Derrapagem

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Segundo o que noticia o Região de Leiria:

Os novos Paços do Concelho de Ourém vão custar pelo menos mais 1,5 milhões de euros (300 mil contos em moeda antiga) do que o previsto, em resultado de erros e omissões de projecto, elevando assim os custos da obra para 6,2 milhões de euros, sem contabilizar o IVA. A situação foi abordada na última reunião camarária, que decorreu segunda-feira. Na ocasião, o executivo foi informado de que os erros e omissões do projecto atingiriam, em números redondos, 25 por cento de custos, para além das obras de contenção periférica decorrentes da elaboração do estudo geotécnico. Só estes trabalhos, também relacionados com um erro de projecto, estão estimadas em meio milhão de euros, confirmou ao REGIÃO DE LEIRIA David Catarino, presidente da Câmara Municipal de Ourém. Tudo somado, e a obra, adjudicada por 4,6 milhões de euros, vai chegar, aos 6,2 milhões de euros. A derrapagem financeira, volvidos que estão três meses sobre o início da construção dos novos Paços do Concelho, já vai nos 34 por cento sobre o valor inicial.

Ler notícia.

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Resumindo:

- Erro do projectista, ao elaborar o projecto.

- Erro do fiscalizador, ao não detectar esses erros.

- Erro do empreiteiro, uma vez que quando concorreu a este projecto, não analisou devidamente o projecto e acabou por oferecer um preço inferior ao real.

Mas quem paga é o contribuinte por isso não há chatice....

Derrapagem é uma palavra comum, já não se estranha a sua pronúncia.
Já é também comum desta Câmara fazer uma gestão fora de série.

Pois claro, o contribuinte paga.

Onde estão aqueles anónimos que andam sempre a falar mal de quem crítica a câmara. É nestas ocasiões que devem cavar o seu buraquinho num canto escondido, e enterrarem-se sem fazer muito alarido.

Talvez a meditação debaixo da terra lhes abra os olhos.

Toda a gente sabe que é assim que se ganham concursos. No meu julgar se as condições do concurso se alteram ele deveria ser anulado e realizado com as novas alterações. Não há justificação para esta forma de gerir a coisa pública, mas deste sebo não há achaque.

"Toda a gente sabe que é assim que se ganham concursos"

Peço desculpa de apontar este ultimo comentário, mas creio que assim é que não vamos a lado nenhum. Se toda a gente sabe, então é porque estão todos de acordo com o funcionamento das coisas.

Deixando a conversa dos compadrios para trás, creio que seria possível à Câmara efectuar um contracto com uma clausula onde figurassem medidas sobre uma possível derrapagem (coimas à empresa por exemplo) - estou a citar um exemplo que li há algum tempo, mas não me lembro da fonte).

E agora uma questão de completo desconhecimento: o "pessoal" da oposição está de mãos atadas sobre este assunto? Não pode contestar estas decisões com mais poder decisivo?

ola
tudo isto é lindo tudo isto é Portugal

É o costume, enquanto os Srs. que cobram fortunas pela miséria de projectos que vendem não forem responsabilizados pelos erros e omissões, as obras publicas em especial, vão continuar a custar o dobro, com 1 décimo da qualidade. E sendo este caso em Ourém, nem estou a ver a admiração.

Ainda a semana passada sobre o caso do túnel do Rossio ouvi na TSF o engenheiro que acompanhou o estudo prévio ao lançamento do concurso a dizer que o orçamento dado pela empresa que o ganhou correspondia a cerca de metade do custo da obra! Altruísmo, só pode.

Esse Sr. deve ser filho de........alguem e o seu lugar seria na prisao pois graças a ele os Portugeses parece que não vão ter o tunel antes de 2011.

Não querendo generalizar (até porque há excepções) as coisas funcionam assim:
1-Partido A ou Partido B precisam de fundos
2-Visitam Empresa C
3-Empresa C entrega envelope com "notinhas de Euro"
4-Entidade publica D ou Municipio E lançam concurso
5-Empresa C concorre
6-Empresa C ganha concurso
7-Empresa C entra em derrapagem para recuperar notinhas de euro e para pagar Politicos F e G que colaboraram na aprovação do concurso descrito em 6
8-Contribuintes H a Z pagam as notinhas de euro e ganham uma obra imperfeita

Ninguém diz nada porque qualquer partido (governo ou oposição) pactua com este esquema. Todos têm telhados de vidro.

Abraços

Bem visto Pedro Lopes.

Até porque bastava uma simples Lei ou Decreto-Lei para acabar com esta palhaçada dos desvios.

Mas isso nunca irá acontecer. Lembram-se há cerca de um ano ter-se falado que o Governo ia aprovar um DL para obrigar os municípios a consolidar contas com as empresas municipais, para deste modo deixar de ser possível às câmaras fugirem às restrições orçamentais com a criação de empresas municipais. Isso também ficou em águas de bacalhau... pois iria prejudicar todos os partidos sem excepção.

Enfim o contribuinte paga e o gestores públicos continuarão a gerir o que não é deles. Por isso em vésperas de eleições os políticos prometem mundos e fundos. Afinal de contas eles estão a dar o que não é deles.... mas dos contribuintes!

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