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Componentes das finanças do município de Ourém (2000-2008).png
Vítor Frazão classificou como "incompetente e irresponsável" a acusação de José Silva Lopes segundo a qual "Ourém caiu no grupo dos [municípios] que são administrados por gente incompetente" (vide Jornal de Ourém, n.º 40, 6.agosto.2009, p. 8). Não sei se o município de Ourém tem sido «administrado por gente incompetente». Mas, atentando às finanças municipais, o cúmulo de evidência não permite afirmar que quem tem gerido o município revele competência. Ou responsabilidade. Entre 2000 e 2008, a dívida a terceiros mais do que triplicou (a dívida a terceiros de prazo curto, essa, quase octuplicou). No mesmo intervalo, a despesa mais do que duplicou. A receita é que nem tanto. Desde 2002 que a receita é claramente inferior à despesa. No acumulado de 2004 a 2008, a despesa foi superior à receita em 50 milhões de euros. Ou seja, em média, em cada um dos cinco anos últimos o município dispendeu mais 10 milhões de euros do que arrecadou. De 2004 a 2007 a dívida a terceiros foi superior à receita. Em 2008 uma e outra foram praticamente iguais (embora seja de referir que nesse exercício o município teve uma receita extraordinária de aproximadamente 5 milhões de euros, resultante da alienação de terrenos relativos aos complexos desportivos de Ourém e de Fátima à empresa MaisOurém). Em face disto, a competência, para mais continuada ano após ano, haveria de ter produzido resultados diferentes ao nível das finanças municipais. A responsabilidade também.

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