A arte de bem cartear todo o baralho de uma carta só

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A primeira versão da carta educativa municipal não foi apreciada e votada na sessão da Assembleia Municipal acontecida a 28 de Fevereiro porque o governo é mau. A segunda versão da mesma carta, aprovada na sessão da Assembleia Municipal de 30 de Abril, tinha mesmo que ser assim porque o governo é mau. A terceira versão da coisa será apreciada e votada em sessão extraordinária da Assembleia Municipal, convocada para o próximo dia 24 do corrente mês (vide Notícias de Ourém, n.º 3623, 18.Maio.2007, p. 20). Num intervalo de três meses, três versões. É a isto que se chama tentar até ver se pega ou parte muito, porque depois logo se vê. Se a Câmara Municipal insistir no baralha e dá de novo da mesma carta, provavelmente ainda conseguirá chegar ao royal flush.

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Ao que parece apenas vai mudar o mapa relativo aos agrupamentos de Caxarias e Freixianda, com o argumento de que haveria duplicação de transportes. Mas toda a gente sabe que o circuito de transportes dos alunos do Secundário daquela zona sempre passará por Caxarias. Se os alunos de Rio de Couros e Casal dos Bernardos estudassem na Freixianda, não havia necessidade de duplicar transportes para quem quisesse continuar em Caxarias: tinham sempre a carreira de Ourém garantida. É um falso argumento. Não sei porque têm de inventar estes argumentos! Ainda se fosse para resolver o problema de Fátima, talvez tivesse lógica, mas aí fica tudo igual.

É engraçado ver as minúsculas guerrilhas que pululam na santa terrinha... quando a câmara podia começar a melhorar a questão dos transportes locais, claro que apoiado pelo transporte de estudantes, pois algumas freguesias estão a perder população... uma rede ordenada, lógica de transportes rodoviários entre as freguesias; creio que haverá, pelo menos, candidaturas a subsídios para iniciar projectos na mesma linha lá do Ponto Giro, ou lá o que é; nesse sentido porque não articular as coisas e tentar criar uma rede de transportes públicos que sirva a maior parte dos cidadãos concelhios (e não apenas os de Ourém ou do Pinheiro e do Alqueidão (se alguma vez foram contemplados com o tal do Giro!!!!) e tente dar uma movimentação mais fácil entre as freguesias, articulado com os hórarios da estação de Caxarias e do apeadeiro de Seiça. Agora são os tempos da concorrência feroz entre as escolas, da Freixianda e de Caxarias estão condenadas a serem os parentes pobres do sistema que se está a implementar ao nível educativo em Portugal. Uma gestão eficaz dos transportes, a que não podem ser alheios factores como a pontualidade, frequência e pontualidade dos mesmos, com horários claros que as pessoas entendam.

(Peço desculpa pela interrupção, por via de uma desantenção!)
Continuando o raciocínio, uma gestão eficaz e racional da rede de transportes tem carecido de atenção por parte da rodoviária do Tejo, a qual se tem limitado, a nível local, a fazer uma gestão eficaz dos protocolos que cumpre com a CMO ou outras câmaras (estudantes, Fátima-Caxarias), sem os articular.
Seja qual for a distribuição dos alunos a questão dos transportes não se coloca... é uma falsa questão (desde que os transporte sejam acessíveis à população não-estudante), porque com boa vontade se poderia estar a trabalhar numa rede pública de transportes que satisfizessem a quer a procura dos alunos, quer a deslocação das populações (ligeira, presumo, mas com tendência a fidelizar-se e a aumentar), independentemente de como as áreas educativas estão distribuídas.
Agora, para finalizar, na guerrilha que se estabelece entre Freixianda e Caxarias a propósito da área de influência das suas escolas, é uma questiúncula, que claro está, não deixa de ter a sua importância... as escolas (agrupamento) sabem que serão financiadas por número de alunos, se a área de influência de cada uma for maior mais alunos terão. Acho que é o que está em causa... mas as escolas privadas de Fátima, já demonstraram que a influência provém da imagem da competência e rigor, na qual os conservadores habitantes do concelho de Ourém acreditam e valorizam e assim conseguem captar estudantes de todo o concelho de Ourém (à pala de todos nós!!!!), enfraquecendo , com a própria e exclusiva rede de transportes escolares!!!, aquilo, que em lógica comercial, seria o mercado das escolas menos capazes de transmitir essa imagem (i.e. todas as escolas do ensino médio do concelho, mormente as Freixianda e Caxarias, vilas onde a estúpida política de contratação de professores por parte do ministério faz com que sejam ponto de rodagem de inúmeros professores, o que não abona a imagem de competência e rigor dessas escolas... Mas isto é uma outra questão!
O que é certo, é que as escolas têm que dotar-se de planos de acção que visem o seu desempenho e que o façam valorizar junto das pessoas, porque no fim de contas, com regras, ou sem elas, são as pessoas que vão decidir onde estudar.
Quanto à questão do agrupamento, ou não, de Fátima nem me pronuncio.

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