abril 2013 Archives

a continuação da continuação do mesmo

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Como se diz na gíria, Deolinda Simões soltou a franga e, as hostes socialistas já foram informadas à laia de facto consumado a ser consumado, irá ser a cabeça de lista da candidatura do ps à assembleia municipal nas eleições autárquicas que hão-de realizar-se no outono próximo, do mesmo modo que ela foi isso pelo psd no outono de 2009. (Prova fotográfica, para quem quiser regalar-se, aqui.)
Os socialistas encartados, inclusive os da guarda anciã, vigilantes da pureza e da memória da causa, já andam a treinar o esófago com afã. A missão não é fácil. Têm que abjurar quanto, em quantidade, em qualidade e até às vésperas, afirmaram e repetiram, repetiram, repetiram, repetiram, repetiram, repetiram, com atestado, sobre Deolinda Simões e a competência dela enquanto presidente da assembleia municipal e, ao mesmo tempo, têm que permitir que tal abjuração não impeça os movimentos peristálticos de empurrarem o batráquio, que não é pequeno, para baixo. Por força das circunstâncias e do calendário - há algum tempo que cheira a outono 2013 -, já começaram a ensaiar o exercício na cerimónia com jantar realizada a 24 de abril passado, em que, embora não estivesse anunciado no cardápio, a todos - é assim que, apesar de todos não serem todos, lá se consideram e pretendem que sejam considerados - foi servido anfíbio de classe anura à sobremesa. Não se sabe se lhe chamaram sobremesa surpresa. Se sim, é caso de publicidade enganosa, pois a surpresa nada teve de surpreendente, seja por não ser inesperada, seja por não ser magnífica ou maravilhosa. Quanto a não ser magnífica ou maravilhosa, sem desconsideração ou desprimor, atendendo apenas aos estatuto e currículo do cabeça de lista da candidatura do ps à assembleia municipal que foi em 2009 e da cabeça de lista dessa candidatura que será a seguir, há uma expressão idiomática que envolve espécies de equídeos que, enquanto metáfora, ilustra a manobra de substituição realizada e anunciada pelo pessoal do ps.
Vai ser pândego verificar quem está disponível para, abaixo, participar no cortejo político que será entestado por Deolinda Simões. Por nada de especial, apenas por, reitere-se, até meados da semana passada militantes e dirigentes do ps terem dito sobre ela e o exercício político dela, terem dito com convicção e sem sinal de fadiga, o que o profeta derradeiro do islão não ousou dizer sobre o toucinho. Só nas histórias da carochinha é que os sapos beijados, não os engolidos, se transformam em príncipes. Ainda bem que tudo isto se passou, passa, foi, é, esteve e está às claras.

dos álibis

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Para o primeiro-ministro, agora, é o acórdão n.º 187/2012 do tribunal constitucional que, com força obrigatória geral, declara a inconstitucionalidade dos artigos 29.º, 31.º, 77.º e 117.º da lei n.º 66-b/2012, de 31 de dezembro, a lei do orçamento do estado. Para o presidente da câmara municipal, na actualização mais recente do elenco de expedientes de autoindulgência, é a lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro, a famigerada lei dos compromissos e, convém não amputar-lhe parte importante do título, dos pagamentos em atraso, a qual, para valer, foi complementada pelo decreto-lei n.º 127/2012, de 21 de junho. Em um, o primeiro-ministro, e em outro, o presidente da câmara municipal, encontra-se atestada a mesmíssima habilidade de sacudir a água do capote. Camaradas no ardil, gémeos na manobra de esquiva à responsabilidade, terão ambos frequentado o mesmo colégio de artes de prestidigitação?

o regime da vaca fria

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Ao longo dos últimos meses pessoas diversas perguntaram-me por que deixei de escrever no castelo. Algumas delas, ao mesmo tempo que me inquiriram, alvitraram explicações por conta própria. Algumas outras aventaram fundamentos alegados supostamente por terceiros. Ouvi as teses mais mirabolantes.

Sem pretender desconsiderar o produto estupendo que resultou de parte das indagações de que tive o privilégio de notar a existência, a quem interessar aproveito para apresentar a minha versão dos factos. Não deixei o castelo. Não suspendi a participação neste blog. O motivo por que não têm aparecido posts subscritos por mim aqui deve-se tão só ao facto de não ter tido disponibilidade para escrever e editar apontamentos ou notas neste blog.

Pela minha parte o contrato permanece. Simples. Prosaico. Conquanto perceba motivo, tenha disponbilidade e disponha de paciência tentarei apostar aqui as análises, reflexões e tomadas de posição que for capaz de amanhar. Como os motivos não têm faltado e a paciência ainda não se esgotou, havendo disponibilidade, hão-de aparecer os posts que não têm aparecido.

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