O interesse público

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Parece que hoje o país acordou transtornado e indignado com o caso do abate ordenado aos sobreiros da Lezíria em plena Reserva Ecológica Nacional envolvendo o anterior governo, numa investigação que implica tráfico de influências, ex-ministros e pareceres jurídicos duvidosos sobre o interesse público de um investimento hoteleiro que iria trazer o progresso a Benavente. Convém lembrar que casos destes são uma constante em todo o país, numa escala menor e em terras que não fazem manchetes em jornais nacionais. Ourém também teve direito a polémicas de interesse público. A única diferença é que agora os intervenientes são mais mediáticos, porque de novo, este caso, não tem rigorosamente nada. E por falar em interesse público:

Basta procurar no google (sobre "sobreiros portucale") para se perceber que na blogosfera, por exemplo, de há muito que o caso era denunciado, em alguns casos de forma bem dramática. Denunciado, há muito, por gente anónima e sem pedigree, logo incapaz de chamar a atenção aos Pachecos Pereira deste mundo, o dos snobs que só lêem coisas de quem lhe interessa, tal devia ser mais do que suficiente para obrigar alguns, poucos, que acham que podem pensar e decidir por muitos, a repensarem seriamente os seus critérios de avaliação e seleção...

Basta pensar no lancinante parecer jurídico (!), pago milionariamente, dado pelo agora MNE, Diogo Freitas do Amaral, (é só ir outra vez ao google), a justificar o interesse público do empreendimento (parecer esse humilhado e deitado ao lixo pelos seus colegas de governo) para nos devermos interregar sobre a lógica da Indústria dos pareceres, que, voraz, consome milhões, assim como da própria estirpe do parecer e do seu autor, em concreto... Via GLQL.

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3 Comentários

se não falho, há muito que a quercus fez a denúncia deste caso e o acompanha. a saga do costume.

interesse público de um investimento hoteleiro que iria trazer o progresso a Benavente

alegadamente, fred, alegadamente. que é da equidistância?

Não percebeste a ironia?

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