A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) passou por Fátima. Segundo o Notícias de Ourém (n.º 3573, 19.Maio.2006, p. 8), 157 elementos, distribuídos por 57 brigadas, passaram por 388 estabelecimentos de hotelaria e restauração e inspeccionaram 20 toneladas de alimentos. Várias vozes, desde o vereador Vítor Frazão até ao deputado Mário Albuquerque, insurgiram-se contra esta acção, porque as vésperas de 13 de Maio são má altura e não dão jeito, porque ouve muito alarido e mediatização à volta do caso - como se Fátima fosse um complexo concentrado de restaurantes chineses - e porque tal intervenção foi de inspecção - isto é, a sério - e não de pedagogia - ou seja, a brincar. Em comunicado à imprensa, o presidente da direcção da ACISO resume categoricamente o tom de tais vozes. Assegura ele que tal associação “apoiará sempre todas as acções que visem melhorar a imagem e os serviços prestados pelos seus associados mas não poderá pactuar com o saque, o «show-off» e a tentativa de denegrir dessa imagem ou a força e o peso económico e social que Fátima tem no país e no mundo” (in Ourém e seu Concelho, n.º 819, 15.Maio.2006, p. 8). Suspeito que Deolinda Simões não deixaria o discurso por menos. Até porque o mundo, à sombra ou para além de uma azinheira, não é, não pode ser, assim tão grande. E é verdade, sobre os supostos telefonemas de denúncia da acção da ASAE nas bordas do altar do mundo, tou chim!, nem uma palavrinha...
Tanto quanto ouvi dizer estas inspecções em Fâtima são usuais em vésperas de 12 e 13 de Maio. Só que até esta ano iam só meia dúzia de inspectores e verificavam 3 ou 4 espaços. Deixo duas perguntas pertinente que se coloca: Se os comerciantes sabem que nesta altura há inspecções porque é que insistem em manter-se irregulares? Imaginem o que seria encontrado se não fosse hábito haver estas inspecções?
Para concluir, eu que sou adepto da legalidade, as leis e os regulamentos são para cumprir. Por muito que algumas leis sejam ridículas, sob pena de sermos tramados, devemos respeita-las. Se não concordarem com alguns regulamentos lutem pelas suas alterações e evitem de cuspir para cima dos outros como estão a fazer!
No entanto, quem exerce uma actividade deve saber com que "linhas se cose". Havia de haver mais inspecções destas e doutros tipos.
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As declarações dos responsáveis ourienses, são no minimo de lamentar.
E se as noticias do dia 13 ou 14 de Maio, dessem conta de uma intoxicação alimentar em Fátima?
A culpa era da ASAE por não ter inspeccionado, diriam
Sim, fazem muito bem em fazer inspecções e devia ser o ano todo.
Moro em Fátima e sei bem quanto esses chulos ganham em andar fora da lei. Haviam de ser inspeccionados e pagar os impostos todos, como também eu os pago.
A maior parte das casas inspeccionadas tem donos com grandes carros etc, declaram ordenado minimo e não tem condições nos seus estabelecimentos porque não querem. Por falta de dinheiro não é...
Inspeccçoes o ano todo mas é....