"longe vão os tempos atribulados"

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Porque longe vão os tempos atribulados, Paulo Fonseca dá a entender que anda mais folgado, justificando com este bom sinal para os munícipes uma recandidatura a uma coisa lá para os lados de Santarém. Noticia O Ribatejo, com negrito da minha responsabilidade:

O atual presidente da Federação Distrital do Partido Socialista de Santarém, Paulo Fonseca, apresentou hoje a sua recandidatura ao cargo.

Paulo Fonseca, que é também presidente da câmara municipal de Ourém, concorre sozinho às eleições para a distrital, que se realizam durante os próximos dias 8 e 9 de outubro. O prazo de entrega de candidaturas termina hoje e, segundo apurou a Lusa, não deu entrada nas estruturas distritais mais nenhuma outra candidatura, ficando assim afastada a possível candidatura do presidente da câmara de Torres Novas, António Rodrigues.

Paulo Fonseca elege a regionalização como uma das prioridades de trabalho da distrital socialista de Santarém, referindo que este é sua convicção que este processo "é um passo fundamental para a afirmação do distrito no contexto nacional". "Ganharemos outra autonomia e visibilidade e podemos evitar erros num território com necessidades e interesses próprios", referiu Paulo Fonseca em conferência de imprensa.

Para o dirigente socialista de Santarém, a regionalização servirá para criar uma entidade regional "com dimensão para ser ouvida", evidenciando o facto do distrito de Santarém ter uma organização administrativa "repartido" por várias entidades: duas NUT III -Lezíria do Tejo e Médio Tejo -, um governo civil, a duas CCDR - Alentejo e Centro -para efeitos de candidaturas a fundos comunitários, e à CCDR de Lisboa e Vale do Tejo no âmbito do Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT).

"A nossa região tem enormes potencialidades em termos de turismo e património e estamos servidos por várias vias rodoviárias importantes, faltando no entanto completar outras como o IC3 entre o Entroncamento e Almeirim, o IC9 na zona de Abrantes e o IC10", acrescentou Paulo Fonseca.

Ainda na área das vias rodoviárias, o candidato defendeu que a distrital do PS deverá preparar "um caderno reivindicativo" contra a eventual introdução de portagens no troço da A23 entre Torres Novas e Abrantes. O dirigente socialista está contra a introdução de portagens neste troço porque a considera "uma via essencial para a vidas das populações deste território do Médio Tejo". "Além disso," acrescenta Paulo Fonseca, "a introdução dos mecanismos de cobrança de portais teria custos brutais nesta auto-estrada".

Assumindo que a sua candidatura "reúne consenso no partido", Paulo Fonseca sublinhou que defende para o PS de Santarém uma "postura responsável, sem necessidade de obedecer cegamente àquilo que vem das estruturas nacionais do partido e do Governo". "Temos que ter autonomia na defesa dos interesses da região", disse o candidato, lembrando que enquanto presidente da Câmara de Ourém já se pronunciou contra uma decisão do Governo em encerrar balcões da Segurança Social neste concelho.

Paulo Fonseca frisou ainda que "longe vão os tempos atribulados" do início do seu mandato à frente da câmara de Ourém, justificando com este facto algum descontentamento interno das estruturas socialistas pelo seu desempenho à frente da distrital. "Já criei rotinas de trabalho na autarquia", afirmou o candidato, frisando também que tenciona criar equipas de trabalho na federação distrital para o apoiar nesta função.

"O presidente da distrital não tem que ser o único interveniente na liderança das estruturas", afirmou, acrescentando que outra das suas prioridades é criar um gabinete de formação autárquica para "preparar os mais jovens" para as próximas eleições autárquicas. Paulo Fonseca referiu que, nas próximas eleições locais, serão vários os presidentes de câmara que não se poderão recandidatar. "É preciso preparar as melhores soluções com antecedência", defendeu.

É incrível como uma simples referência ao facto de que serão vários os presidentes de câmara que não se poderão recandidatar (coitadinhos), para se entender parte do porquê da regionalização.

Incrível também esta constante obsessão em doutrinar os mais jovens. Neste caso, os que entram na maquina recentemente ou os que já seguem a carreira partidária há algum tempo. Mais grave no primeiro caso do que no último. Afinal, quem anda na jorna à mais tempo, sempre tem mais facilidade no apreender das rotinas e, em boa verdade, as suas perspectivas do que é a política previnem traumas mais complicados.

É assim que o modo de fazer politica e o vicio da cor se regenera. Como o futebol, como o ópio. De geração em geração, porque, no que diz respeito às boas maneiras, graças a deus que ainda há quem as ensine e a rebeldia não é bonita. Já dizia não sei quem.

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