se estava impedido de estar presente e, por isso, supostamente não esteve presente, porquê alguém declara que algo relacionado com o modo como aconteceu determinada discussão não lhe permitiu participar em tal discussão?

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A acta da reunião da câmara municipal de 19 de julho (p. 2) reporta de modo deficiente o auto de ilusionismo e hipocrisia que foi promovido pelo vice-presidente da câmara municipal por interesse e em proveito próprios (vide aqui, 0:39-3:10), enquanto tentativa de esquiva aos efeitos da responsabilização pública relativa a comportamentos e declarações dele. Dado o motivo da manobra invocado e expresso na acta referida - este - ser diferente daquele que havia sido reportado pelo notícias de ourém (n.º 3835, 22.julho.2011, p. 2), regresso ao episódio, em abordagem diferente desta. A prancha abaixo é para ilustrar o exercício que segue.

(2011-08-24) absurdina.jpg

Ao contrário do que pretende o vice-presidente da câmara municipal, há fundamento para a «suspeita levantada» aqui, sendo que parte significativa desse fundamento foi fornecida justamente por ele, através do que indicia ser denúncia implícita. Atente-se. Segundo a acta da reunião da câmara municipal de 5 de abril último (p. 23), em determinado ponto da ordem de trabalhos, por também ser presidente do conselho de administração de uma empresa municipal, o vice-presidente daquele órgão ter-se-á ausentado da sala onde tal reunião estava a decorrer, ficando assente que ele não esteve presente durante a discussão e votação havidas sobre um assunto relacionado com aquela empresa. Porém, segundo a acta da reunião da câmara municipal seguinte, realizada a 12 de abril (p. 2), o mesmo vice-presidente apresentou uma declaração em que afirma que determinado facto relacionado com aquela discussão o impediu de participar nela «em termos de contra-argumentação». Porquê? Hipótese plausível é, ao contrário do que foi inscrito na acta da reunião da câmara municipal de 5 de abril, o vice-presidente desse órgão não se ter ausentado da sala. Hipótese cuja plausibilidade é reforçada por dois factos. Um desses factos é a disposição do vereador em causa a envolver-se em tal discussão, manifestada e atestada pelo próprio através da declaração que apresentou. O outro desses factos é o conhecimento de que em actas referentes a reuniões tanto anteriores quanto posteriores àquela também foi assente que determinado membro da câmara municipal se ausentou da sala e não participou em discussão havida, embora, de facto, tal membro não se tenha ausentado e tenha até participado na discussão travada, como sucedeu, por exemplo, neste caso.

Para além disto. Atendendo ao teor e ao sentido da declaração apresentada pelo vice-presidente da câmara municipal na reunião deste órgão realizada em 12 de abril, percebe-se que ela foi usada como expediente caviloso para prolongar uma discussão em que ele estava impedido de participar, seja enquanto vereador, seja enquanto presidente do conselho de administração da empresa municipal à qual o assunto discutido respeitava. Declaração que, ainda assim, valeu por revelar a confusão que é a relação entre o município e as empresas municipais, nos termos em que a mesma tem sido promovida pela maioria socialista no órgão executivo do município.

Para remate. É isto assim como as causas e as consequências disto que, através de barragens de propaganda e de prestidigitação, o pessoal eleito pelo ps para a câmara municipal tem tentado iludir. Debalde.

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