A confirmação

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Ontem foi apresentado o anuário financeiro dos municípios portugueses referente a 2007. Entre 308 municípios, Ourém faz parte do top 20 dos municípios com menor liquidez (vide p. 114). A situação já não era famosa em 2006, ano em que Ourém já integrava o top 35 dos municípios na mesma situação. Compreendem-se, pois, as palavras seguintes de Vítor Frazão: “a resolução da situação financeira do município está no centro das minhas preocupações” (in Ourém e seu Concelho, n.º 885, 15.Março.2009, p. 7). Palavras que, no contexto actual, fazem recordar a atitude subjacente a uma modalidade de humanismo estranha, a do pirómano que é também bombeiro, alguém que surge disposto a resolver um problema depois de o ter provocado.

33 Comentários

Não diria melhor Sérgio.

Muito bem, sim senhor.

Os Municípios existem não para darem lucro mas sim para servirem os Munícipes.

É obvio que eugostaria de ver os cofres do Municipio com um desafogo que parecem não ter. No entanto também posso constatar obra feita ao serviço dos munícipes.

Aqueles que tanto dizem mal do que lá está, ambicionam a todo custo um dia tomar conta dos destinos do concelho. Mas cada vez os vejo mais afastados de conseguirem tal feito. Ainda hoje no jornal 24Horas, na rubrica portugal em 24horas pag. 18 faz menção ás Vitimas do Tornado de 9 de Abril de 2008, as tais que continuam desde então à espera das ajudas prontamente anunciadas pelo Gov. Civil Dr. Paulo Fonseca. E ele de promessa em promessa lá vai andando, fazendo pela sua vida.

A malta que espere.

A análise simplista que o Sérgio faz deste relatório é deveras sensacionalista e omite intencionalmente matéria importante para um leigo que leia o artigo tirar ilações minimamente reveladoras da situação financeira da CM Ourém.

Se atendermos ao quadro R23 pag. 139 constatamos que o Município Oureense não se encaixa nos 35 eleitos como os Municípios com mais dificuldade em pagar aos seus fornecedores num prazo de menor tempo. Este quadro põe em equação a divida aos fornecedores e as receitas totais do ano anterior. E aí Ourém não tem cabimento neste quadro. Para os menos entendidos nestas matérias eu explico com outra simplicidade. Se uma família ganha 30.000€ por ano e tem todos os anos uma despesa fixa para a subsistência dessa família uma despesa de 20.000€, consegue tirar todos os anos tirar 10.000€ para pagar dividas. Se essa família dever 7.500€, no ano seguinte consegue pagar a divida e ainda lhe sobram 2.500€ para investir em outra necessidade que julgue conveniente.

O que se passa com a CMO é a mesma coisa. Ao invés do que querem fazer crer a CM Ourém não consta sequer nos 35 Municípios com maiores dificuldades em arranjar dinheiro para cobrir os investimentos já realizados.

Tudo isto é de fácil constatação no quadro R23 da pag. 139 do referido relatório. Aliás as noticias de hoje no Jornal 24horas pag. 18, fazem referência a este indicador do relatório, porque é fácil perceber que este será o indicador com maior importância na análise de viabilidade económico/financeira de um Município.

Dever 10 ou 15 milhões é um valor que só por si revela muito pouco. O que conta é a capacidade que o devedor tem em cumprir com os prazos de pagamento. E nesse campo, o Município de Ourém não se encontra nas situações em que se encontram os municípios de Santarém, Cartaxo e Torres Novas.

E continuo dizendo que as Câmaras Municipais não existem para dar lucro, existem sim para dar qualidade de vida aos seus munícipes. Depois são as prioridades, uns preferem investir em Palácios de Desportos, outros em Saneamento Básico. Coisas dos políticos...

Contra factos não há argumentos.
Numa situação destas é de considerar o lay-out e a insolvencia,mas mesmo bom,era deslocalização dos gestores para Marte.
Em 308 sermos os mais tesos ,reforça e dá sentido á expressão" tesão de mijo" já anteriormente alvitrada pelo vereador, mas pouco mais.

Não sei como é que a Xana, que é boa rapariga, atura o António/PSD de 3ª?
Consegue ter mais aversão ao PS do que os touros ao encarnado.
Consegue amar mais o PSD, talvez, do que a própria sombra.
Qual Lucky Luck da extinta Brigada Laranja de há 15 anos.
E mais veio de um concelho vizinho.
A defender assim o PSD e a atacar todos aqueles que constactam factos deste concelho e da política camarária, mais parece um BoyGuard do PPD/PSD Ourém dos tempos em que existiam os bufos na taberna do Adelino das Louçãs, ou na dos Tomaréis. Aqueles que iam a correr contar ao Prof. Albuquerque quem eram os homens e as mulheres que à volta de um copo de vinho, pão e queijo, ao fim do dia, conversavam num país livre de pressões... (desculpem o desabafo, mas ainda andam aqui umas quantas memórias que por mais que o tempo passe, não se esquecem).
Regressando ao fiel devoto António/PSD de 3ª, se fosse no tempo do PREC teria dado um bom guarda costas da Sede do PPD/PSD de Tomar.
Nas noites de frio, enrolava-se na bandeira e sonhava sobre os argumentos da Social Democracia com a mão ao peito, em rezas pregadas, sob o hino da laranja.
Não há por aí alguém que lhe ilustre, o limite da leviandade, limítrofe à extensão do seu raciocínio, em que um lítio possa desenvolver energia suficiente para que ele consiga alcançar o mínimo do bom senso?
Seria uma lipoaspiração cerebral, uma solução para este caso?

Eu também gostava de constatar obra feita ao serviço dos munícipes. Mas visões dessas devem ser reservadas apenas a alguns iluminados. O comum dos mortais não consegue ver nada.

Preferia ver uma contra argumentação de qualidade ao que atrás expus. Mas face à fraqueza de argumentos tenho que me contentar com a vã tentativa de dar a conhecer a minha identidade.

Fraquinhos...

well!well!well!
isto ta animado!
em vez de ir pá Kayenne, o pessoal tá por aki a divertir-se! respeitaram a 5ª feira Santa!!!

já tds sabíamos k temos k aturar o Tó, mas o "sem paciência" passou-se mesmo, encheu o saco!!!
Pobre Toino!
LLLOOOLLL

araña

Não te embaraces, a mim só me afectam os que têm inteligência suficiente para contra argumentarem o que escrevo. Continuo à espera dum iluminado, mas teimam em não aparecer.

as coisas k escreve nao têm argumentaçao,
pq se tiverem, o sr anda aos ziguezagues, bate o pé, vira daki e dali! mistura! faz cd salada k ninguem fica a perceber nada de nada.

concluo que a sua meta é baralhar e desinformar, em favor da sua grande dama luminescente!!!

os iluminados (hj pelo menos) recusam debater o k ker ke seja csg!!!

Mas cabe na cabeça de alguém simplificar uma situação destas ao ponto de "culpabilizar" uma só pessoa pela situação financeira da câmara?

Sendo isto um ataque pessoal, acho que deveria ser tratado cara a cara com quem de direito e não aqui! Mas enfim, há gente que não consegue levantar a cara do chão.

A Câmara Ourém tem tido capacidade para gerar dinheiro, certo.

Mas caro António, e se a família deixar de receber os 30.000€ por ano?

Dada a conjuntura, parece fácil acontecer, perda de emprego, etc...

No caso da Câmara redução do IMT, taxas urbanísticas e afins.

A família deixa de receber 30.000€, passa a receber apenas 20.000€ como paga a dívida?

Contrai divida?

O problema para mim nunca foi a capacidade de criar dinheiro, foi a racionalidade e eficiência económica.

Algo que não considero que se consiga com mais de 300 empregados, muitos deles no cargo apenas por afinidade política, com a multiplicidade de empresas municipais, com obras megalómanas que não consideram no orçamento o recheio dos equipamentos, nem os arranjos exteriores, nem muito menos o escoramento dos terrenos envolventes.....

Enfim, o problema não é de uma pessoa de bigode, é de política.

E quando se diz ter "Um conhecimento Geral Específico da Matéria" eu pergunto, onde está a estratégia por Ourém?

Repescando no que disse o Sérgio, não existe plano de combate a fogos, apenas um bombeiro voluntarioso com um balde na mão à espera que o fogo não tome proporções alarmantes.

Carlos Costa

Gostei do comentário aqui exposto. Revela conhecimento da matéria em apreço. No entanto não se me afigura possível uma descida na obtenção de receitas de valor tão significativo que venha a colocar a CMO em risco de insolvabilidade. Muito longe disso. No entanto fica o registo da inteligência da sua resposta.

No entanto o post do SF peca por omitir as partes mais importantes do relatório dando ênfase a um indicador de menor importância. Não quero ser considerado o único faccioso a comentar por estas bandas, ou talvez o SF o tenha feito por ignorância.

Tenho que concordar com o António, no post apenas se refere uma parte da verdade, talvez a mais negra.

Mas eu estou preocupado.

Ourém precisa de rumo, precisa de um real, rigoroso e coerente Planeamento Estratégico.

Algo pelo qual luto, mas que o meu partido no poder, tende em negligenciar.

reacção ao comentário das 5.19 am de 10 de abril.

o comentário referido começa com esta pergunta: “cabe na cabeça de alguém simplificar uma situação destas ao ponto de «culpabilizar» uma só pessoa pela situação financeira da câmara?”. não sei responder. pela minha cabeça não passou tal coisa. tanto assim é que no post ao qual este comentário está associado, para além de ter sido retido e destacado um indicador de um documento analítico sobre algo que é sobejamente referido por cá – a falta de liquidez do município de ourém, que, segundo a informação disponível, fazia com que em meados do ano passado o prazo médio de pagamento a fornecedores e a prestadores de serviços fosse de quase dez meses –, não foi imputada a responsabilidade relativa esse a facto uma pessoa só – quanto mais não seja porque, sei, não obstante o cesarismo municipal, as câmara e assembleia municipais são órgãos colegiais, assim como colegiais são os órgãos do psd, o partido político que detém a maioria naqueles outros órgãos municipais. aliás, no que se refere a este último ponto – o da responsabilidade política –, o que está vertido no post é o reconhecimento por parte do presidente da câmara municipal das suas atenção e preocupação relativamente à «resolução da situação financeira» do município de ourém. o que não espanta. antes como agora Vítor Frazão é um dos responsáveis principais pela situação de aperto da tesouraria municipal. porque presidente da câmara municipal e presidente da comissão política da secção de ourém do psd, actualmente Vítor Frazão é mesmo o responsável máximo. para além disto, no post está a nota de que convém não esquecer que, se surge neste instante empenhado em resolver o problema, antes Vítor Frazão participou na criação de tal problema, emprestando o seu voto ao lote que suportou propostas e decisões que tiveram as consequências sabidas. isto é de tal modo iniludível que não se percebe por que é que «cabe na cabeça de alguém» que cabe na minha cabeça algo diferente disto. como é óbvio, nada posso fazer quanto ao que cabe (ou não cabe) na cabeça de outros. já manifestei aqui várias vezes e repito: sou responsável pelo que escrevo, não sou responsável pelo modo como outros lêem (ou não lêem) e interpretam (ou não interpretam) o que escrevo.

sendo a manobra sobre o que cabe na minha cabeça tonta, a classificação do post como «ataque pessoal» não lhe fica atrás, porque tonta também. é que, como mencionado e manifesto, tal post versa sobre a situação financeira do município de ourém, um tópico político e público, não versa sobre a intimidade ou a privacidade de pessoa alguma. arrumado o caso quanto à tontaria do «pessoal», importa arrumá-lo também quanto à tontaria do «ataque». se o princípio de qualquer direito, por instituir garantias, é justamente o da defesa do seu titular, por qual raio o exercício de um direito há-de ser percebido e classificado como ataque? como surge óbvio, se se entende a democracia enquanto regime de direitos e animado pelo uso que os cidadãos fazem dos seus direitos, não faz sentido estabelecer equivalência entre o exercício de tomada e afirmação de uma posição sobre um assunto público e um acto agressivo, tipo carga de cavalaria, bombardeamento, estocada de baioneta no lombo, assalto a velhinha na rua ou carapuçada de socos no toutiço.

quanto à pretensão de que eu tenho o dever de «tratar cara a cara» com não sei «quem de direito» sobre o assunto inscrito no post, essa, é uma pretensão idiota, idiota em grau superlativo. por duas razões sobretudo. primeiro porque, assumindo eu a responsabilidade decorrente dos direitos que tenho – e que são iguais aos direitos de outra pessoa qualquer –, faço o uso que entendo desses direitos, inclusive quanto à forma e à via de tal uso. depois porque é-me atribuído o dever de «tratar cara a cara» não sei o quê com não sei «quem de direito» justamente através de um comentário aqui, no castelo, e não «cara a cara» comigo ou, vá lá, através de intimação oficial, em papel com timbre capaz de impor respeitinho. o que, parece-me, para além de imbecil, é um expediente um bocadinho contraditório. dado que quem tentou atribuir-me o dever é alguém que seguramente «consegue levantar a cara do chão», pode dizer-se mesmo que o expediente referido é rasteirinho, ao nível da sola dos pés assentes no chão. pelo que, sem me comover, registo que há quem revela não respeitar-se, imputando ditames a terceiros que não cumpre. o que é que se há-de fazer?

reacção aos comentários das 11.49 pm de 9 de abril e das 12.47 pm de 10 de abril.

grosso modo, o post que escrevi destaca um indicador apresentado no anuário financeiro dos municípios portugueses - 2007 e que confirma o que é sobejamente referido por cá - a falta de liquidez do município de ourém -, embora num quadro comparativo com o universo dos municípios portugueses. neste sentido, é um bocadinho tonto classificar como «deveras sensacionalista» algo que, para além de não revelar qualquer novidade bombástica, limita-se a reter um indicador que confirma - agora a negrito: confirma - a situação de aperto da tesouraria municipal. aliás, há muitas outras fontes que atestam tal situação, uma delas as palavras do actual presidente da câmara municipal e outra o motivo invocado (e inscrito em várias actas da câmara municipal) para o estabelecimento de acordos de pagamento em prestações de facturas de fornecedores e de prestadores de serviços vencidas.

no que respeita à «análise simplista» convém refrear um pouco as expectativas, tanto relativamente à coisa, a «análise», quanto relativamente ao adjectivo da coisa, «simplista». mais ainda se, lendo o anuário referido, alguém pretende «tirar ilações minimamente reveladoras da situação financeira da cm de ourém». é que, convenhamos, no anuário é feita a análise agregada de uma série de indicadores, sendo escassa a informação individualizada sobre ourém. pelo que a pretensão de eu ter «omitido intencionalmente matéria importante para um leigo» só vale pela estupidez que lhe subjaz. aliás, é de crer que quem foi capaz de aludir a «análise simplista» a propósito do post que escrevi não haveria de ter dificuldade de, por via da análise complexa e ponderada que seguramente fez, perceber o motivo por que, em relação ao assunto versado, não é feita referência a outros indicadores sobre ourém. quanto mais não seja porque o motivo é básico e óbvio: a inexistência de tais indicadores no anuário.

se o anuário não permite fazer considerações relevantes sobre a situação financeira do município de ourém, pode dar-se a volta ao problema, indo directamente à fonte da informação. ora, para não complicar e sem inventar, daí pode reter-se o seguinte: em 2005, o município de ourém realizou 29,1 milhões de euros de receita e 38,8 milhões de euros de despesa; em 2006, realizou 28,0 milhões de euros de receita e 37,0 milhões de euros de despesa; em 2007, realizou 29,2 milhões de euros de receita e 41,9 milhões de despesa. a fonte destes dados não é o impressionismo de 3.ª, é o relatório de gestão do município de ourém referente a 2007 (p. 131). não surpreende, pois, que, em 2007, o investimento total do município sem cobertura de fonte de financiamento fosse da ordem de 10 milhões de euros (ibidem, p. 150). perante estes dados - com défices orçamentais patentes e não pequenos -, o exemplo da família que ganha mais do que gasta é o exemplo perfeito para explicar a situação cá da paróquia. mais do que exemplo perfeito, é o exemplo sublime, porque sugerido por um juízo com capacidade de distorção e ilusão fenomenal. qual Houdini?, qual Mandrake?, chame-se mas é o António e já.

nesta sequência, é compreensível que quem argumenta assim - suspeito que não seja adequado chamar argumentação ao rol de disparates inscrito no comentário das 11.49 de 9 de abril, mas não é isso que importa agora - prefira invocar um quadro que, pela ausência de referência a ourém, pouco informa sobre a sua situação financeira. é que, se é verdade que o município de ourém não está no rol dos trinta e cinco municípios portugueses cujo rácio entre as divídas a fornecedores (regitadas em 2007) e as receitas arrecadadas (em 2006) é maior, é verdade também que, em meados de 2008, o município de ourém fazia parte do lote dos quarenta municípios que em média mais tempo levavam a liquidar as suas dívidas.

portanto, a jogada tentada no comentário referido é de tal modo pungente que chega a ser invocado como argumento de autoridade o facto de o rácio referido ter sido mencionado na página 18 de uma edição qualquer do 24 horas. em relação ao caso talvez não se justifique invocar um prémio nobel em economia, mas justifica-se um bocadito mais de exercício cerebral. até para que, «se o que conta é a capacidade que o devedor tem em cumprir com os prazos de pagamento», quem assim «conta» não ficar exposto perante a evidência de que o município de ourém não é dos melhores exemplos nesse parâmetro.

quanto à tirada de que «as câmaras municipais não existem para dar lucro», temos cabecinha pensadora. porque é óbvio que os municípios não existem para dar lucro. isto se, no caso, «lucro» significa lucro e não significa outra coisa qualquer. para dar lucro existem as empresas de capital social não público. para dar lucro e não para, pelo arrastamento do prazo de liquidação das dívidas por parte dos municípios, financiarem e sustentarem a despesa e o investimento municipais. quando tal sucede, a isso chama-se «servir os munícipes» por conta de outrem. que é o que em parte relevante está a acontecer em ourém. porque, na prática, as entidades que fornecem o município de ourém e que lhe prestam serviços estão a ser utilizadas como financiadoras por esse mesmo município. a não ser que se considere tal prática como um indício de «viabilidade económico/financeira de um município» ou de capacidade de gestão municipal, é óbvio que, à semelhança do que sucede com Vítor Frazão, a malta tem motivo para estar atenta à situação financeira do município de ourém e preocupada com a mesma. mais ainda quando o município viu recentemente gorada em primeira instância a candidatura a mais de 11 milhões de euros ao abrigo do programa de regularização extraordinária de dívidas do estado e quando também não há solução para o financiamento do novo edifício dos paços do concelho.

enfim, contra a evidência sobeja e com a estupidez típica dos enroladores, alguém propôs que, talvez «por ignorância» minha, o post que escrevi «peca por omitir as partes mais importantes do relatório dando ênfase a um indicador de menor importância». ora sucede que não só o indicador de liquidez destacado não é de menor importância, assim como é um dos pouquíssimos indicadores disponíveis no «relatório» com informação expressa sobre o caso de ourém, como também não ignoro um e outro facto. pelo menos não ignoro na mesma medida em que há quem revele ignorar e pretenda que outros ignorem os dados do ine, segundo os quais, por exemplo (vide anuário estatístico da região centro - 2007, p. 58), 70% da população do município de torres novas é servida por sistemas de drenagem de águas residuais, enquanto em ourém apenas 56% da população é servida pelo mesmo. em relação à população servida por etars a situação é quase idêntica em um e outro município, com vantagem ligeira para o município torrejano, invertendo-se essa vantagem quando considerada a percentagem de águas residuais tratadas.

e tem de ser: estando toda a informação exposta neste comentário disponível e acessível, o que é que, embora agora em nome próprio, motiva alguém a fazer figuras tristes de modo tão franco?

Resposta ao comentário das 8:35 de 14 de Abil

Esses dados já são do tempo da maria cachucha.
Os dados do anuário referênciado são para 2005, de então para cá houve dados que se alteraram.

Basta conhecer a realidade dos 2 concelhos de que falamos para saber que isto não está actualizado. Ourém tem muito mais localidades servidas pelo saneamento básico que Torres Novas não tem.

Caramba António, consultou todos os links?
A si, quando lhe pedem estatisticas manda os comentadores para o INE, para o Eurostat, ou ainda dar a volta ao concelho de carro, sem mais! Já me apercebi que o faz por falta de dados e porque não domina as técnicas/métodos de pesquisa.
O sf apresenta-lhe(nos) os factos e o António agarra-se ao ano de 2005 e não avança mais???
Que raio de visão parcial ou cegueira é a sua?
continua a achar que o concelho de Ourem está evoluído perante os outros? e que a liquidez da CMO está de saúde? que raio de resposta confrangedora a sua!!!

uma curiosidade: por acaso a sua firma fornece serviços ao município?

Para Maria Mar,

Não sei onde aprendeu a ler, mas duma coisa tenho a certeza, nota-se que não tem capacidade para interpretar o que escrevi sobre este assunto. Pelo que leio do seu post, deduzo que anda a milhas de distância do assunto aqui versado.

Se ler o meu comentário das 9:10 de 9 de Abril, ficará provado que eu sei da falta de liquidez do Município.

Já tenho duvidas, é que consiga decifrar o que eu escrevi nos outros posts. Mas não se preocupe, não é a única. Há por aqui quem comente sem perceber do assunto.

Quanto à minha firma prestar serviços ao Município, posso dizer-lhe que naquela onde eu trabalho, são prestados serviços ao Município de Ourém.

Se por acaso quiser saber das firmas onde sou sócio e accionista, se também prestam serviços ao Município de Ourém. Caso não saiba basta ter 1 acção da PT, ou da Vodafone, e já se incorre no risco de ser accionista numa empresa com interesses em quase todos os Municípios de Portugal.

Quanto ao facto de achar que Ourém está desenvolvida, posso garantir-lhe que em 40 anos que conheço Ourém, muito se fez para o seu crescimento. Aliás estatisticamente, Ourém é dos concelhos do distrito de Santarém com mais habitantes. Se quiser dados estatísticos, procure-os. Se as pessoas se fixam em Ourém por algum motivo é, concerteza não serão masoquistas ao ponto de quererem viver numa terra sem as condições que julgam suficientes ou idiais para o seu modo de vida.

Se estou satisfeito com o que se tem feito em Ourém, posso dizer-lhe que estou, no entanto sei que há mais para fazer. Tem de se dar tempo ao tempo.

Sr SF tomo-o por um teórico, que se limita a arremessar petardos, sem nunca admitir directamente o que diz, escondendo-se atrás de uma retórica intrincada, que pensa o sr, lhe dá alguma vantagem. Enfim...

A frase"...alguém que surge disposto a resolver um problema depois de o ter provocado." é uma citação do seu post. Vai dizer-me que não se queria referir a uma só pessoa???...

Deixe de tapar o sol com a peneira e ao menos tenha a decência de admitir que é abertamente contra o "rosto" de todos os males, como sugere sempre nos seus posts.

Já lhe disse e torno a dizer-lhe, candidate-se a presidente! Deixe de ser um crítico do sofá, vá para o terreno trabalhar, ou só sabe escrever?

reacção ao comentário das 12.19 pm de 14 de abril.

os dados do ine sobre saneamento básico a que foi feita alusão no comentário das 8.35 de 14 de abril, desqualificados pelo António por serem «do tempo da maria cachucha», são dados referentes ao ano de 2005. correspondem à informação que estava disponível no final de setembro de 2007 e que foi disponibilizada ao público em janeiro de 2008, ou seja, há pouco mais de um ano. que seja do meu conhecimento, não há informação sobre o tópico referido que seja mais actual e que esteja disponível. por motivos que me abstenho de desfiar, admito que desde a data de referência dos dados do ine até ao momento presente a situação tenha evoluído positivamente em ourém. no entanto não disponho de dados produzidos de modo sistemático e controlado que permitam confirmar isso. e mantenho a suspeita de que, não obstante tal evolução, a taxa de população servida por sistemas de drenagem de águas residuais em ourém - que em 2005 era de 56% - não é superior à de torres novas - que em 2005 era de 70%. como não é urgente resolver esta controvérsia, quando houver informação do ine actualizada, então, poderá constatar-se se é assim ou se é como pretende o António, com base no impressionismo automobilizado dele. pode até suceder ser verdade que «ourém tem muito mais localidades servidas pelo saneamento básico que torres novas», como refere o António, e ser também verdade que há maior percentagem de pessoas servidas por saneamento básico em torres novas do que em ourém, conforme suspeita minha. como por ora não disponho de informação fidedigna que permita testar a validade destas conjecturas, estou disposto a esperar. sem inventar. e sem pretender impressionar outros com as minhas impressões ou com a sentença de que «basta conhecer a realidade».

reacção ao comentário das 4.51 pm de ontem.

a parte da desconversa no comentário referido é desconversa típica: fixa-se no arguente, não na argumentação do arguente. o que é um dos expedientes usados para, entre outros objectivos, enrolar, ou seja, camuflar a incapacidade de argumentar ou a falta de argumentos. é por isto que, no caso, a parte da desconversa de tal comentário vale sobretudo pelo manifesto de ignorância sobre o que eu faço. pois só quem ignora que uma parte significativa da minha missão profissional é cumprida em regime de trabalho de campo é que, posto em herói tipo tarzan, me manda «ir para o terreno trabalhar». mais. pelo modo imperativo que usa, não me custa a admitir que tal quem também sinta a tentação de apontar-me o estabelecimento onde devo ir cortar o cabelo. embora, caso sinta, seja tentação vã.

se a parte da desconversa justifica apenas o registo do que foi aí manifestado, a parte do ensaio hermenêutico é diferente, porque tenta focar-se num argumento. o problema é que esta outra parte começa com alguém a chamar frase ao que não é uma frase. é que isto, “... alguém que surge disposto a resolver um problema depois de o ter provocado”, não é uma frase do post que escrevi, é parte de uma frase. e enquanto parte de uma frase é no âmbito da frase (inteira) - isto é, do que está escrito - (e não em âmbito outro) que a parte já citada deve ser objecto de decifração, porque é justamente aí que lhe foi atribuído o sentido. sem batota, a frase completa é a seguinte: “palavras que, no contexto actual, fazem recordar a atitude subjacente a uma modalidade de humanismo estranha, a do pirómano que é também bombeiro, alguém que surge disposto a resolver um problema depois de o ter provocado”. como surge claro, o elemento que se pretendeu destacar na frase foi «a atitude», não foi uma pessoa. motivo pelo qual, na oração complementar - que serviu para caracterizar «a atitude» -, surge o pronome indefinido «alguém» e não é feita referência ao nome de qualquer pessoa. se o nível de literacia instalado em cérebro determinado não permite perceber isto, algo elementar, não sou responsável por tal eventualidade. aliás, na circunstância, distorção por distorção, até seria mais expectável que, de dedo em riste e armado com uma cabaça cheia de água benta, alguém afirmasse com assanho que, no post em causa, Vítor Frazão teria sido classificado como incendiário(*). tal afirmação já seria sobejamente estúpida, ainda assim talvez não tão estúpida quanto a afirmação de que o post referido constitui um «ataque pessoal» a não sei quem.

(*) ou como «incendiário de sofá».

Sr SF a capacidade de compreensão de textos é condição necessária para uma correcta contra-argumentação.
Passo a explicar, mais uma vez! Quando disse "...vá para o terreno trabalhar", precedido de "...candidate-se a presidente!", referia-me a trabalho, não de sofá, ou de mais alguma coisa que faça, mas sim de trabalho político...
Bem, se mesmo agora não entender temo que fisiológicamente o seu cérebro tem algum problema, talvez predominem em si sinapses eléctricas em vez de químicas. Não seria tudo mau! Ao menos ainda teria alguma utilidade como objecto de estudo.

lá está a estupidez servida pela ignorância sobre o que eu faço exposta de modo reiterado, com esplendor e em tom magistral no comentário da 1.24 pm de ontem. é que o trabalho de campo que cumpro no âmbito da minha missão profissional – e que referi antes no comentário das 6.59 am – é também trabalho político, embora não só trabalho político. trabalho que qualquer juízo que não seja rombo e que tenha algum discernimento meão não há-de ter dificuldade em perceber que, justamente por ter uma dimensão política, não se confina e menos tem de se confinar à candidatura a presidente de não sei o quê. ainda assim, parece, pairam espíritos feitos meio de torquemada e meio de coronel que entendem diversamente e bradam ordens por escrito, com ponto de exclamação, não vá o imperativo passar despercebido. o que é que, para além de rir, se há-de fazer?

Pergunto directamente ao sr SF o que é que já fez por Ourém, factos, e o sr SF não responde... Diz só que sim. O que é uma resposta reveladora, sem dúvida, sim senhor.
Depois, num comentário ou post anterior, acha-se no direito de "policiar" os políticos. Mas quem se julga o senhor para se achar no direito de policiar seja quem fôr?
Deixe ser o povo a decidir/policiar/julgar quem de direito aquando das eleições... Mas quem julga o sr que é, para se julgar intelectualmente acima da comunidade?

O sr não sabe mesmo interpretar textos. Eu alguma vez disse que o trabalho político se limitava a candidatura a presidente? Não ponha palavras na minha boca para conseguir argumentos que depois de tão fáceis de rebater que são me deixam a pensar se o sr realmente pensa. Julgava-o mais capaz...

Não o classifico como estúpido, como me chamou, porque não desço ao seu nível. Continue aí, bem pertinho do chão, de cabeça baixa, a rastejar.

"Deixe ser o povo a decidir/policiar/julgar quem de direito aquando das eleições... Mas quem julga o sr que é, para se julgar intelectualmente acima da comunidade?"

Seguindo a logica(?) do joao miguel, se ninguem (incluindo o tal sf) estara acima da comunidade entao pertence ao povo. Assim sendo, como membro do povo, pode entao participar na decisao/policiamento/julgamento aquando das eleicoes... mas tambem no gerundio! Ou e' votar e calar?!?

Outro pseudo-intelectual de esquerda... Oh mijoao, agora é advogado de defesa?

Veja se entende, é óbvio que povo ou comunidade nos inclui a todos, no entanto não inclui uns mais que outros. E pela maneira de actuar do sr SF mais parece que está acima dos outros. Quem é que o nomeou polícia? Ou será que ele se auto-nomeou...

Pelo tom dos anónimos recentes, o PSD deve andar mesmo desesperado. Até mete dó.

Mais uma vez não resisto a fazer um comentário.
Acredito piamente que o grande mal das sociedades actuais é a incapacidade de pensar. As pessoas habituaram-se apenas a reagir, em manada, de acordo com as ideias que lhes vão sendo impostas por um tempo em que a facilidade de obter informação é equivalente à incapacidade de a analisar distinguindo o importante do supérfluo. É muito mais fácil ser agente de ideias pré-concebidas e debitá-las como verdades absolutas, do que pensar, questionar, concluir… sobretudo quando as conclusões a que podemos chegar não se encaixam na ideologia da manada. Por isso é mais fácil deixarmo-nos ir. É assim como que ver uma novela de Jorge Amado (para não falar noutras) em vez de ler o livro que lhe deu origem.
E porque nos desabituámos de usar a mente, ela vai ficando cada vez mais preguiçosa e depois lá vem o discurso empolgado defendido no seio da manada.
Mas eis que de repente alguém se insurge e decide usar as capacidades que o distinguem dos outros seres. Mostra que pensa e recusa-se a ser mais um papagaio das tais (in)verdades absolutas. Os outros não podem aceitar e rotulam-no. Intelectual, parece ser o adjectivo mais ignóbil que encontram, como se intelectualidade não fosse apenas e tão só a capacidade de utilizar o intelecto.
Aquilo que, pelos vistos, muitos dos que por aqui andam são incapazes de fazer.
Continua, Sérgio, a pensar, e a mostrar que ainda há quem saiba para que serve a cabeça e para que raio temos nós, humanos, esta estúpida capacidade de a usar de uma forma diferente daquela que, ao que conhecemos, é usada pelos outros animais. E sobretudo que, alguns, chamem-lhes intelectuais de esquerda, de direita, de centro, amarelos, vermelhos, às riscas ou às bolinhas, se recusam a deixar que outros pensem por si e lhes imponham as suas verdades, os seus dogmas de seres superiores e intocáveis (é impressionante como há tanto disto ainda em Ourém…) por isso continua a questionar… a pensar e a não temer dizer aquilo que pensas, mesmo que haja alturas em que te sintas como Santo António a pregar aos peixes. Acredita que há por aqui alguns peixes que gostam de te ler – se bem que me parece que isso pouco te interessará, e ainda bem.

Sinceramente não entendo em que manada pasteia a ana, nem que uso dá à sua cabeça. Cada um é livre de fazer da vida o que quer.

Mas se há quem embale em falinhas mansas e em canções do bandido, esse alguém não sou eu.

Tanta promessa por cumprir do Governador Civil, e os otários não conseguem enxergar nada.

As promessas de auxilio às empresas do distrito vitimas do tornado de 2008, onde estão elas?

E promete ele trazer para Ourém a prosperidade económica e financeira, coisa que não conseguiu para o Distrito de Santarém.

Tão amigo do concelho, e quando chegou ao governo civil de Santarém acabou com os subsidios às colectividades Oureenses. O que é que ele fez a esse dinheiro?

Nem o Sócrates me engana com o Freeport, nem o Paulo me engana com falsas promessas.

Não resisto a fazer um comentário.
A acusação fácil, que os srs e as sra de esquerda costumam fazer a alguém que não pensa como eles é que os outros, andam em manada!
Ora, se os outros andam em manada, que tipo de nome colectivo se aplicará a eles? Andam em vara?
Possivelmente será isso tendo em conta a campanha suja que andam a fazer, a começar por exemplo pelo cabeçalho porco e ordinário que o blog apresenta há já vários meses...
Os outros até pensam, não pensam é como eles!

Para que todos possam reflectir, este é o comentário "porco e ordinário" a que uma voz se refere:

Segundo a edição do Notícias de Fátima (n.º 346, 26.Março.2004, p. 7), Vítor Frazão (vereador da Câmara Municipal de Ourém) e José Manuel Pinheiro Lopes (ex-presidente da mesa da Assembleia Municipal de Ourém), enquanto militantes do PSD/Fátima, assinaram voluntariamente, junto com outros, uma carta onde informavam que se demitiriam dos cargos partidários locais caso o município de Fátima não fosse criado. O município de Fátima não foi criado e Vítor Frazão não se demitiu. É o actual presidente da câmara de Ourém em exercício.

Porque é que isto atormenta o Sr. João Miguel ao ponto de ter o prazer de destilar ódio em forma de prosa no que escreve por cá? A notícia é falsa? O Notícias de Fátima mentiu?

Fred a indignação prende-se só com o facto de não aparecerem quaisquer cabeçalhos a explorar quaisquer factos mais negativos sobre os restantes candidatos. Ou eles são perfeitos?

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