Toy story, ii

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O meu profeta é o Buzz Lightyear. «Para o infinito e mais além» é o meu amém. Declarado isto, o que se segue é banda desenhada. Ontem, David Catarino compareceu à sessão da Assembleia Municipal atrasado, mais de vinte minutos. Deolinda Simões nem tugiu nem mugiu nem admoestou o presidente da Câmara Municipal, não obstante tal atraso seja uma evidente e manifesta falta de respeito pela Assembleia Municipal. É que David Catarino não se atrasou devido a factor imponderável ou a súbita indisposição. Não. Nada disso. David Catarino atrasou-se porque antes esteve entretido numa reunião de uma empresa municipal. A Assembleia Municipal - e quem estava a assistir - que esperasse. Esperámos. Mas o mais engraçado - e indiciador - não foi isto. Foi David Catarino ter confessado - naquele seu jeito de, mais do que mor, único opinador autorizado - que o município utilizou o expediente de contratação de serviços como pagamento do altruísmo de Toy. Isto é, na prática, a contratação de Toy para actuar no âmbito das festas da cidade e do município foi o pagamento de um favor. Ora no mundo à séria, o do Estado de direito, nem os favores se pagam - assim, em cash - nem o município, porque entidade pública, pode contratar serviços a quem quer que seja em função de juízos de simpatia ou amizade. Mas David Catarino, sem ter pedido parecer jurídico, julga sim. Repito, para não me enganar e para não me esquecer. O meu profeta é o Buzz Lightyear. «Para o infinito e mais além» é o meu amém.

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