agosto 2009 Archives
(...) Lançamento de livro coordenado por Vítor Frazão, presidente da Câmara Municipal de Ourém. Em rigor, obra colectiva sobre o concelho antes e depois do 25 de Abril e o poder autárquico, com protagonismo decisivo do PSD, a partir de 1979. Quase 500 pessoas e mais de 300 exemplares vendidos na hora. Fiquei muito impressionado com a renovação na futura equipa camarária social-democrata, contrastando com a repetição, pelo PS, de candidato das duas últimas eleições e colado ao Governo que o nomeou governador civil. E Vítor Frazão fez uma intervenção sagaz, afirmativa e virada para o concreto. Também orador, o ex-presidente Mário Albuquerque, felizmente recuperado de problemas de saúde. Cenário: a Quinta de S. Gens, com proprietário e gestor simpático anfitrião.
Um candidato a deputado do PS [João Galamba], chamou "filho da p..." a um adversário que criticou o filho de Vítor Constâncio. O PS de Santarém [através de Paulo Fonseca] mantém a confiança em João Galamba, mas o mandatário [Garcia Correia, capitão de Abril] avisa que espera "mais civismo".
O PS apoia a reacção intempestiva do candidato a deputado João Galamba: chamou "filho da p..." a um adversário político e o líder da federação socialista de Santarém considera compreensível o uso da expressão. "O João [Galamba] apenas mostrou que se sente e por isso é filho de boa gente", justifica Paulo Fonseca ao JN.
A polémica estalou no fim de semana. João Constâncio criticou num blogue de apoio ao PS ("SIMplex") as declarações de Manuela Ferreira Leite sobre o crescimento do PIB. Escreveu que a líder do PSD "já estava habituada a insistir na ficção de que a crise internacional e a crise nacional são duas coisas separadas. Mas agora acrescenta que os números do PIB e os números do desemprego também são coisas separadas".
Um apoiante do PSD respondeu no blogue onde participam candidatos a deputados da confiança de Manuela Ferreira Leite, casos de Pacheco Pereira, Paulo Rangel, José Eduardo Martins e Joaquim Biancard. João Gonçalves comentou no "Jamais" a crítica com o título "Este é o filho do outro" para citar ao grau de parentesco entre João Constâncio e Vítor Constâncio. Disse que o filho do governador do Banco de Portugal "expele exactamente o mesmo estilo de flatulência política do papá".
A reacção chegou através de João Galamba [professor universitário de 33 anos, que frisou as suas ligações a Torres Novas e Ourém onde vive a sua família], amigo de João Constâncio e candidato a deputado por Santarém na lista encabeçada pelos secretários de Estado Jorge Lacão e Idália Moniz . "Um pode ser 'filho do outro'. Mas o João Gonçalves é um filho da p...".
O mandatário da lista apela ao "civismo" e ao "debate democrático de ideias". Garcia Correia, capitão de Abril, disse ao JN que "este tipo de afirmações não deve entrar no contexto de uma eleição democrática" e deixa um alerta: "A campanha devem correr dentro da normalidade democrática de parte a parte, com civismo e elevação. Espero que não se repita".
Já o líder do PS de Santarém garante que o candidato a deputado "tem toda a confiança política" do partido apesar dos termos que João Galamba utilizou num espaço público de debate. Acrescenta Paulo Fonseca que "a democracia chegou ao tempo de maturidade suficiente para começar a responsabilizar aqueles que faltam ao respeito aos outros".
Notícia Mirante, Edição de 06-08-2009:
Quase um ano e meio depois da primeira apresentação do Sistema Integrado de Gestão de Emergência de Santarém (SIGES) do Governo Civil de Santarém para ajudar os operacionais em situações de socorro, é que as forças de segurança e outras entidades que fazem parte da protecção civil passaram a ter acesso ao serviço. É o caso do Centro Distrital de Operações de Socorro, GNR e PSP que receberam na quinta-feira, 30 de Julho, em mais uma das muitas acções de apresentação do projecto, a senha secreta para aceder ao sistema através da Internet.
Nesta apresentação - similar a outras a que a maioria dos presentes já tinha assistido - esteve o secretário de Estado da Protecção Civil. José Medeiros até elogiou o projecto, mas avisou que vai ser aberto concurso para a criação de um sistema uniforme a nível nacional, adaptado às especificidades de cada distrito e cujas funcionalidades vão ser definidas por um grupo de trabalho. O que quer dizer que, apesar da experiência de Santarém poder ser aproveitada, o governo civil gastou duzentos mil euros num sistema com fim à vista.
O chefe de gabinete do governador civil, Carlos Catalão, durante a sessão em que foi oficialmente disponibilizado o sistema ostentou orgulhoso o prémio "ESRI Special Achievement in GIS 2009" atribuído nos Estados Unidos da América pela empresa ESRI. Cujos sistemas de processamento de informação geográfica são comercializados em Portugal em exclusivo pela ESRI-Portugal, à qual o governo civil adquiriu sistemas informáticos e serviços.
Uma das coisas que mais aprecio nos blogs é a possibilidade de se poder comentar artigos, quase de imediato, por qualquer pessoa. A vantagem é óbvia para o autor. Permite-lhe obter um feedback imediato, gerando uma discussão ou conversa que muitas vezes enriquece o texto e possibilita a troca de idéias e argumentos. Para quem comenta, existe a oportunidade de questionar, contra-argumentar ou acrescentar informação ao que se escreveu. Isto implica muito mais responsabilidade para quem escreve. Infelizmente, o mesmo não acontece para quem comenta. Este blog desde sempre defendeu a responsabilidade dos autores e total liberdade para comentários. Nunca tivemos problemas em cortar nos raros excessos e com isto conseguimos criar um bom ambiente neste blog e isso reflecte-se nas estatísticas de acessos e número de visitantes. Já lá vão quatro anos disto. No entanto, com o aproximar das eleições autárquicas, os comentários baixaram para um nível com o qual não nos identificamos. Por respeito a quem nos visita e não comenta (a grande maioria silenciosa) decidimos desactivar os comentários até depois das eleições autárquicas. Este blog não será um kindergarden para quem tenha uma agenda escondida algures e com objectivos mais que estudados. Moderar os comentários seria abdicar da liberdade que sempre defendemos. Até lá, continuaremos a aceitar textos e informação para publicação no nosso e-mail do costume. Os comentários já afectuados podem ser acedidos neste endereço. Serão reactivados no dia 12 de Outubro. Tenham lá paciência.
É simples, é eficaz e pode poupar milhões. Chama-se Forest Fire Finder (FFF), é um avançado sistema tecnológico que permite detectar incêndios em menos de cinco minutos e foi concebido pela NGNS-Ingenious Solutions, uma empresa portuguesa que tenta há três anos demonstrar a validade do seu projecto na prevenção de fogos. Num país tradicionalmente fustigado pelas chamas -- até 31 de Julho já tinham ardido 21 mil hectares de floresta, o triplo do ano passado --, com os consequentes custos ao nível de área consumida, habitações incendiadas e vidas perdidas, tem sido uma dura batalha para a NGNS sensibilizar as autoridades nacionais para este sistema que custa 60 mil euros por cada 70 mil hectares de área.
Apesar do interesse demonstrado por entidades de todo o país, apenas o governo civil de Santarém apostou, até agora, no FFF, tendo instalado o sistema em dois locais estratégicos no concelho de Ourém.
O tão propalado choque tecnológico, uma das bandeiras do Governo de Sócrates, acabaria por se revelar uma miragem para os dois sócios da NGNS, Pedro Vieira e João Matos, ambos com formação na área da física tecnológica. Apesar da indiferença nacional, o projecto nascido na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Nova tem atraído as atenções em diversos países como Espanha (com sistemas instalados na Andaluzia e Galiza), Irão, China, Malásia ou Uruguai.
"Em 2003, um ano fatídico de incêndios em Portugal, foi o ponto de partida pois começámos a pensar em processos que permitissem detectar os fogos precocemente, uma vez que os sistemas tradicionais têm uma baixa eficácia nessa detecção. Estudámos sistemas do mundo inteiro e falámos com várias entidades relacionadas com a questão para saber exactamente quais eram os problemas que existiam", explica João Matos.
O Forest Fire Finder acabaria por tomar forma pouco depois. Através de sensores atmosféricos é possível detectar nuvens de fumo orgânico (aquele que resulta da queima das árvores) num raio de 15 quilómetros. Além dos sensores, o aparelho é munido de câmaras que patrulham 24 horas por dia o terreno, fazendo 'varrimentos' de 360 graus. Em Ourém, um dos sistemas está colocado no castelo e o outro na torre da igreja na localidade do Casal dos Bernardos.
Uma vez detectado o fogo, num período que não excede, por regra os cinco minutos, são enviados alertas via SMS, com respectiva imagem da coluna de fumo e localização do incêndio, para as autoridades responsáveis como os bombeiros, a GNR ou a Protecção Civil.
"A taxa de sucesso dos alertas do FFF é muito superior aos 90%, comparativamente ao sistema tradicional de vigilância, que ronda os 3%. Não achamos que se deve dispensar os vigilantes florestais mas essas pessoas seriam provavelmente mais úteis na limpeza das matas do que numa torre de vigilância, oito horas por dia, onde as temperaturas atingem os 40 graus", realça o administrador da NGNS.
Segundo as estimativas feitas pela empresa, "bastariam cerca de 300 aparelhos para cobrir as áreas florestais do país, um custo aproximado a 30 milhões de euros, um valor bem mais baixo que os 100 milhões gastos por ano com os incêndios em Portugal", lembra João Matos, que confessa a sua frustração quando assiste pela televisão às cenas, infelizmente, habituais, de incêndios de norte a sul do país. "Sinto que poderíamos estar a ajudar a prevenir a dimensão dos incêndios, pois quanto mais depressa for dado o alerta, mais depressa os bombeiros chegam ao local. Sem custos elevados de utilização de helicópteros e aviões, sem perdas de vidas e de habitações", remata ainda o responsável da NGNS.
Santarém aposta forte na prevenção
Atentos à prevenção de fogos e não só, o governo civil de Santarém adquiriu há pouco mais de duas semanas dois aparelhos FFF que vêm reforçar o Sistema de Informação Geográfica (SIG) implementado no distrito há ano e meio. Este é assim mais um investimento do governo civil para tentar inverter as imagens de má memória, que todos os anos entram através da televisão, das chamas a lavrar em Mação, Sardoal ou Ourém.
"Houve vários factores que pesaram na nossa decisão de avançar com o FFF: a principal tem a ver com a validade do sistema per se, que é bastante inovador e vem reforçar a nossa capacidade de intervenção precoce. Depois, é tecnologia e investigação nacional. Faz sentido apoiar a inovação tecnológica nacional", sublinha Carlos Catalão, chefe de gabinete do governador civil de Santarém.
O sistema de detecção de incêndios vem complementar o Sistema de Gestão de Integrado de Gestão de Emergências de Santarém (SIGES) que está a funcionar há cerca de ano e meio e que se tem destacado no panorama nacional de prevenção de acidentes. Este sistema de Informação Geográfica é um completo instrumento de apoio ao planeamento e à decisão pois concentra, através de aplicações informáticas, uma detalhada base de dados que cruza informações a vários níveis.
Desde os acessos alternativos a utilizar pelas autoridades em caso de incêndios ou evacuações devido a cheias, por exemplo, até ao registo actualizado das condições atmosféricas (fruto de um protocolo com o IST), e que permite saber ao momento se existem riscos de incêndio em determinados locais. Existe também informação útil em relação aos sinistros automóveis, o que facilita a visualização de forma clara dos pontos negros das estradas do distrito (o que ajuda nas correcções dos percursos), até ao registo actualizado de ocorrências criminais, o que transmite a ideia dos focos de criminalidade. Pela sua utilidade e potencialidade, o SIG de Santarém foi premiado num convénio em San Diego, nos Estados Unidos. "Veio confirmar que estamos ao nível dos melhores do mundo. Foi muito gratificante", enfatiza Carlos Catalão.
O sucesso da experiência já levou a Autoridade Nacional de Protecção Civil, a lançar um concurso de forma a dotar os restantes 16 governos civis do país (além de Santarém também o Porto já tem o seu SIG) de um sistema semelhante.
Recebemos do Marco Jacinto um pedido de divulgação de uma das actividades do programa Ciência Viva, que se realizará no dia 5 de Setembro, em Caxarias, subordinada ao tema "Turfeiras e matos húmidos - habitats atlânticos em terras de Ourém". Quem estiver interessado em participar poderá saber mais pormenores consultando o cartaz que aqui deixamos e a página dedicada à iniciativa.
A CISION é em Portugal e na Península Ibérica uma referência na área de análise de meios de comunicação social e tem a responsabilidade de selecção, tratamento e análise de informação em Portugal, Espanha e América Latina para a CISION Worldwide e directamente para várias empresas internacionais.
Assim sendo, a CISION analisou o "Jornal de Ourém - Semanário Independente da Região de Ourém" e considerou-o como o meio "mais completo da região". Segundo a CISION este semanário independente "tem um bom grafismo, o layout está cuidado, abrange os mais variados temas" e é para a CISION " um excelente meio de divulgação de informação".
Com o autarquias.org os cidadãos podem alertar os municípios para as mais variadas situações, desde de Lixos na via pública, postes de iluminação que não o funcionam, buracos na via pública, equipamento danificado, problemas nos abastecimentos, ou outros tipos de problemas, que muitas das vezes as Câmaras Municipais não tem conhecimento.
Os cidadãos podem acompanhar as respostas das autarquias aos alertas apresentados por outros cidadãos, como também participarem nesses mesmos alertas adicionando comentários.
O autarquias.org permite também a criação de debates por cidadãos que pretendem discutir assuntos que lhes pareçam pertinentes com outros cidadãos e com o próprio município ou questionar a autarquia sobre um assunto do interesse de todo o município., como também a abertura de petições. Participe neste projecto.
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