goyesca agora a nossa praça
nua
cruel
ofuscante
numa amplidão de luz tão crua e aflita
grita
praça grita
esta amargura
sofrendo o descampado de uma tortura
por quem brutalizando
te fez mossa
que
ó praça
agora nua não és nossa!
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na raiva da sombra roubada aos
ourienses, diante do café central
ourém, 9 de abril de 2004
j sousa dias