Campanha primavera-outono, manobras dois mil e nove

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A propósito disto, isto e isto, duas notas.
Primo. Por motivos vários, é muito provável que o resultado da eleição para o parlamento europeu de domingo último não seja transferível para as eleições municipais que hão-de suceder além do verão. O que não significa que tal resultado seja negligenciável. Não é. Merece atenção no sentido em que revela uma situação política que tem consequências sobre as condições em que decorrerão os actos eleitorais próximos. O que significa que, a quem quiser construir cenários sobre os resultados das eleições autárquicas do outono seguinte, tal resultado fornece alguma informação útil. Preocupações também.
Secondo. Grosso modo, em termos tácticos, pelo modo como se têm perfilado os partidos políticos com maior votação e aspiração em Ourém, a questão pode ser resumida deste modo: o pessoal do psd prefere que a eleição municipal próxima seja sobretudo um concurso entre partidos políticos - designadamente psd e ps -, enquanto que o pessoal do ps prefere que seja sobretudo um concurso entre candidatos a presidente da câmara municipal - designadamente Paulo Fonseca e Vítor Frazão. Ora, se é verdade que no plano autárquico a equação pessoal relativa aos candidatos tende a ser mais saliente e a condicionar o exercício de voto, é também verdade que o efeito da simpatia partidária e da identidade ideológica não se dilui absolutamente. Como calcular os efeitos negativos e positivos de cada um destes factores e que ponderação atribuir-lhes em relação ao caso de Ourém é que é o raio. O algoritmo não é fácil de compor e operacionalizar. Daí que actual e provavelmente este seja o drama que aflige tanto o pessoal do psd quanto o pessoal do ps. Ainda bem.

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