J Ouriense versus FC Porto

| 1 Comentário
Nuno%20Abreu%20%28-jo%20vs.%20fcp%20-%202007.12.05%20-%2002-%29.JPG
fotografia © Nuno Abreu
logo%20%28j%20ouriense%29.gif logo%20%28fc%20porto%29.gif
Na noite de ontem, a contar para a 13.ª jornada da primeira fase do campeonato nacional da primeira divisão em hóquei em patins, o J Ouriense recebeu o hexacampeão FC Porto. Venceram os forasteiros, 5-7. O J Ouriense continua no fundo da tabela classificativa, tendo amealhado ao cabo da primeira volta da temporada presente cinco pontos (resultado de uma vitória e dois empates). O FC Porto, por seu turno, permanece destacado no topo, com um cúmulo de trinta pontos (produto de nove vitórias e três empates), não obstante tenha um jogo em atraso (referente à 6.ª jornada, contra o CD Portosantense).
Sinopse do jogo. Primeira parte. 0-1 (Filipe Santos, 0:13), 1-1 (Luís Peralta, 1:28), 1-2 (Jorge Silva, 5:39), 1-3 (Jorge Silva, 7:47), 1-4 (Jorge Silva, 13:48), 2-4 (Nuno Domingues, conhecido como Manel, 17:31), 3-4 (Luís Peralta, 18:02). Intervalo. Segunda parte. 3-5 (Reinaldo Ventura, 11:52), 3-6 (Filipe Santos, 16:17), 3-7 (André Azevedo, 18:24), 4-7 (Luís Peralta, 19:11), 5-7 (Luís Peralta, 22:26). Final.
Detalhes e pormenores da partida abaixo.
Jorge Godinho, o mister dos da casa, escolheu para o começo do jogo o Marco Barros (23), para agachar-se diante da baliza, o Hélder Ferreira (4, o capitão da equipa), o próprio Jorge Godinho (9), o Manel (2) e o Luís Peralta (22). Inicialmente sentados no banco ficaram o Marco Gaspar (1, o outro guarda-redes), o Luís Brandão (3), o Bruno Pereira (49), o Pedro Nobre (6) e o Ricardo (21).
Do outro lado, o mister Franklim Pais elencou inicialmente para o ringue o Edo Bosch (47), o capitão Filipe Santos (2), o Pedro Moreira (7), o Jorge Silva (8) e o Reinaldo Ventura (66). Como suplentes, ao dispor, ficaram o Nelson Filipe (10), o Nelson Pereira (3), o Ricardo Figueira (4), o André Azevedo (22), e o Emanuel Garcia (84).
***
Mal tinha desaparecido o eco da apitadela que deu início à partida já as redes atrás do Marco balançavam. Treze segundos de jogo, o capitão dos homens da grande insígnia azulibranca, Filipe Santos, avançou sobre a sua direita, flectiu para o meio, deu uma porrada com o aléu na bola e, zás, zero para os da casa, um para os de fora.
Por instantes, a malta nas bancadas sobressaltou-se. O princípio não parecia bom augúrio. Os corações começaram a batucar mais depressa. Vamos lá ver o que é que isto vai dar, pensou-se. E deu mais do que poderia admitir-se naquele instante.
Ainda os portistas não tinham acabado de guardar a língua, por estarem a saborear o golo inaugural, tau, já a bola amochava na baliza guardada por Edo Bosch. A passe de Godinho, descaindo do meio para a direita, o Luís Peralta fez o serviço como deve ser feito. Portanto, menos de minuto e meio da partida e um tento para cada parte da contenda.
O jogo seguiu dividido.
No terceiro minuto de jogo, em menos de trinta segundos, o Jorge Godinho tentou por duas vezes a baliza adversária. Primeiro uma stickada frontal, que Edo Bosch defendeu, depois, descaído sobre a direita, com uma stickada cruzada, passando a bola rés ao poste esquerdo da baliza defendida pelos portistas, indo bater na tabela final.
No quarto minuto de jogo, em menos de quinze segundo, foi a vez dos homens do FC Porto assediarem a baliza atrás de Marco Barros. Primeiro Filipe Santos, depois Reinaldo Ventura, ambos a tentarem a sorte com stickadas fortes, desferidas na zona central do ringue. Uma e outra vez a bola passou por cima da baliza.
Quase a roçar o final do quarto minuto de jogo, o Luís Peralta, na grande área, frente a Edo Bosch, falhou uma emenda. A malta na bancada saltou e gritou. Volvidos quase trinta segundos, foi interceptado um passe de Jorge Godinho para Luís Peralta, caso que poderia ter sido fatal para o J Ouriense. Não foi por pouco.
Faltavam quinze segundos para o fim do quinto minuto de jogo, o portista com o 66 estampado na camisola e nos patins, o Reinaldo Ventura, embora sem intenção, deu um toque que magoou o número 2 da casa, o Manel. O árbitro viu o Manel queixar-se mas, pancrácio, continuou a olhar como um bovino olha para um palácio, em frente. Com fair play o Reinaldo Ventura botou a bola fora do ringue, para que o Manel pudesse ser atendido e cuidado.
Justamente ao quinto minuto de jogo, o Pedro Moreira obrigou o Marco Barros a uma boa defesa. Pouco depois, corridos cinco minutos e trinta e nove segundos da partida, os portistas colocaram-se em vantagem por Jorge Silva. Vantagem que alargaram aos sete minutos e quarenta e sete segundos, primeiro, e aos treze minutos e quarenta e oito segundos, depois, também por Jorge Silva, em jogadas muito semelhantes. Passe de Filipe Santos para a direita e o número 8 portista, uma vez menos encostado à tabela lateral, outra vez mais, desferiu stickadas que atingiram as redes à guarda dos da casa. Este foi o período de maior ascendência do FC Porto, que aos dez minutos e trinta segundos desperdiçou um penalty por Reinaldo Ventura – a bola atingiu o poste do lado esquerdo de Marco Barros -, a castigar o derrube de Filipe Santos por Luís Peralta.
Após o quarto golo do FC Porto, houve um desconto de tempo a pedido dos casa. Durante a paragem da partida, Emanuel Garcia entrou no ringue para substituir Jorge Silva, alterando o cinco portista.
Entretanto, por conta do J. Ouriense há a assinalar as tentativas suportadas por Jorge Godinho, seja por via de stickadas suas, seja por via de solicitações ao Luís Peralta e ao Manel. Por exemplo, depois de Reinaldo Ventura ter desperdiçado o penalty, o Jorge Godinho endossou a bola ao Manel que, no meio, surgiu isolado, tocou com efeito, fazendo a bola rasar o poste esquerdo da baliza de Edo Bosch. E pouco antes de sofrer o quarto golo, Jorge Godinho dominou a bola no meio ringue adversário, rodou sobre si no sentido inverso ao dos ponteiros do relógio e stickou com força, obrigando o guarda-redes portista a aplicar-se.
Faltavam sete segundos para completar os primeiros quinze minutos da partida quando aconteceu outra substituição na equipa forasteira. Saiu o Pedro Moreira entrou o Ricardo Figueira. Passado um minuto, Emanuel Garcia, flanqueando pela esquerda, stickou com força. O Marco Barros defendeu.
A partir deste momento, os da casa começaram a revelar um hóquei em patins que meteu os hexacampeões em sentido.
Volvidos dezasseis minutos e trinta segundos sobre o apito que abriu a partida, o Hélder Ferreira avançou em slalom entre os adversários, ganhou posição, stickou com força. Embora o autor da jogada merecesse melhor sorte, para coroar a arrancada extraordinária desde o reduto defensivo dos da casa, a bola passou sobre a esquerda do guarda-redes portista.
Quase um minuto depois da jogada memorável do Hélder Ferreira, foi assinalado um livre directo a favor do J Ouriense, a penalizar um derrube sobre Jorge Godinho, depois de, a passe longo de Luís Peralta, da direita para a esquerda, ter passado atrás da baliza de Edo Bosch. Na sequência, o árbitro admoestou Edo Bosch com cartão azul e cinco minutos de ausência forçada da partida. Para o seu lugar entrou o guarda-redes suplente, o Nelson Filipe.
Três segundos foi o tempo que mediou entre o arranque do Manel e os pulos e berros da bancada. Corpo adiantado em relação à bola, o Manel arrancou tipo cobra, primeiro puxando o corpo e a bola para o lado direito, atraindo o guarda-redes adversário, que, depois do Manel ter flectido para a esquerda, foi impotente para deter a bola antes desta tocar as malhas da baliza. Dois-quatro, assinalou o marcador à passagem dos dezassete minutos e trinta e um segundos de jogo.
Ainda este golo não estava digerido, estava a malta a tentar sentar-se novamente, e eis que, quase passados trinta segundos de tempo útil, após remate frouxo mas enrolado do Hélder Ferreira, o Luís Peralta faz a recarga e, zás, três-quatro. O pavilhão do Pinheiro estremeceu autenticamente.
Depois disto, a toada da partida manteve-se, com o J Ouriense a tentar mais o empate do que o FC Porto tentou alargar a vantagem que tinha.
À passagem para o décimo nono minuto de jogo, nova alteração na turma portista. André Azevedo substituiu o capitão Filipe Santos.
Pouco depois o Manel caiu atrás da baliza dos visitantes e ficou agarrado ao joelho direito. Temeu-se o pior. Mas foi uma porrada apenas. O número 2 do J Ouriense recompôs-se.
Em seguida, os da casa voltaram a insistir. Primeiro o Luís Peralta obrigou o guarda-redes portista a uma defesa bastante apertada. Depois o Jorge Godinho desferiu uma stickada à entrada do meio ringue adversário. Nesta fase da partida, era notória a ascendência do J Ouriense, tento por uma única vez o André Azevedo avançado com facilidade no reduto defendido pelos da casa.
E chega-se aos vinte e um minutos e catorze segundos. Ruído ensurdecedor na bancada para celebrar o empate. A explosão foi indescritível. Mas, afinal, porra, porrinha, o golo não valeu. O Luís Peralta bateu a bola com o patim.
Até ao final da primeira parte, quase nada mais há a assinalar. Excepto que, faltavam quatro segundos para os vinte e dois minutos de tempo útil, a partida foi interrompida para reparação da máscara do Marco Barros e que, durante tal paragem, o Jorge Silva regressou ao cinco do FC Porto, rendendo o Reinaldo Ventura.
Estava-se a partida numa «fase batata a ti, batata a mim», com hóquei muito medido de parte a parte, muito pouco afoito, quando soou a buzina. Intervalo.
***
(isto está mais do que embruxado. a versão original da narrativa desta partida foi perdida. o mesmo aconteceu a parte da segunda versão, motivo porque acima está apenas a conversa relativa aos primeiros vinte e cinco minutos da partida. a paciência começa a esgotar-se. seja como for, tentar-se-á recuperar a reportagem referente à segunda parte do jogo. para cumprir a missão assumida. paciência, pois, aos outros também.)

1 Comentário

Grande malha, ó Sérgio.

Actividade

Comentários Recentes

Mais Comentados

Arquivos

Flickr

Flickriver
Powered by Movable Type 4.38