Três alunos portugueses em viagem de finalistas detidos em Espanha

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Via Ricjo

Três alunos portugueses em viagem de finalistas detidos em Espanha
06.04.2007, Andreia Sanches
Apesar de milhares de adolescentes terem invadido a vila e do consumo excessivo de álcool, a Páscoa não foi marcada por muitas queixas, diz polícia catalã
Foi o último dia de festa para a maioria dos adolescentes portugueses que nestas férias da Páscoa foram a Lloret del Mar, na Catalunha, celebrar o final do ensino secundário. Boa parte dos cerca de 22 mil jovens regressou ontem a Portugal. Mas para três - dois com 17 e outro com 18 anos, entre os quais uma rapariga - a viagem de finalistas acabou mal. Foram detidos pela polícia durante a madrugada. Destruíam faixas e outro tipo de material publicitário de uma das agências de viagens portuguesas que organiza estas deslocações.
Os jovens, que serão de uma escola de Ourém, passaram algumas horas nos Mossos d"esquadra (a polícia da Catalunha), em Blanes, a poucos quilómetros de Lloret del Mar. Foi aí que o PÚBLICO os encontrou pela manhã. Estavam sentados na sala de espera, sem dizer palavra, olhos de noite passada em branco. Como em tantas outras noites dos finalistas nesta vila junto à praia também a festa de despedida durou até ser dia, foi eufórica e bem regada com álcool.

Update: Afinal o que se passou nada tem a ver com o que foi escrito no Público.

O gabinete de imprensa da Mossos d"esquadra em Girona - em Lloret ninguém tem autorização para prestar declarações à comunicação social - garante que têm sido raros os problemas com portugueses, mas não disponibiliza números. Também o gabinete do alcaide de Lloret Del Mar, Xavier Crespo, se escusa a fornecê-los. Um outro membro dos Mossos d"esquadra fala de meia dúzia de queixas ao longo destas duas semanas quase sempre por causa do ruído - as discotecas fecham às cinco, mas as ruas mantêm-se pejadas de adolescentes, muitos menores de idade, que teimam em não dormir. O álcool, apesar de ser proibido a quem tem menos de 18 anos, é o grande responsável pelos excessos.
"Lloret é nossa"
O fenómeno das viagens de finalistas em Espanha não é novo, mas Lloret ganhou subitamente protagonismo nos media portugueses. É que este ano não só se bateram recordes de afluência - "Lloret é nossa", ouve-se à medida que se caminha pelas ruas -, como logo na primeira semana de férias uma rapariga de 17 anos apresentou queixa por ter sido alegadamente violada num hotel, por dois guias de uma das agências portuguesas que organizam estas deslocações (a Polis, segundo um comunicado emitido pela Mundo Jovem, a entidade que organizou a viagem do grupo da vítima).
Os alunos ontem detidos viajavam pela Sporjovem, a agência de viagens, também portuguesa, que lidera o mercado. Só esta semana foi responsável por pôr em Lloret 4500 miúdos. "Os três alunos já estão caminho de casa", explicou à tarde Fernando Silva, coordenador-geral da "Operação Lloret" da Sporjovem.
"Basicamente houve uma denúncia porque estavam a destruir material publicitário de outra agência. Foram levados à polícia, tiveram que esperar por um tradutor, foram ouvidos, aliás o depoimento do terceiro jovem já só implicou fazer um copy paste do anterior e foram libertados", disse. Seguiram para Portugal num autocarro, com o resto da turma, tal como estava previsto, acrescenta. "Só que a partida foi mais tarde do que estava planeado."
Contactada pelo PÚBLICO, a Polis limitou-se a fazer saber que apresentou queixa contra a Sporjovem na sequência da destruição de material publicitário. Mas não explicou porquê. Fernando Silva disse desconhecer esta queixa.

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