Ópera “Dido e Eneias”

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Informação enviada via e-mail pelo Conservatório de Música de Ourém:

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É com grande expectativa que o Conservatório de Música de Ourém e Fátima irá apresentar a ópera “Dido e Eneias” ao público Oureense, com a primeira récita marcada para o dia 24 de Junho, no Cine-Teatro Municipal de Ourém e no dia 27 de Junho, em Fátima, no Conservatório de Música de Fátima (antigo Seminário dos Monfortinos). É, não obstante, uma grande aposta, envolvendo activamente e em conjunto alunos e professores das mais variadas classes que a escola dispõe. Mas, antes de apresentar as “estrelas” deste espectáculo, seria conveniente ter uma noção do enredo, do compositor e do libretista da ópera.

O Enredo

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A viúva Dido, rainha de Cartago, mostra-se relutante em declarar o seu amor ao Príncipe Eneias, um fugitivo da destruição de Tróia. A sua irmã Belinda e a sua corte incentivam-na a avançar e, quando Eneias apresenta um pedido de casamento, Dido aceita, para regozijo de todos.
No entanto, bruxas malévolas planeiam a desordem, levantam uma tempestade e enviam um duende disfarçado de Mercúrio até Eneias, para relembrá-lo que deve seguir o seu caminho até Itália. Para grande satisfação das bruxas, Eneias segue o conselho e deixa Cartago. Desolada pela traição de Eneias, Dido despede-se da vida.

Um Olhar sobre a Ópera

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“Dido e Eneias” foi composta por Henry Purcell, com libreto de Nahum Tate, a partir de um episódio de “A Eneida”, de Vergílio. A ópera está dividida em 3 actos, estando apenas o segundo dividido em duas cenas. É considerada, por uma grande parte de historiadores musicais, como a primeira ópera inglesa havendo, no entanto, a teoria sustentada por alguns musicólogos, de que se trata de uma “masque” (semi-ópera, subgénero semi-operístico), infinitamente mais desenvolvida e inspirada do que as habituais, sendo única dentro do panorama operístico internacional. De facto, existe apenas uma composição semelhante, “Vénus and Adónis”, de John Blow, em cujo modelo Purcell se pôde basear.
“Dido e Eneias” é um caso isolado na produção de Purcell, uma vez que, em 1690 (um ano depois da estreia no Colégio Interno para raparigas de Josias Prest, Londres), começou a colaborar com os teatros públicos londrinos, escrevendo semi-óperas (“masques”) no seu sentido mais ou menos tradicional e afastando-se definitivamente da ópera.

Um Olhar sobre o Compositor – Henry Purcell

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Nascido em Londres, em 1659, numa família de músicos, Purcell recebeu uma educação musical precoce: foi corista da Capela Real, estudando com Henry Cook e posteriormente com John Blow. Entrou na escola Capela Real em 1673 e aos 15 anos de idade foi nomeado afinador do órgão da Abadia de Westminster. Em 1677, é admitido como compositor numerário de “Os Violinos do Rei”. Dois anos mais tarde é-lhe cedido o cargo de organista na Abadia de Westminster. Em 1682, já casado com Frances Peters, é um dos organistas da Capela Real e recebe o cargo de compositor da corte (a partir de 1689 – ano da composição de “Dido e Eneias” e do nascimento do seu único filho Eduardo).
A obra de Purcell é marcada por diversas fases: a primeira, que prolonga a tradição inglesa das “lachrimae” (lágrimas) e que culmina com as “fantasias” para conjunto de violas; a segunda, influenciada pela ópera francesa de Lully e também sensível à música italiana. É ainda de salientar a criação de um estilo coral muito pessoal, juntamente com a sua variada e prolífica produção musical de qualidade.
Desenvolveu também, uma intensa actividade como restaurador de instrumentos, concertista, organista e professor, e colaborador em conhecimentos musicais.
Denominado “Orpheus britannicus”, foi e é considerado o maior génio musical nascido em Inglaterra, cuja morte prematura, em 1695, o viria a celebrizar, por ser o primeiro músico enterrado na Abadia de Westminster.
A sua obra representativa: “Dido e Eneias” (1689); “Dioctesan” (1690); “King Arthur” (1691); “The Fairy Queen” (1692); “The Indian Queen” (1695); “The Married Beau”; Música Profana: “Catches”, canções, odes; Música Religiosa: “anthens”, salmos, hinos.

Um Olhar sobre o Libretista – Nahum Tate

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Nasceu em Dublin, em 1652 e elaborou estudos no Trinity College, depois seguiu para Londres. Autor de várias obras teatrais, teve mais êxito com as adaptações dos dramas isabelinos.
Escreveu diversos hinos religiosos, sem esquecer também a segunda parte de “Adsalom and Achitophel”, de John Dryden, o libreto de “Dido e Eneias”, e o seu melhor poema original: “Panacea. A Poem about Tea” (1700). Em 1692 foi nomeado poeta laureado de Inglaterra. Morreu em Londres, em 1715.

Os Intervenientes da Ópera
Dido, Rainha de Cartago – Joana Ferreira (Soprano);
Belinda, Irmã de Dido – Ana Margarida Valinho (Soprano);
Feiticeira – Margarida Oliveira (Mezzo-soprano);
Eneias – Noé Gonçalves (Barítono);
Segunda mulher – Belisa Nogueira (Soprano);
Primeira Bruxa – Veronique Marques (Soprano);
Segunda Bruxa – Belisa Nogueira (Soprano);
Espírito – Francisco Reis (Tenor);
Marinheiro – Frederico Neves (Tenor)
Coro:
Sopranos: Joana Ferreira, Marta Presume, Ana Laura, Ana Margarida, Belisa Nogueira, Véronique Marques Contraltos: Margarida Oliveira, Sara Antunes, Ana Rita Matos. Tenores: Francisco Reis, Frederico. Baixos: Romeu Pereira, Vando Valente, Noé Gonçalves.
Orquestra:
Flauta: Margarida Neves. Violino: Bruno Poupado. Viola-d’arco: Alice Neves. Cravo: Daniela Moreira. Violoncelo: Maria Rivotti.
Maestro: Alexandre Rodrigues
Encenação: Belisa Nogueira
Segundo Rupert Christiansen, em “Guia da Ópera”, “À sua maneira modesta, esta ópera é um modelo em termos de ritmo, contraste e desenvolvimento da acção dramática. Possui ainda uma grande riqueza em melodias intensas e delicadas, ligadas ao texto com um encanto e uma facilidade nada forçados, evitando ênfases previsíveis e enfatizando subtilmente as implicações de determinadas palavras com o génio de um verdadeiro poeta.”

Esperamos ter despertado o interesse e curiosidade para assistir à encenação da ópera! Agradecemos, desde já, a vossa presença. A entrada é livre.

8 Comentários

Desculpe mas o espectáculo que se realiza em Fátima no dia 27 de Junho, Vª Exª não quereria dizer em vez (antigo Seminário dos Monfortinos) o termo correcto seria, e para que as pessoas se possam dirigir com mais facilidade, seria COZINHA MUNICIPAL onde ao mesmo tempo que pode assistir à ópera pode aproveitar e ter um bom almoço ou até uma aula de colinária,
Seria mais fácil

Grande Actuação por parte dos alunos e dos professores. Simplesmente cativante :)

foi sem duvida um grande espectáculo... adorei. estao todos de parabens! A cidade de ourem merece iniciativas deste tipo. É de louvar.

Grandioso!!!!
Lol!!!
Não sei se foi assim tanto!
No global acho que não foi!!
Afinal um espectáculo desses para 30 pessoas não me parece ter sido assim tão grandioso!!

Os meus sinceros parabéns ao Conservatório de Música de Ourém por esta iniciativa. À parte de guerras, é de louvar sempre actividades que ajudem no enriquecimento cultural da nossa zona e envolvam pessoas da nossa terra. Continuem! ;-)

Caro freitas, essa afirmação nem merece um simples comentário.

Vendo as coisas assim podemos afirmar que um espectaculo do trio odemira tem mais qualidade so porque tem mais publico ?

Esta actuação teve grande qualidade e o Conservatório de ourem tem todo o mérito.

Não ouvi ainda uma unica pessoa que tenha assistido e que tenha dito que nao gostou.

Peço desculpa, o comentário anterior era dirigido ao utilizador "atento"

Sr. Atento,
parece-me que tem estado um pouco desatento...

Eu presenciei a ópera e devo dizer-lhe que o auditório estava quase cheio!
Não se percebe como pode dizer que se tratou de "um espectáculo desses para 30 pessoas". Não esteve presente, com certeza. Até porque, se fizermos bem as contas, e se tivermos em conta que se está a falar de um auditório que tem capacidade para 500 pessoas, o qual estava quase cheio... as suas palavras não fazem muito sentido!!!
Parece que gosta, até por outros comentários seus, de denegrir a imagem daqueles que tentam fazer algo de valor neste Concelho.

Deveria estar mais atento!!...Sr. Atento, Desatento!

Atenciosamente.

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