A mentira que não oferece sombras

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Ontem assinei uma mentira. Sou o seu autor. Não me orgulho disso. Também não me envergonho. Apenas preferia que a mentira fosse verdadeira. Isto é, que não fosse uma paródia. Porém, tanto quanto sei, a tal mentira é, de facto, mentira. Por isso, quem quiser ver árvores mais encorpadas na praça Dr. Agostinho Albano de Almeida ou na praça da República terá de encontrar-se com a memória. Não com os lugares. Agora, esses lugares estão trajados apenas de calçada, de pedra. Como o coração e o juízo de quem assim os concebeu.

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14 Comentários

conto lá mais de 30 (trinta) novas árvores.

UerUn, árvores a sério, ou em fase inicial, que serão árvores daqui a uma ou mais décadas?

Fred, confessa que a silvicultura não é o teu fote. Uma ou mais décadas para serem árvores?

Eu quero uma àrvore já

Parece que SF está um pouci avesso a estas novas tranformações. Queria as àrvores mas se calhar nunca olhou para elas. Não gosta da Via Verde, prefere o calor humano.
Será que o Castelo não é demais. Talvez uma carta ou um postal dos correios fosse mais patusco.

Caro Zumbi,

vá para o ensino básico e aprenda a escrever.

É elementar meu caro sf: o empreiteiro ganha muito dinheiro a espalhar cimento e pedra não a plantar árvores. E se o empreiteiro ganhar muito dinheiro, provavelmente outros também ganharão (bastante)...

Caro Alburitelense, sim, quando falo em árvores, são aquelas que criam presença ou fazem sombra. Não falo da maior parte das que foram plantadas por exemplo na avenida, há mais de uma década e que ainda estão fraquitas no seu arboredo ou desenvolvimento. Não estou a falar de eucaliptos, por exemplo. Não é preciso ser um silvicultor ou engenheiro agrónomo para se ter bom senso na política de arborização e gestão de árvores na cidade. Sim, porque plantar e cuidar de árvores numa cidade não tem nada a ver com pinhais ou eucaliptais numa floresta. Tem factores muito específicos como o tipo de terreno, a poluição, o meio envolvente, temperatura, etc. É com base nestas características que se opta por determinado tipo de árvore para uma cidade. Um bom exemplo de gestão de árvores numa cidade é o Guia do Tratamento de Ávores na Cidade de Chicago. Um exemplo, a seguir. E sim, é possível fazer obras, sem deitar abaixo as árvores, basta ver este exemplo. Mas é claro que em Ourém e como já foi aqui referido, o empreiteiro não ganha nada em abater as árvores, portanto os outros que se lixem. Outra frase que ouvi e que ilustra bem certas opiniões: 'Querem árvores? Ide para os pinhais'.

Por acaso se há argumento que me arrepie é esse "Mas para que é que querem árvores nas praças da cidade se temos tanto pinhal à volta".

Há quem aprecie o deserto, há quem goste de florestas, há quem goste de praças vazias, há quem goste delas cheias,enfim há gostos para tudo. Neste caso particular nota-se o gosto dos que foram democraticamente eleitos: árvores nas praças mas ainda pequeninas. São gostos. Sempre discutiveis mas, neste caso, legitimados pelo voto.

É claro que tinham posto isso no programa...???

Não sei qual o programa -se algum- deles, Marx. Não votei neles.

Eu também não. Mas quando voto não é para eles ficarem, mesmo os do meu lado, com o direito de fazerem o que lhes dá na real gana. Há um programa, limitem-se a cumpri-lo. Se queriam cortar as árvores, ou substituí-las, deviam tê-lo dito ao povo.
Claro que isto não significa que eles põem coisas no programa e depois cumprem. Ainda me lembro de certo choque fiscal e a desgraça é o que se vê.

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