Empenhamento foi a atitude certa do Autarca de Peniche na defesa da sua urgência Hospitalar, partindo de dois pressupostos plausíveis: o porto de pesca mais importante do País e o grande fluxo de Turismo que no Verão se desloca a aquela cidade Piscatória, onde impera o sol das boas praias que possui.
Em Ourém, o SAP do Centro de Saúde foi há meses encerrado, creio que com promessas de criação de algumas Unidades de Saúde Familiar ou reagrupamento das suas Extensões de Saúde. Até aqui nada disso aconteceu, mantendo-se desde então o funcionamento das "urgências" das 08hOO às 24h00, além do funcionamento normal verificado há muito em todo o Centro de Saúde e no Centro de Saúde de Fátima.
A população não reagiu a esta reestruturação da Saúde no Concelho e as forças políticas, perante tal acontecimento, pouco reagiram e resignaram-se ao acontecido.
Ao tempo, referi que o Concelho de Ourém pelo número de camas ocupadas, verificado na longa época sazonal em Turismo Religioso anual, pelo seu número de habitantes e pelo tempo que muitas populações do norte do Concelho (com estradas péssimas - tipo "yes")levam a chegar a Tomar ou Leiria, o Concelho tinha direito a uma Urgência Básica. Ninguém ligou, ninguém desmentiu e a culpa, como diz o povo, parece morrer solteira. O que não aconteceu nos Hospitais de Torres Novas e de Tomar onde a as Urgências estiveram para passar a Urgências Básicas. Tal não se verificou porque políticos e população estiveram na linha da frente da defesa das ditas "urgências hospitalares", das quais o nosso Concelho também está dependente.
Reafirmo que o Concelho de Ourém, até alteração da legislação que regula o novo funcionamento das Urgências, tem direito a uma Serviço de Urgência Básica. Palpito que alguém iluminado vai dizer que a curto prazo ( talvez 2 anos ou mais) vamos ser servidos pelo IC9 o que encurtará o caminho para as "urgências hospitalares" vizinhas. Mas que raio, não merecemos outra coisa? É que o Autarca de Peniche pensando na construção do novo Centro Hospitalar entre as cidades de Caldas da Rainha e Alcobaça, conseguiu desde já a criação de uma Unidade de Cuidados Continuados. É isto que pelo menos as forças políticas do nosso Concelho devem reivindicar. Muitos são os Oureenses que recebem alta dos Hospitais e depois ficam em casa, por vezes sozinhos, dependentes dos cuidados de Enfermagem do Centro de Saúde (é assim) e de vez quando(?) duma visita domiciliária do seu Médico de Família. Isto dá que pensar aos Oureenses, também contribuintes deste Portugal, nem sempre solidário. Quem se empenha na defesa destes direitos, ausentes da nossa Comunidade?
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