Boas festas

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Os membros da Assembleia Municipal eleitos pelo CDS/PP votaram contra o pedido de autorização da Câmara Municipal com vista à aquisição das instalações da Cooperativa Agrícola de Ourém, por 700.000€. Miguel Mangas, em declaração de voto, expressou os motivos desse voto, invocando, entre outros fundamentos, que o município não deveria envolver-se em negócios que devem ser prosseguidos pela iniciativa privada. Deolinda Simões não se ficou. E, embora na circunstância não tivesse qualquer cabimento regimental uma intervenção sua, fez constar que gostava muito de ver as vinhas amanhadas e os campos verdes. Ainda bem. Até já estou a imaginar o cenário bucólico, Deolinda Simões a manobrar gostosamente máquinas e alfaias agrícolas, jeiras além, como se fosse uma festa, para que, depois do próximo equinócio, a paisagem seja verdejante.

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Notável a reportagem, caro sf.
A imagem da bucólica senhora parece surgir à nossa frente.
Mas também admirável a paciência (que eu há um ano testemunhei) para a tudo assistir, ir tirando notas e eu calculo com que vontade de intervir...
Bom Natal para o pessoal do Castelo!

"Se já não torna a eterna primavera
Que em sonhos conheci,
O que é que o exausto coração espera
Do que não tem em si?

Se não há mais florir de árvores feitas
Só de alguém as sonhar,
Que coisas quer o coração perfeitas,
Quando, e em que lugar?

Não: contentemo-nos com ter a aragem
Que, porque existe, vem
Passar a mão sobre o alto da folhagem
E assim nos faz um bem"

Ricardo Reis

Perdoem-me a ignorância, mas a dita cooperativa tem vinhas, ou são dos particulares que la vão entregar as uvas? Se for o segundo caso, o que é que a aquisição da cooperativa por parte da cmo tem a ver com o amanho das vinhas?

Não quero ser desmancha prazer, mas na minha humilde opinião o que se pretende é apenas uma coisa: Comprar a cooperativa para saldar (com esse dinheiro paga-se a diviva - ou parte dela) e criar (mais uma) empresa municipal para dar um tachito a mais um "afilhado".

uma correcção. em rigor, a autorização pedida pelo executivo municipal foi para a aquisição dos créditos que a caixa de crédito agrícola de leiria detém sobre a cooperativa. é por essa via que a câmara municipal pretende assegurar a propriedade das instalações da cooperativa. conquanto, os demais credores da cooperativa - em processo de insolvência -, concedam.
e, é pá!, bonita écloga, ó André. aquela de "passar a mão sobre o alto da folhagem" é sublime.

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