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le meilleur des mondes possibles

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Segundo a edição da semana passada do notícias de ourém (n.º 3835, 22.julho.2011, p. 7), o vereador com o pelouro fátima, justamente nesta condição afirmada e em papel timbrado do município, subscreveu um pedido de apoio financeiro para o centro desportivo de fátima, pedido que remeteu a várias empresas, parte das quais com relações com o município em termos de fornecimento de bens e prestação de serviços. Alguns empresários entenderam tal pedido como uma espécie de intimação e, por isso, sentindo-se coagidos, revelaram estar dispostos a corresponder ao pedido formulado pelo vereador não por vontade mas para acautelar e evitar consequências que possam prejudicar a relação das empresas respectivas com o município. Ao mesmo tempo, dirigentes de outras associações locais aludiram à dimensão discriminatória da acção do vereador referido, porquanto em favor exclusivo de um clube.

Sem delongas, só estes factos são suficientes para perceber a dimensão política da bronca. Para além disto, seria fastidioso desfiar o rol de regras inscritas em diário da república e em vigor que foram violadas pelo comportamento daquele vereador, comportamento a que, por caução expressa ou omissão cúmplice, os elementos restantes eleitos pelo ps para a câmara municipal estão associados politicamente.

Entretanto, em defesa do feito, o vereador com o pelouro fátima escreveu outra carta, que enviou ao notícias de ourém (n.º 3836, 29.julho.2011, p. 6), em que, grosso modo, afirma que o que fez foi feito muito bem, recomendando paciência a quem não gostar do que ele fez. Tudo isto é a revelação e a reiteração da revelação de que ele não dispõe das condições mínimas para o exercício do mandato. Pois, ao contrário do que pretende, as discussão e apreciação do comportamento dele neste caso nada têm a ver com gosto ou desgosto. O que interessa perceber é que, além de político, o caso é de foro de lei.

A alínea c) do n.º 2 do artigo 4.º do estatuto dos eleitos locais assenta como dever de autarca "não patrocinar interesses particulares, próprios ou de terceiros, de qualquer natureza, quer no exercício das suas funções, quer invocando a qualidade de membro de órgão autárquico".
A propósito deste caso, algumas observações.

1. Seja em que circunstância for, é contrário ao interesse público a adjudicação por uma autarquia local de um serviço com o custo de 18.142,50 € que, se prestado por outra entidade, poderia ter custado 12.902,70 €, ou seja, menos quase 30%.

2. O que quer que tenha sucedido no caso em apreço, percebe-se que o pessoal eleito pelo ps para a câmara municipal não foi capaz de acautelar o interesse público como lhe compete, no sentido em que não garantiu a contratação de um serviço pelo preço mais baixo disponível no mercado.

3. Nada justifica a adjudicação por ajuste directo de um serviço cuja necessidade estava estabelecida há bastante tempo - as festas da cidade e do município não eram algo imprevisto - e para o qual havia vários prestadores disponíveis no mercado a preços diferenciados, o que significa que podia ter sido aproveitado o efeito da concorrência comercial em proveito do município através do lançamento de um concurso público.

4. O facto de o concurso público ter sido preterido em detrimento do ajuste directo é agravado por três circunstâncias, que revelam a incompetência e a irresponsabilidade demonstradas pelo pessoal eleito pelo ps para a câmara municipal.

4.1. Vigiar o respeito pelo interesse público é um imperativo da administração pública. Atendendo a isto, nada de bom justifica que continue a não existir no quadro do município um controlo de custos eficaz. Também nada de bom justifica a inexistência de disposição política a evitar desperdícios quando existem constrangimentos significativos da tesouraria municipal e tais constrangimentos são conhecidos e, além disso, propagandeados.

4.2. Parte significativa dos riscos relacionados com o exercício da gestão municipal estão recenseados (vide plano de prevenção de riscos de gestão, incluindo os de corrupção e infracções conexas, in anexo v da acta da câmara municipal de 29.11.2009, pp. 24-45, maxime pp. 34-35). No entanto continua a não existir sedimentada uma cultura de planeamento que suscite e oriente a implementação de dispositivos e procedimentos que assegurem uma avaliação oportuna e criteriosa das necessidades do município e de como podem ser satisfeitas com economia, de modo a que, por causa dos riscos que lhe estão associados, o recurso à adjudicação por ajuste directo aconteça apenas quando for estritamente necessário.

4.3. O presidente da câmara municipal afirmou na reunião deste órgão realizada no dia 5 do mês corrente não querer saber o custo de determinado serviço contratado a propósito das festas da cidade e do município ou se era possível ter conseguido contratar tal serviço por um preço inferior (vide aqui, entre 9:57 e 10:16). Não é preciso demorar em considerações sobre o que significa a atitude subjacente à posição afirmada e as consequências que gera em termos de gestão municipal. Ainda assim, no âmbito da avaliação dos custos e dos proveitos gerados por ocasião das festas da cidade e do municipio, seria expectável observar uma demonstração inequívoca de atenção e preocupação por parte do presidente da câmara municipal em relação ao modo como o dinheiro do município, portanto dos munícipes, é gerido.

5. Este caso permite perceber outro dos efeitos perversos decorrentes da caldeirada que é a relação actual entre município e empresas municipais. O serviço em torno do qual foi suscitada a polémica foi adjudicado pelo município, em consequência de um parecer prévio vinculativo emitido através de despacho do presidente da câmara municipal e que depois foi ratificado por aquele órgão colegial (vide acta da câmara municipal de 07.06.2011, p. 54). No entanto, quanto interpelado pela imprensa local sobre o assunto, o presidente da câmara municipal solicitou esclarecimentos ao presidente do conselho de administração da ourémviva, que, por sua vez, os solicitou ao vice-presidente do conselho de administração daquela empresa municipal. Ou seja, não apenas o presidente da câmara municipal revelou não estar em condições de prestar os esclarecimentos devidos como também quem os prestou foi alguém que nada tem a ver com o município, a entidade que contratou o serviço e que é responsável por tal contratação. Quando detecta esquemas e enredos embrulhados como este, o tribunal de contas não costuma ser complacente com quem os promoveu e neles esteve implicado.

mehr licht

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Foi suscitada uma discussão pública em torno do modo como foi feita a adjudicação da prestação de um serviço para as festas da cidade e do município (in notícias de ourém, n.º 3834, 17.07.2011, p. 7). Em termos sintéticos, o município adjudicou o fornecimento de aparelhagem de som e iluminação e de palcos para as festas referidas por 14.750 euros (mais iva), no entanto parece existir uma empresa que estava disponível para garantir tal fornecimento por 10.490 euros (mais iva). Posto isto, havendo uma empresa envolvida involuntariamente nesta discussão e não tendo os seus responsáveis sido auscultados publicamente sobre o assunto - foram-no entretanto pelo mirante -, tomei a iniciativa de remeter-lhes um questionário pequeno. Abaixo é publicado o que é relevante de tal questionário e as respostas que foram dadas. A publicação destas foi consentida pelos responsáveis da zonamatrix, Sérgio Rodrigues e Hugo Marques. Agradeço-lhes as respostas e a autorização para as publicar aqui, no castelo.

* * *

1. Como podem constatar aqui, foi divulgado publicamente um orçamento e um email da zonamatrix.

a) Alguém do município ou da empresa ourémviva solicitou autorização à zonamatrix para divulgar publicamente aqueles documentos?
Não. Ninguém nos pediu para o fazer. É uma falta de princípios de quem o fez e estamos a ponderar comunicar a quem de direito para que resolvam esta questão.

2. Pelo que se percebe, no âmbito das negociações para a contratação de serviços para as festas da cidade e do município de ourém houve contactos entre a zonamatrix e João Sousa da empresa ourémviva.

a) Sobre este assunto os contactos da zonamatrix foram exclusivamente com João Sousa da empresa ourémviva?
Não.

b) Se os contactos da zonamatriz não foram apenas com João Sousa da empresa ourémviva, com quem foram estabelecidos outros contactos sobre o mesmo assunto?
Carla Nunes.

3. João Sousa da empresa ourémviva afirmou em esclarecimento tornado público (in notícias de ourém, n.º 3834, 17.07.2011, p. 7) que recebeu um e-mail da zonamatrix em 25 de março último a pedir esclarecimentos e que não recebeu qualquer outro orçamento da zonamatriz além daquele que já foi divulgado publicamente.

a) Os esclarecimentos solicitados pela zonamatriz à ourémviva, em e-mail de 25 de março, foram prestados?
Não houve qualquer resposta deles após este mail.
b) A zonamatrix entregou outro orçamento ao município ou à empresa ourémviva apenas a "dar cotação para som, luz e palco"?
Sim.
c) Se sim, podem facultar esse orçamento para divulgação pública?
Já foi facultado (reenvio em anexo).
d) Ainda se a resposta à alínea b) foi sim, têm comprovativo ou prova substantiva de que tal orçamento foi entregue ao município ou à empresa ourémviva?
Não. Não existe qualquer comprovativo, pois foi entregue em mão no edifício da Ourémviva.
e) Se a resposta à alínea anterior foi não, porquê não têm esse comprovativo ou essa prova?
Não estava ninguém responsável para nos receber na altura e deixámos em mão.

o esvaziamento dos lugares do mapa de ourém

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população residente (ourém).jpg

cartograma © in censos 2011 - resultados preliminares, lisboa, ine, 2011, p. 219.

Recebemos do PSD a seguinte declaração:

As contas das festas da cidade vêm de novo à reunião de Câmara, depois de na última reunião, os Vereadores do PSD terem levantado algumas questões, que em nosso entender não estavam devidamente esclarecidas, nomeadamente a omissão das contas referentes ao ano de 2010, da omissão de receitas no ano de 2009 e a inclusão do valor do Iva no quadro das receitas.

Da análise do quadro que agora nos é apresentado continua a ser omitido o valor das receitas referente ao ano de 2009, pois, embora não saibamos o seu valor, temos a noção de que as mesmas existiram, nomeadamente com o aluguer dos espaços de comidas e bebidas às diversas associações que participaram no evento realizado no referido ano, pelo que o valor do prejuízo foi naturalmente inferior.

Não obstante os valores agora indicados não incluírem Iva, voltamos a insistir, que este imposto deveria constar na parte da despesa, pois o mesmo não é dedutível, pelo que tem de ser considerado como um custo para o Município. Assim, se incluirmos o Iva nos custos agora apresentados, chegamos à conclusão que os custos reais das festas da cidade são os seguintes:

2009 - 88.083,18

2010 - 128.212,94

2011 - 111.325,32

O prejuízo verificado nos referidos anos foi o seguinte:

2009 - 88.083,18

2010 - 87.872.94

2011 - 69.507,08

Estes valores agora tornados públicos, vem contrariar a ideia que o actual executivo tem vindo a passar para a opinião pública, de que as festas da cidade de 2010 e de 2011 foram pagas na totalidade por patrocínios angariados. 

Recorde-se, e em termos de comparação, que os constrangimentos financeiros actualmente existentes são superiores aos verificados em 2009, pelo que entendemos que os resultados agora apresentados, são contrários aos tempos de rigor e contenção exigidos atendendo à situação financeira do Município.

Para terminar, temos também que lamentar a notícia publicada em 29 de Junho de 2010, no site oficial da Câmara Municipal, onde foi referido como custo das festas de 2009 o valor de 124.132,76 quando agora se confirma que o seu custo foi de 88.083,18, o que convenhamos, faz toda a diferença.

Ourém, 19 de Julho de 2011

OS Vereadores do PSD

absurdina, ii

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O pessoal eleito pelo ps para a câmara municipal promoveu a confusão entre município e empresas municipais a um patamar superior. A coisa não roça o disparate, já ultrapassou tal limite, tanto que começam a perceber-se os efeitos perversos da salganhada. Um desses efeitos perversos é o abastardamento da condição de vereador. Como ilustrado aqui, veja-se o ponto a que a coisa chegou. Um vereador usou prerrogativas que tem enquanto vereador para, em reunião da câmara municipal, apresentar uma declaração na «qualidade de presidente do conselho de administração da ourémviva». Pode não parecer, mas ser vereador não é o mesmo que ser presidente do conselho de administração de uma empresa municipal. Aliás, na declaração referida, o uso da terceira pessoal do singular para alguém referir-se a si, à Jardel, não é suficiente para enganar. Para além disto, veja-se o ponto atingido pelo abuso. Na prática o presidente do conselho de administração de uma empresa municipal recorreu à condição de vereador para apresentar na câmara municipal uma declaração relativa à apreciação e à discussão de uma matéria no que concerne às quais estava impedido por lei de participar como vereador (vide alínea a) do n.º 1 do artigo 44.º do código do procedimento administrativo e n.º 6 do artigo 90.º da lei que estabelece o quadro de competências e o regime jurídico de funcionamento dos órgãos autárquicos). Junta-se incompetência e irresponsabilidade em acto e é o que está à vista. Por contágio, a descredibilização do município. E, por tabela, o enxovalho institucional dos oureenses. Será que não há alguém na câmara municipal capaz de julgar e assimilar de modo consequente que há limites para a miséria política?

Post scriptum. Nota à nossa senhora de fátima para que possa acudir e socorrer com presteza quem perto revele necessitar da atenção e dos serviços dela. Os actos e as decisões dos autarcas devem conformar-se com o enunciado das regras que se lhes aplica. Isto é um princípio básico e elementar do ordenamento jurídico português e que regula o complexo administrativo ao qual pertencem as autarquias locais, portanto os municípios. Tal princípio começa a ser expresso no n.º 2 do artigo 266.º da constituição da república portuguesa, que estabelece que "os órgãos e agentes administrativos estão subordinados à constituição e à lei", o que é reiterado no n.º 1 do artigo 3.º do código do procedimento administrativo, que assenta que "os órgãos da administração pública devem actuar em obediência à lei e ao direito, dentro dos limites dos poderes que lhes estejam atribuídos e em conformidade com os fins para que os mesmos poderes lhes forem conferidos", pelo que não surpreende que tenha sido posto na alínea a) do n.º 1 do artigo 4.º do estatuto dos eleitos locais que é dever dos autarcas "observar escrupulosamente as normas legais e regulamentares aplicáveis aos actos por si praticados ou pelos órgãos a que pertencem".

absurdina, i

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Borralheiro 2011

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borraheiro 2011.jpg

Dia 30 de Julho 2011 às 12:30H

Local: Ao lado da Pista de Aviões do Pias Longas em Sobral - Ourém

 

O Borralheiro é uma tradição e um convivio que se realiza todos os anos com o famoso bacalhau assado com batatas e cebolas assadas na terra.

Retirado do Publico:

Sete inspectores da Polícia Judiciária de Leiria fizeram na quarta-feira buscas na Câmara Municipal de Ourém e na residência do ex-presidente da autarquia, por motivos não divulgados.

A Câmara Municipal de Ourém confirmou que os inspectores da PJ se deslocaram na quarta-feira às instalações da autarquia e pediram para ver alguns processos antigos. O executivo recusou prestar esclarecimentos adicionais sobre o assunto. 

O ex-presidente da Câmara de Ourém, David Catarino, também confirmou que os inspectores da PJ estiveram em sua casa, recusando-se a prestar mais declarações, por o processo se encontrar "em segredo de justiça". 

A 10 Março de 2010, a PJ deslocou-se à Câmara de Ourém e consultou dois processos de obras relacionados com actividade comercial em Fátima. 

Num curto comunicado lido então aos jornalistas, o vice-presidente José Manuel Alho, eleito pelo PS, confirmou a presença dos inspectores. 

"Foi-nos solicitado o acesso a dois processos relacionados com actividade comercial, concretamente em Fátima, processos esses que decorreram no mandato do anterior executivo [de maioria PSD]", declarou, adiantando que o esclarecimento da autarquia se deveu ao levantamento de diversas questões por parte da comunicação social. 

O autarca referiu que a declaração surgia do "compromisso entre o dever de informar e a reserva imposta pelo segredo de justiça", esclarecendo que o município estava a prestar "todas as informações que foram solicitadas", mantendo-se disponível "para a colaboração necessária". 

efectivamente, sem moralizar

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O ano passado o presidente da câmara municipal subscreveu um comunicado em que foi assente que a despesa com as festas da cidade e do município realizadas em 2009 cifrou-se em 124.132,76 euros. Este ano - isto é, na reunião da câmara municipal realizada a semana passada -, o vice-presidente da câmara municipal informou que a despesa com as mesmas festas foi de 82.817,21 euros (vide aqui, entre 8:00 e 8:15). Um dia o pessoal eleito pelo ps para a câmara municipal há-de querer ser levado a sério e.

contra as políticas de mando e de taipal

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Na reunião da câmara municipal realizada a semana passada, dando-se ares de paxá e em reacção a uma intervenção dos vereadores do psd solicitando esclarecimentos e detalhes sobre determinada matéria, o vice-presidente daquele órgão saiu-se com esta: "há limites para a democracia e transparência" (vide notícias de ourém, n.º 3833, 8.julho.2011, p. 6). Respect. Que em socorro e amparo lhe valha e sem demora a santinha que outrora pairou na cova de iria. Pois tal declaração é a expressão do que de mais rançoso politicamente há em ditos e feitos por parte do pessoal eleito pelo ps para a câmara municipal. Mais. A declaração referida não surpreende, no sentido em que condiz sem roçar em ângulo ou esquina com as atitudes e os comportamentos de estilo medieval que tal pessoal tem vindo a manifestar em uso e abuso. Não é por acaso que há muito tempo se percebeu que a propalada chegada do 25 de abril a ourém no outono de 2009 significou afinal o apogeu da política de mando e da política de taipal, para servir as tácticas de imposição e de opacidade que caracterizam a gestão da maioria socialista actual na câmara municipal.
Neste caso, embalado em desatino e desmando, o vice-presidente da câmara municipal empinou até pretender definir o modo como os vereadores titulares do direito de oposição hão-de exercer o mandato, decretando como «esquizofrénico» o «escrutínio contabilístico» de realizações do município. Assenta-lhe bem tal decreto, sobretudo em termos de juízo e de diagnóstico, porquanto, tendo sido ele vereador no mandato anterior, no mandato actual foi um dos membros da câmara municipal que votaram favoravelmente a encomenda de uma auditoria externa às contas do município, algo que, percebe-se mesmo com as meninges a funcionar ao ralenti, implicava um escrutínio contabilístico circunstanciado. Perante isto, no cérebro do vice-presidente da câmara municipal talvez haja limites para a coerência, a vergonha, a responsabilidade e a lealdade. Sabe-se lá. O assunto é de foro menor. Relevante é notar que, além de responsável por mais uma manifestação de ranço político, o pessoal eleito pelo ps para o executivo municipal parece ter conseguido voltar a fazer figura triste ao apresentar como apresentou as contas referentes às festas da cidade e do município. Mostrou os números agregados - isto é, o total de receitas e o total de despesas - referentes a 2011 e a 2009, porém omitiu a composição por rúbrica de tais números, assim como omitiu os números referentes a 2010, como se, entre 2009 e 2011, 2010 não tivesse existido. Contas amanhadas à podoa e feitas em lógica de granel, é o que é.

Enfim. Embrulhado nos esquemas e enredos tragicómicos que promove e concretiza, o pessoal eleito pelo ps para a câmara municipal tende a fazer rir e a preocupar. Mais do que dom, talvez seja para, por limite, limitar. Que seja. Em intenção de aliviar o que suscita preocupação, para assear os sentidos e enxotar as misérias locais - entre as quais a assumida tacanhez dos promotores do socialismo festivo-festivaleiro -, este post tem banda sonora.

GNR © "Pershingópolis", in Defeitos Especiais, EMI - Valentim de Carvalho, 1984.

Publicamos a seguinte declaração de voto do PSD - Relatório Ouremviva 1º Trimestre:

Mais uma vez os Vereadores do P.S.D., tem que lamentar a entrega tardia dos documentos em suporte de papel, pois os mesmos apenas nos foram facultados no dia de ontem ao final do dia. Como facilmente se compreende, a análise que gostaríamos de ter feito ao Relatório de Contas de Gestão Trimestral da empresa municipal Ourémviva, não foi possível de efectuar com maior detalhe, pois o tempo que tivemos disponível para o efeito foi manifestamente pequeno. No entanto não poderíamos deixar de referir alguns números que vêm reflectidos no relatório, e que passamos a enumerar:

1º - Registou-se um acréscimo nos rendimentos de exploração de 12% face ao período homólogo.

2º - Os Gastos de exploração registaram um acréscimo de 45% em relação a Março de 2010, e de 25% relativamente ao previsto nos instrumentos de Gestão previsional.

3º - A conta de Fornecimentos e Serviços Externos que reflecte as despesas correntes da empresa aumentaram 111% comparativamente ao mesmo período do ano transacto e 43% face ao orçamentado.

4º - Os Gastos com o Pessoal aumentaram 32% em relação ao período homólogo e 15% face aos valores orçamentados. O total dos Gastos com o pessoal em 31 de Março foi de 273.911,30 Euros quando no mesmo período do ano anterior tinha sido 207.288,04 Euros. Este acréscimo deve-se ao aumento do número de funcionários. Não conseguimos quantificar qual o número de funcionários a mais, comparativamente ao mesmo período do ano anterior, pois não está evidenciado neste relatório. No relatório que nos é agora apresentado apenas é referido que existiu um aumento de 15 funcionários em relação ao mês de Dezembro de 2010.

5º - A empresa registou um resultado líquido negativo no primeiro Trimestre deste ano de 105.132,00 Euros.

6º - O ciclo de exploração deteriorou-se estando a empresa a pagar aos seus fornecedores em média a 139 dias, o que significa que está a pagar em média 76 dias a mais comparativamente com o ano anterior.

7º - O passivo da Empresa aumentou 143%, passando de 247.512,00, Euros para 601.689,00 Euros.

8º - O capital próprio da empresa diminuiu 65,5% passando de 360.964,00 Euros para 124.463,00 Euros.

9º - O activo da empresa subiu 19%, passando de 608.476,00 Euros para 726.152,00 Euros. Infelizmente este valor subiu devido ao valor que a empresa tem a receber de clientes (Câmara Municipal) que passou de 347.504,00 Euros para 470.075,00 Euros.


Face ao exposto os Vereadores do P.S.D., manifestam a sua grande preocupação pelas contas agora apresentados referentes ao primeiro Trimestre da empresa municipal Ourémviva, e aconselham mais uma vez o seu Conselho de Administração a imprimir uma gestão financeira de maior rigor à empresa, sob pena de a mesma se tornar um sorvedouro de dinheiro público, com consequências imprevisíveis para o futuro.


Ourém, 05 de Julho de 2011

Os Vereadores do P.S.D.

Requerimento - PSD

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Publicamos o seguinte requerimento feito pelo PSD:

Tivemos conhecimento que a Câmara Municipal de Ourém efectuou um Ajuste Directo ao Sr. Luís Manuel de Oliveira, para a realização de prestação de serviços de reportagem em vídeo de qualidade HD para as actividades de maior relevo do Município. Este contrato foi assinado em 18 de Agosto de 2010 e publicado em 29 de Setembro de 2010, pelo prazo de 250 dias pelo valor de 7.200,00 (Sete Mil e Duzentos Euros), tendo sido efectuado ao abrigo do Artigo 24º Nº 1 alínea e) do Código doa Contratos Públicos. Como temos acompanhado as actividades de maior relevo do Município, e não temos visto qualquer reportagem em vídeo, vimos através da presente solicitar que nos informem, quais as actividades em que este serviço foi realizado, bem como cópia do trabalho efectuado.

Ourém, 05 de Julho de 2011

Os Vereadores do P.S.D.

E-mail enviado por Antonio Domingues:

Em Julho de 2009 Paulo Fonseca enganou os Oureenses com esta publicidade. Passados 2 anos, pergunto, onde estão os estacionamentos gratuitos?

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Imagem do Dia

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É já no próximo fim-de-semana que se iniciam os festejos do 36º Aniversário do CCROlival.

Domingo dia 03 de Julho Passeio Cicloturístico. Olival até S. Pedro Moel (Concentração na sede ás 7h30min)

Sexta-feira 15 de Julho Festa da Cerveja no largo da sede com: THE PEORTH, IN-THE-CISOS e N&S MUSIC (20h00)

Sábado 16 de Julho Descida de Carrinhos de Rolamentos (Descida da Cortada 14h00min)

Domingo 17 de Julho Passeio Motorizadas 50cc (Concentração na sede ás 8h30min)

Sábado 06 de Agosto Torneio Inter-Aldeias Olival, Futebol 5 (Ring Olival 18h00min)

Informações/Inscrições
Tlm: 913 318 449
[email protected]
www.ccrolival.com

menos almas residentes

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Ontem foram apresentados pelo ine os resultados preliminares do censo 2011. Enquanto em portugal se verificou um aumento ligeiro da população residente, em ourém, em tendência inversa, registou-se uma contração demográfica também ligeira. Como ainda não há dados disponíveis à escala de freguesia, neste momento não é possível perspectivar o que aconteceu quanto às assimetrias que se sabem existir no município. Pelo indícios e pelo que permitem estimar, ter-se-ão agravado.

população residente (ine 2011).jpg

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