Estudo do Dia

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Relatório do Projecto de Cartografia de Risco de Incêndio Florestal (2ª Fase CRIF) do Concelho de Ourém, disponibilizado pelo SNIG (Sistema Nacional de Informação Geográfica). Este estudo tem pelo menos uma década. (Ver relatório)

Risco de Incêndio Florestal no Concelho de Ourém (clique na imagem para a versão ampliada)

Conclusões:

13. Conclusões

Como foi sendo descrito ao longo deste relatório, o concelho de Ourém é um concelho em que se verifica, grosso modo , uma dualidade de características, físicas e humanas, que o separam em duas áreas distintas: o Norte e o Centro concelhios e o Sul e o Sudoeste.

Dado o elevado risco de incêndio, particularmente na primeira desta áreas, considerado mediante a análise e o cruzamento de todos os factores e condicionantes do uso do solo que temos vindo a analisar, é urgente o planeamento de açção com vista a diminuir este índice.Esperamos que este trabalho possa de alguma maneira ajudar a quem tem que decidir, quer na hora do planeamento e prevenção, quer na hora do combate.

É nosso objectivo que este trabalho impulsione um plano vasto de ordenamento e gestão florestal para todo o município. Nesse sentido pensamos que toda a informação aqui compilada pode fazer parte desse mesmo plano, tendo sempre em atenção que esta foi compilada com o objectivo da prevenção contra fogos florestais.

Gostaríamos de salientar as linhas gerais que a nosso ver devem orientar um plano de prevenção e defesa contra fogos florestais para esta zona:

1- Estruturação de toda a rede de caminhos florestais executando-a pelo menos a dois níveis:

Estrutura principal - a fazer a ligação das povoações a grandes manchas florestais

e sempre que possível o parcelamento das zonas de maior continuidade.

Estrutura secundária - feita a partir de nós à estrutura primária em que o objectivo será o acesso ao interior da mancha

2- Aumentar o número de pontos de água tentando cobrir a zonas em maior defice anteriormente apresentadas em que se deve tentar chegar a um objectivo mínimo de cerca de 30 pontos de água com condições quer a meios aéreos quer a meios terrestres. Este valor aproximar-se-ia de um valor de cerca de 1000 ha de zona florestal por ponto de água.

3- Tentar compartimentar as grandes manchas de floresta com dois tipos de estrutura. Uma, em que existe um corte completo de toda vegetação, devendo inserir-se esta estrutura na rede de caminhos principal e uma outra em que o objectivo é substituir zonas de vegetação menos resistentes ao fogo por outras mais resistentes.

4- Estruturar um conjunto de limpezas de matos ao longo dos principais acessos, planeando não só a primeira acção como um conjunto temporal de acções que permitam a sua manutenção ao longo do tempo.

5- Em termos de combate, enquanto o sistema rodoviário se mantiver no estado actual é essencial a permanência de meios aéreos de primeira intervenção. Em relação aos meios terrestres pensamos que o factor mobilidade intercalado com um bom posicionamento e manutenção de infraestruturas permanentes de apoio ao combate é fundamental para evitar grandes catástrofes.

6- Por último deverá ser feito um esforço no sentido de reconhecer quais as causas mais frequentes dos incêndios neste concelho de modo a adequar a vigilância móvel e preparar as campanhas de sensibilização local.

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3 Comentários

Mais uma manifestação do "serviço público" o castelo! Obrigado. Só é pena não termos a data do estudo...
Quanto ao anterior comentário que fiz, ainda bem que me enganei e é só spam...

Este pedaço de texto provem da social-democracia do concelho:" É estranho que o estado tenha de solicitar serviços privados no combate a incêndios, onde se escondem interesses estranhos!
"
Junto agora eu: "e também é estranho que estas (as do estudo do dia)medidas estejam definidas quase há um decénio e nada tenha sido feito para as implementar".
Dir-se-ia que existiu objectiva (admito que involuntária) cumplicidade neste lançar para a ruína da população local com a contrapartida da recepção de formidáveis receitas pelos detentores dos meios de combate...
Será que alguém agarra estas medidas e as põe em prática ou vamos insistir em mais meios de combate a posteriori?

O Relatório foi gerado com o Microsoft Word 97 em Windows 95. Pelas datas da 2ª Fase do CRIF, o documento deve datar ou de 1996 ou 1997.

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