátima? Servir mais pessoas? Quem? Sempre os mesmos...
Vou mais de uma vez por semana a Foros de Salvaterra, em trabalho, pela A1 IC10 e A13... pois bem, demoro tanto tempo de casa (freguesia de Casal dos Bernardos)até ao nó da A1 em Fátima (35 kms) como de lá a Foros de Salvaterra (90 kms)... Quando se Lembram de Freixianda, Fárrio, Rio de Couros, Casal dos Bernardos... e de todas aquelas freguesias que ficam lá para os lados de Caxarias? Começa a estar na hora, não?

Sim, o traçado a norte, com nó perto da ZI de casal dos frades - é (era) um dos traçados que estava em discussão, assim como + 2 ou 3 a sul de ourém, com nó no vilar. segundo a minha percepção, a opção a norte seria mais cara, no entanto, esta teria muito menos problemas ambientais (já não seria construída sobre o massiço calcário), sendo que apenas a freguesia de NS Misercórdias ficaria + longe da estrada (estamos a falar de cerca de 5000 pax e do centro industrial + importante do concelho), mas que acabaria por beneficiar todo o norte do concelho que perfaz uma população de cerca de 20000 pax e com outros 2 centros industriais de não menos importância (casal dos frades e caxarias). No entanto, a queixa da quercus é referente a ponte sobre o nabão, vários km a este, +/- entre a fábrica do prado e o agroal. (ver notícia quercus)

Só pergunto porque será que Quercus apenas contesta depois da assinatura do contrato de empreitada?
Será para proteger a natureza?, ou os interesses de alguém?

deixense de coisas eles kerem é o tacho bem cheio
o resto nao interessa isto aplica-se a ambas as partes digo isto pk???

pk nao percebo kual será a diferença entre 2 terrenos contiguos em ke num se pode contruir em 100% da area e no outro é reserva ecologica pk disem ke está en zona de imfiltraçao maxima
ora nao ma vanham cá com mer.... pk kem tem € pode tudo kem nao tem é ke se fod.....

olá a todos em geral cultos e Incultos!

fico estupefacta ao ler tais mensagens, como será possivel haver pessoas que ainda não sabem a importancia que o ambiente tem e a importancia das instituições que o defendem.

como é possivel que aindam existam camaras que deixem cortar sobreiros para edificar?

como é possivel que as pessoas não saibam a importancia que tem uma area classificada como rede Natura 2000?

ninguém nasce ensinado é certo, mas podemos sempre aprender!

Felismente já se pensa no Ambiente como um bem a preservar.

Olá Ana.

Embora possa concordar contigo em alguns pontos, deixo-te uma pergunta.

Pk é k se fez parar a construção da barragem de Foz Coa com o pretexto de salvaguardar uns "riscos" nas pedras? Resultado, ninguém lá vai ver akilo (pk tb ñ tem nada k se veja) e continuamos a ter de comprar electricidade á vizinha Espanha. Pra já ñ falar numas ditas pegadas aki bem perto, k apenas serviram pra encher os bolsos ao Srº Galinha! Enfim...

Sei k a pergunta ñ tem nada a ver para o caso da IC9, mas o meu objecto é expressar alguma indignação que sinto e fazer pensar, k ás vezes as tentativas - sim tentativas - de poupar o ambiente, faz com que continuemos a perder em relação aos outros! Será k ñ há outras coisas k se podiam fazer para poupar o ambiente?

Os interesses instalados de ambos os lados prejudicam-nos gravemente a todos nós, povo, k continuamos a ter de andar com os nossos carros (k são feitos de matéria prima saída da natureza) por estradas k mais parecem os antigos carreiros de cabras!

Ana em fevereiro 9, 2006 08:43 PM

Por acaso a Ana terá lido todo o post e respectivos comentários?

A Ana saberá qual a importância do ambiente porque é culta e instruída.

Mas não deverá saber todavia, que o Instituto do Ambiente VALIDOU o referido massacre de sobreiros.

Não poderão existir interesses ocultos (não se sabe de quem..) quando 2 instituições de defesa do ambiente (Quercus e IA) defendem posições contraditórias? É assim tão difícil de entender porque é que se levanta a questão de sabermos se é ou não atentado ao ambiente?

Afinal, qual é o critério? É atentado ao ambiente só porque a Quercus diz que sim? Então e porque é que não se tem em conta o parecer do IA?

Em grandes projectos terá que haver sempre sacrifícios, sejam pessoais, sociais ou ambientais. Agora argumentar que o ambiente tem que se sobrepor sempre ao bem estar colectivo é que eu não aceito.

A A1 não foi um marco no desenvolvimento do país? Foi! Houve sacrifícios? Sim, nomeadamente a Serra de Aire e Candeeiros que foi literalmente dilacerada e dividida a meio. Se bem percebo, segundo algumas opiniões, estaríamos melhor se hoje ainda estivéssemos a ponderar o melhor traçado da A1 para não sacrificar o ambiente.

Recordo que é isso que se passa com o IC9, pois o seu traçado está a ser discutido há pelo menos 30 anos. Com isto não quero dizer que a culpa é da Quercus, mas penso que sou livre de manifestar desconfiança em relação a este assunto, que desta vez não tem nada a ver com o nosso Concelho, porque os referidos sobreiros estão em Tomar.

O traçado na s.aire e candeeiros está em cima de um falha geológica, ficou com um enorme e perigoso declive na chamada "descida de fátima", destruiu um dos maiores algares da europa, reforçou a "litoralização" do país.....

Olá,
O que eu sei é que todos os dias tenho de fazer 60 Km para cada lado Tomar-Ourém-Leiria-MG, claro que não tenho alternativas como, transportes públicos decentes, "comboio, autocarro, metro de superficie, etc..." ao menos deixem que tenha uma via mais rápida e segura onde não tenha de estar sempre a tentar descobrir a autoridade escondida para me apanhar a circular a 60Km/Hora.
Um abraço.

respondendo a pf:
Não fossem os lobbies (lóbis?) laranjinhas de Leiria, Fátima e Pombal a reclamar ao prof. Cavaco uma autoestrada, a A1 passaria por Tomar, Avelar Penela e Condeixa, leito natural (com algumas variações pontuais) de todas as comunicações terrestres entre o vale do Tejo e Coimbra desde a romanização até ao séc. XIX, tal como estava comtemplado no projecto inicial de salazarentos tempos. É curioso verificar que este traçado idealizado numa época em que o ambiente não era tão valorizado, coincidente, grosso modo, com o traçado idealizado para o futuro IC3, não passa por zonas demasiado susceptíveis em termos ambientais e poderia ter sido uma mais valia para a isoladíssima região do pinhal interior. Só que a prioridade foi recompensar os fiéis votantes laranja de Leiria, Fátima e Pombal...

Não sei se são os "lobbies" laranjas, rosa ou vermelhos, a verdade é que ao preço a que está o combustivel, quando acabarem os IC9, IC3, e todos os outros IC(S) que passamos anos a discutir, deixam de ser necessários pois circular só de burro.
E pelos vistos cada vez há mais.............

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