rede wireless municipal

Foi anunciado publicamente, aqui há uns meses, o lançamento de um novo serviço Wireless da autarquia, com pontos de acesso em Ourém, Fátima, Caxarias e Freixianda. Já desde essa altura eu andava curioso para experimentar, mas a oportunidade ainda não tinha surgido.

Esta semana, num momento livre, resolvi sacar do portátil nas imediações da Junta de Freguesia da Freixianda e logo detectei a rede Wireless. Mas, para minha surpresa, o acesso é protegido por palavra passe.

Eu não sei se o sistema é igual nos restantes pontos de acesso do concelho, mas não vejo qual é a lógica. Se está protegido por palavra-passe, só com muito boa vontade se pode dizer que é um serviço público. E se não é um serviço público, é preciso muita imaginação para ver qual é a utilidade desse investimento.

Mesmo que a palavra-passe seja cedida a pedido dos interessados, o processo será super burocrático, a ponto de fazer desistir quem não tem pachorra para essas formalidades.Imagino que seja qualquer coisa do tipo: os interessados dirigem-se à Junta de Freguesia em horário de expediente, falam com uma funcionária, eventualmente preenchem um formulário, aguardam dois ou três dias até que o mesmo seja deferido, regressam à Junta e levantam a chave. Se não acertarem com o horário de expediente, fazem outra tentativa em melhor ocasião.

O que seria normal era ter pontos de internet sem fios com acesso público... sem os portões fechados. Isso já era um serviço às comunidades. Elementar, digo eu. Mas ou não é essa a opinião dos nossos dirigentes municipais, ou se trata de mais um exemplo em que se metem em assuntos que desconhecem. A boa vontade nem sempre é tudo.

Ou se calhar o objectivo também não era fornecer mais um serviço aos cidadãos. Se calhar era só para fazer um pouco mais de propaganda, a dar um ar de modernidade.

João Filipe Oliveira