julho 2008 Archives

Sexta feira, primeiro de Agosto, no Arte Caffé, pelas 19.30, apresentação do mais recente livro de Hugo Santos, Campoamor. Uma História de Encornados, Encornadores e Pássaros Avisadores (edição Campo das Letras). Compareçam!
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Sobre o livro referido, Urbano Tavares Rodrigues escreveu o seguinte: "Campoamor é uma branca e lenta vila alentejana, cuja vida secreta o narrador, ou o escriba, como ele gosta de se nomear, vai pouco a pouco revelando, em tom irónico, afectivo e mesmo terno, os seus amores e desejos refreados, ambições e desaires, hábitos, coscuvilhices, pequenas intrigas e até cenas dramáticas. (…) Romance mágico, na concepção e na escrita, este belíssimo livro de Hugo Santos estará decerto destinado ao êxito".
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Em relação ao mesmo livro, Baptista Bastos manifestou o que se segue: "Hugo Santos pertence àquela estirpe de escritores, infelizmente a desaparecer, para quem o acto de escrever é um compromisso ético e estético. Este belo romance não escapa à regra a que Hugo Santos se impôs: actuar na realidade como objecto de ficção, e fazer com a ficção um projecto que permita ao leitor a mais ampla liberdade dedutiva. Não é o «espelho que se passeia pelo caminho», segundo a exigência de Stendhal; é, isso sim, a capacidade criativa de descodificar o que observa «pelo caminho», exigindo ao leitor a participação afectiva e efectiva. «Campoamor» põe em causa alguns dos grandes sentimentos humanos, e as consequências desses sentimentos quando eles apenas se concentram nas fronteiras do individualismo. Sendo um romance de sentimentos e de emoções, é um texto que nos coloca em questão. A todos nós. Eis o que faz a sua grandeza. Mas, também, o estilo; a marca pessoal de um grande talento que se exprime através de uma estrutura verbal muito cuidada, muito vigiada e minuciosa e, por isso mesmo, incomum nos dias de hoje".
"Tenho um conhecimento geral específico da matéria", disse Vítor Frazão, que nunca põe o carro à frente dos bois, tem ideias muito fortes, ainda não gizou um projecto e gosta de pessoas todo-o-terreno, em entrevista publicada na última edição do Notícias de Ourém (n.º 3685, 25.Julho.2008, p. 6), em que assumiu ser o próximo candidato do psd a presidente da câmara municipal, "mesmo que, entretanto, engendrem um golpe palaciano" (p. 6). Jasus. Disse ainda que David Catarino "absorve demais", mas que isso "é uma forma de estar na vida que temos que respeitar" (p. 7). O respeitinho é uma coisa geral específica muito bonita.

Jovens de Caxarias vencem “Ideias que Mudam o Mundo”

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Via O Mirante:

João Vieira, Rafael Baptista e Kevin Mira, alunos do 9.º ano da Escola Básica 2+3 Dr. Manuel Lopes Perdigão de Caxarias, no concelho de Ourém, foram os grandes vencedores da final televisiva do “Ideias que Mudam o Mundo” (IQMM) na categoria “Melhor Projecto de Ciência”, com o trabalho “Análise da Radioactividade em Recursos Hídricos”..

Os jovens disputaram o primeiro lugar com dois outros grupos, após terem passado uma pré-selecção que envolveu perto de 100 projectos, numa final transmitida pela RTP2 no passado dia 12 de Julho e que contou com uma audiência média de 100 mil espectadores. Os três jovens ganharam uma viagem de três dias à Alemanha. O grupo embarcou a 14 de Julho, acompanhado pela professora Estefânia Pires, e visitou a Bayer CropScience, tendo a oportunidade de realizar experiências nos laboratórios da Bayer MaterialScience.

novo editor

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é favor darem as boas vindas ao tiago gonçalves, que vai tirar algum tempo ao seu favacal para postar também por aqui.

bem-vindo, e obrigado.

Diga lá outra vez

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Desconhece-se se David Catarino tem mais competência para definir a localização de complexos escolares do que para definir a localização de nós do ic9 - ou até para definir o significado da palavra «semáforo».
Num intervalo de tempo relativamente curto, ontem, pela terceira vez, verificou-se que, perante manifestações de contrariedade com fundamento popular, David Catarino teve que atalhar caminho e atender à política. Se tivesse outra concepção e prática do processo de decisão municipal - menos opaco e mais participado -, poderia ter-se poupado a demonstrações públicas de fraqueza e de ziguezague. Mas, como, parece, gosta muito de ouvir falar sobre parcerias público-privado - embora ainda não tenha apreendido bem o espírito da coisa, como prova a parceria entre o município de Ourém e a Divinis, SA no que concerne à participação numa feira em Czestochowa -, ele não deve ter tempo para ouvir falar sobre planeamento, orçamento participativo ou deliberação democrática.
Vamos lá ao caso, então. Um. Em relação à carta educativa, depois de a submeter a aprovação na assembleia municipal, David Catarino fez as alterações exigidas por presidentes de junta de freguesia do psd, que tinham votado contra a carta referida. Resultado, passado pouco tempo a carta educativa foi outra vez submetida ao órgão deliberativo do município para aprovação nova. Dois. Em relação ao nó do ic9 aprovado para Alburitel, David Catarino não dançou tanto, mas, depois da expressão dos órgãos da freguesia de Alburitel e de um abaixo assinado dos respectivos fregueses contra a pretensão de prescindir do nó referido, o presidente da câmara municipal decidiu pedir o amparo e o desagravo político da assembleia municipal. Operação meramente simbólica, com vista a aliviar as costas de quem ao mesmo tempo sacudiu a água do capote. Três. Ontem, em face da manifestação de desagrado de uma imensidão de vilarenses em relação à hipótese de encerramento da escola da vila - em favor de um complexo escolar novo a edificar no Caneiro -, David Catarino anunciou que já tinha dito não ao que antes tinha dito sim, conforme despacho da véspera e que a malta de Vilar dos Prazeres não conhecia e, por isso, encheu em mais do que a medida a sessão de ontem da assembleia municipal.

O regimento sou eu

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Não sei qual é a habilidade de Deolinda Simões para jogar à macaca ou arremessar pedras de curling ou esfregar gelo. Não quero saber. Mas, por testemunho directo, sei qual é o seu jeito para conduzir os trabalhos de uma sessão da assembleia municipal. O regimento que regula o funcionamento do órgão referido não parece que a incomode muito. E a função de que foi incumbida também não. Recorremente, não sempre, ela faz a lei - diferente do que está preescrito e que vale -, como as patroas das coisas fazem. Tanto assim é que ocasiões há em que as regras a que está vinculada e que deve fazer cumprir variam consoante qualquer coisa, desconheço o quê. Não sei se no país dos yahoos também é assim, não recordo, tenho que ir reler Swift para verificar. Por isso, ontem, não fiquei espantado quando, em relação ao mesmo ponto da ordem de trabalhos, Deolinda Simões concedeu que um membro do grupo municipal do psd fizesse a promoção e a publicitação de um torneio de futebol não sei onde e, depois, recusou a palavra a um membro do grupo municipal do cds/pp, que pretendia fazer uma intervenção a propósito de um assunto que tinha estado em debate, relacionado com a presença de uma mole de vilarenses na sessão e a posição aí manifestada pelos seus porta-vozes. Ao presidente da câmara municipal - que não faz parte da assembleia municipal -, antes, tinha-o deixado falar e apresentar slides durante 22 minutos. Tudo isto passou-se no período de intervenção aberto ao público. Por que é que foi assim? Não sei. A explicação está no cérebro de Deolinda Simões. Não está no regimento da assembleia municipal.

A rede

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O município de Ourém, em parceria com a Divinis, SA e a ADIRN - Associação de Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte, vai estar representado na feira nacional agrícola em Czestochowa, munícipio polaco com o qual Ourém está geminado. Será ocupado um stand onde serão expostos produtos locais e regionais e, "de acordo com orientações superiores" - isto há-de ter algum significado -, irá participará por lá o rancho folclórico da casa do povo de Fátima. Quanto ao custo da embaixada, o município de Czestochowa suportará as depesas de alojamento e alimentação dos embaixadores oureenses e, conforme orçamento, o município de Ourém suportará 11.975 €, a ADIRN por via do programa leader + suportará 5.500 € e a Divinis, SA suportará 225 €, referente a metade do custo da viagem do seu representante (vide acta n.º 23/2008 da câmara municipal de Ourém, pp. 37-39). Ou seja, não considerando as despesas que correm por conta do município anfitrião, o município de Ourém custeará 2/3 da iniciativa, a associação parceira envolvida assume a responsabilidade por mais de 30% da despesa e a empresa associada, uma sociedade anónima, custeará pouco mais de 1%, sequer o valor total da viagem do seu representante. Só mais uma nota. O representante da Divinis, SA disponível é Armando Neto, outrora vereador da câmara municipal de Ourém (e, entre 1996 e 2002, presidente do conselho de administração da ADIRN e depois - creio que até ao final do seu mandato enquanto autarca - vice-presidente do mesmo conselho) e agora (e até ao fim do mês corrente) presidente do conselho de administração da empresa municipal Ambiourém e presidente do conselho fiscal da ADIRN (em representação da junta de agricultores de rega do Olival).
Tirando a presença do rancho folclórico, o filme deste ano é praticamente o mesmo do ano passado (vide acta n.º 26/2007 da câmara municipal de Ourém, pp. 10-12). Este ano, porém, ao contrário do ano passado, a Divinis, SA já paga metade - Jesus, metade - do custo da viagem do seu representante. O município de Ourém tem umas parcerias bonitas. É pena que não sejam para todos e iguais.

O princípio do fim do clube do Bolinha

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Uma nota que, et pour cause, me dá gozo publicar e que replica um anúncio publicado na edição de hoje do Notícias de Ourém (n.º 3683, 11.Julho.2008, p. 2). Estão abertas inscrições para a escola de recrutas 2008/2009 da associação humanitária dos bombeiros voluntários de Ourém. Meninas e meninos com 16 anos ou mais, com pelo menos o 9.º ano escolaridade, com aptidão física e gosto por actividade nobre e altruísta e pela participação cívica e social podem inscrever-se nos bombeiros voluntários de Ourém e nas secções destacadas de Espite e Freixianda.

No passado dia 4 de Julho, os cavaleiros da Associação Equestre Regional de Fátima, participaram nas provas do S. Pedro em Porto de Mós. Desta feita a AERF concorreu somente no escalão A, que respeita aos cavaleiros mais jovens. A AERF está de parabéns pois de 26 conjuntos a concorrer nesta prova obteve as seguintes classificações:

1º- Miguel Oliveira; 3º - Joana Mendes; 5º- Ricardo Costa; 7º- Rita Pereira; 9º- Helena Mendes; 10º- Beatriz Lopes; 11º- Ruben Silva e 14º- Cátia Mendes.



Festival Bons Sons

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Link para Slideshow completo do que consegui fotografar.

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Clique na imagem para maior resolução.

Deflagrou um incêndio numa casa inabitada junto ao antigo hospital em Ourém. Na hora em que escrevo este post e tirei a última fotografia, o incêndio estava práticamente extinto e em fase de rescaldo. Grande trabalho dos Bombeiros Voluntários de Ourém.

As fotografias que tirei não estão em boas condições. Quem tiver mais imagens, informação e vídeos, terei todo o gosto de as publicar. Basta utilizar o endereço [email protected].

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Workshop de fotografia da natureza

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Workshop no estúdio A IMAGEM por Eduardo Barrento, vencedor na categoria "natureza" do prémio fotojornalismo VISÃO/BES, Lisboa, 2008.

Local: estúdio A IMAGEM Ourém e saída para o campo
Data: Domingo, 20 de Julho de 2008
Horário: 10 horas
Destinatários: Iniciados, ou amadores com alguma experiência
N.º máximo de participantes: 15
Preço: 50 euros
Contacto/Inscrições: estúdio A IMAGEM Ourém
[email protected]
tel. 249 542 004

PROGRAMA DO WORKSHOP
Manhã

1. Introdução à Fotografia da Natureza e da Vida Selvagem
1.1 Paisagem
1.2 Animais
1.3 Macro

2. A Exposição
2.1 Sensibilidade
2.2 Abertura e profundidade de campo
2.3 Velocidade de obturação e o “tremido”
2.4 Expondo correctamente

3. O Material Fotográfico
3.1 Câmaras
3.2 Objectivas
3.3 Tripé
3.4 Flash
3.5 Extras para a fotografia da natureza

4. A Composição

5. Considerações Finais e Dúvidas

Pausa para almoço


Tarde

6. Saída para o campo

Com intermezzo no wc

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Aconteceu na passada sexta-feira mais uma sessão da assembleia municipal de Ourém. À ordem de trabalhos original foi acrescentado um ror de pontos, um dos quais, o 2.12 - "apreciação e votação do pedido camarário relativamente à moção apresentada pela junta de freguesia de Alburitel no que respeita ao ic9 - nó de Alburitel" -, visava servir de desagravo e amparo simbólico de actos de David Catarino.
Resumidamente, o que sucedeu foi que, face à inviabilização de um nó do ic9 em Penigardos, consequência da avaliação negativa do seu impacto ambiental, David Catarino defendeu junto das instâncias com responsabilidade pelo traçado da via referida que fosse considerada uma alternativa à localização do nó rejeitado, no Carregal, prescindindo do nó de Alburitel, que já havia sido avalizado. Isto porque, segundo David Catarino, para além de ser necessário um nó de acesso ao ic9 mais próximo da cidade de Ourém, andam para aí uns zunzuns a dizer que estariam previstos muitos nós desses aqui para estas bandas. Isto foi o que David Catarino referiu na sessão da assembleia municipal de 18 de Abril (vide Notícias de Ourém, n.º 3673, 2.Maio.2008, p. 5) e voltou a referir na sexta-feira última. Entretanto a malta de Alburitel reagiu publicamente, contra a proposta e a intervenção de David Catarino (vide Notícias de Ourém, n.º 3678, 6.Junho.2008, p. 11). Os órgãos da freguesia tomaram e afirmaram posição. O mesmo fizeram os fregueses, através de um abaixo assinado. Posto isto, é curioso que só após os órgãos da freguesia de Alburitel - e as suas gentes - terem afirmado e tomado posição é que David Catarino procurou o conforto da assembleia municipal. Adiante.
O debate sobre a questão em apreço decorreu sem incidentes destoantes, salvo a acusação feita ao presidente da câmara municipal de, com a alternativa que propôs, pretender matar Alburitel. É óbvio que David Catarino não quer matar Alburitel, como também é óbvio que o nó de Alburitel é a melhor serventia de acesso da freguesia referida ao ic9. Mas o problema em equação não implica só Alburitel, implica a cidade de Ourém igualmente. E implica outras variáveis - ou incógnitas -, relacionadas com a oportunidade e o timing da reacção de David Catarino. Por exemplo, a esta altura do campeonato, quanto tempo é necessário para, em termos consequentes, apreciar a hipótese de um nó de ligação ao ic9 no Carregal? Há garantia ou indícios de que o resultado da avaliação do impacto ambiental desse nó eventual será diferente do resultado da avaliação do nó de Penigardos? São importantes as respostas a estas questões.
Findo o debate sobre esta matéria, verificou-se que a barraca estava montada. Ninguém sabia o que, afinal, estava a votação. Tão pouco Deolinda Simões, que, para além de conduzir os trabalhos, pretendeu encerrar o debate referido, apresentando uma proposta que fazia tabula rasa do que havia sido demandado pela câmara municipal. Demanda essa que, reconheceu David Catarino, tinha sido formulada às três pancadas, sem pés e sem cabeça. Consequência, a presidente da mesa da assembleia municipal, os líderes dos grupos políticos com assento na assembleia municipal e o presidente da câmara municipal retiraram-se para uma sala ao lado da casa de banho, com o objectivo de resolver o imbróglio. O cenário adequado, dado o caso e dadas as circunstâncias. A reunião durou aproximadamente vinte minutos. O que resultou? Nada de relevante. Apenas com o voto contra do presidente da junta de freguesia de Alburitel, a assembleia municipal mandatou o presidente da câmara municipal para fazer o que ele já tinha feito. Enfim, como disse Tancredi a don Fabrizio, n'Il Gattopardo, escrito por Giuseppe Tomasi di Lampedusa, se vogliamo che tutto rimanga come è, bisogna che tutto cambi! Mas o debate acontecido, esse, foi bonito.

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