Juventude Ouriense dá visibilidade ao concelho de Ourém

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Ourém, 16 Mar (Lusa) - A luta pela manutenção é o principal objectivo do Juventude Ouriense, formação estreante na primeira divisão nacional de hóquei patins e que projecta a nível nacional o concelho de Ourém, ainda sem tradições na modalidade.

O Juventude Ouriense é a única equipa de hóquei patins do concelho - o Centro Desportivo de Fátima chegou a ter esta modalidade que acabou em 2000 - e em apenas quatro anos atingiu o escalão maior da modalidade nacional, depois de se sagrar campeão nacional da III divisão em 2003/04.

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A luta pela manutenção é o principal objectivo do Juventude Ouriense, formação estreante na primeira divisão nacional de hóquei patins e que projecta a nível nacional o concelho de Ourém, ainda sem tradições na modalidade.

O Juventude Ouriense é a única equipa de hóquei patins do concelho - o Centro Desportivo de Fátima chegou a ter esta modalidade que acabou em 2000 - e em apenas quatro anos atingiu o escalão maior da modalidade nacional, depois de se sagrar campeão nacional da III divisão em 2003/04.

O clube, que comemora 55 anos de fundação, apresentou para esta temporada um orçamento de 100 mil euros, ombreando com clubes com capacidade financeira muito superior, e ocupa actualmente segunda posição da fase de despromoção, com 17 pontos, menos cinco que o líder Gulpilhares.

Em Ourém, apesar de existirem mais de uma dezena de equipas de futebol - que disputam os campeonatos distritais - o hóquei em patins tem assumido um papel fundamental para unir a população e, sobretudo, os mais jovens.

"Os sábados de manhã, com o pavilhão dos bombeiros cheio de miudagem, chegam a ser emocionantes. E as nossas equipas de escolares, iniciados, juniores, com todos os praticantes formados no Juventude Ouriense são uma alegria. Há uma tradição que se renovou e que se procura reforçar", disse à Agência Lusa o presidente da colectividade, Sérgio Ribeiro.

Segundo o dirigente, de 71 anos e ex-eurodeputado do Partido Comunista, durante o verão passado, a equipa correu o risco de não ter "casa própria", devido ao "desconhecimento do panorama nacional e do desporto no concelho" por parte da edilidade de Ourém.

Sérgio Ribeiro explicou que "a 'solução' do pavilhão desportivo do Pinheiro (localidade limítrofe à cidade de Ourém e onde joga o Juventude Ouriense) a partir de determinada altura, apareceu como a única possível".

No entanto, o dirigente entende que o pavilhão "não pode ser solução e tem servido precariamente", pelo que considera ser necessário "pensar e projectar mais longe e mais alto".

O presidente da Câmara Municipal de Ourém, David Catarino, vai contra a opinião do dirigente, considerando que o pavilhão em causa "reúne boas condições para a competição disputada pela Juventude Ouriense" e que a distância que separa o recinto da cidade - cerca de três quilómetros - não causa "qualquer constrangimento ao acesso de espectadores".

O autarca garantiu à Agência Lusa que não é objectivo da edilidade "construir um outro pavilhão a curto ou médio prazo" uma vez que "a cidade de Ourém tem no seu interior, ou num raio de cinco quilómetros, cinco pavilhões desportivos".

Num concelho com 415 quilómetros quadrados e sensivelmente 45 mil habitantes, o Juventude Ouriense assume-se como um clube eclético, com cerca de 400 particantes.

"Aos representantes nos vários escalões do hóquei, cerca de uma centena, há que somar as dezenas em pré-formação. Mas o Juventude Ouriense não é só esta modalidade, é também patinagem, natação, futsal, ioga, e aquilo que os sócios quiserem. Na totalidade, são cerca de 400 praticantes. Só na natação são quase duas centenas", referiu o dirigente.

O desporto tem dado ao concelho de Ourém alguma visibilidade nacional, uma vez que para além do Juventude Ouriense, tem dentro das suas "fronteiras" o Centro Desportivo de Fátima, líder a II Divisão série C em futebol e forte candidato à Liga de Honra, e o Grupo de Atletismo de Fátima, pelo qual corre Tiago Marto, campeão nacional de Pentatlo.

O jornalista da Lusa, nosso conterrâneo, mandou-me um questionário sobre o JO. A ele respondi, mas não sabia que ia ser confrontado com a opinião do Presidente da Câmara, e que só parte das minhas respostas seria aproveitada. Paciência.
Só quero acrescentar que, ao falar de pavilhões (5 num raio de 5 kms.?!), o que defendeu esta direcção foi outras soluções proviórias, e o direito que temos - bem como condições de espaço oferecido há anos por um promotor e amigo do Clube - a ter um pavilhão nosso. Ao que, como se tem verificado, o Presidente da Câmara se opõe.

Tinha mesmo que confrontar a CMO. Faz parte do trabalho e do código deontológico dos Jornalistas (ouvir as partes com interesses atendíveis).

Quanto ao ter sido publicado parte das respostas que me deu (e que aproveito para agradecer), foi isso mesmo apenas parte. O artigo que escrevi tinha 3.880 caracteres, sendo que depois de editado pelas chefias ficou um pouco mais curto: 3.459.

Mas penso que, de grosso modo, atingi o que pretendia: mostrar que apesar de em Ourém haver apenas uma equipa de hóquei, esta tem força e projecta o concelho a nível nacional. Algo nunca conseguido pelo futebol, e apenas aflorada pelo título nacional de pentatlo conseguido pelo Tiago Marto, de Fátima, e que uma boa parte dos portugueses não sabe que Fátima faz parte do Concelho de Ourém.

Outro ponto importante, e vale o que vale, é que o serviço Lusa é internacional e permite projectar o JO além fronteiras.
Mas tudo isto só foi possível graças ao trabalho do JO bem como o êxito conseguido, e isso é que é o mais importante.

Oh Carlos Pereira, até parece que nasceste ontem pá.
No caso em análise, tinhas "obrigação" de saber que tudo é uma questão cultural. Ou seja, só pedes segunda opinião se ela for teoricamente, ou por princípio, covergente com a primeira, percebes? Faz parte da "nomenklatura".
Tás a morder, ou queres que te faça um desenho?
E cuidadinho, podes não ir para a Sibéria, mas corres sério risco de seres deportado para os Casais. Sem net.
Passa bem.

Caro outsider,

obrigado pela sua magna sapiência.
Não percebo onde quer chegar com a deportação, mas quem não deve não teme ;)

Meu Caro Carlos Pereira,
Obrigado pela sua explicação. Não quer este agradecimento dizer que concordo consigo. Teria gostado de saber que, ao perguntar-me a opinião sobre o pavilhão do Pinheiro, ela seria confrontada com a opinião do sr. Presidente da Câmara.
Aliás, não se trata de caso com "interesses atendíveis" (conheço o código deontológico dos jornalistas), mas você entendeu assim e eu aceito. Embora não concorde.
Devo acrescentar que o sr. Presidente da Câmara só acha que o pavilhão do Pinheiro reune "boas condições para a competição disputada pelo Juventude Ouriense"... porque não ouve a Juventude Ouriense, os seus praticantes, quem entra nessa competição, confirmando o seu pendor autista.
E ninguém pediu que a Câmara faça mais um pavilhão (essa dos 5 num raio de 5 kms até tem graça e, se você ouvisse outros "interesses atendíveis" ou visitasse Tomar, por exemplo, veria quão mal servida está Ourém cidade de pavilhóes). Só gostaríamos de ter condições para ter um pavilhão do Juventude Ouriense, o que é o caso de outras colectividades, como a do Pinheiro e de tantas outros clubes fora de outros concelhos onde o JO vai jogar. E essas condições existem, ou existiriam se a Câmara quisesse, ou melhor, não criasse obstáculos a esse projecto.
De qualquer modo, saudações pelo seu trabalho muito útil para divulgar coisas oureenses.

Quanto ao comentário do auto denominado "outsider", está completamente... fora de jogo e, se quis fazer de mim alvo da sua pretensa gracinha, errou totalmente o alvo. Passou-me ao lado.

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