Foi você que pediu mais um elefante branco?

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A justificação económica oficial:

D.C.- Isto é assim: pagamos mais de mil contos de rendas por mês. Temos um financiamento do Governo, aprovado, de duzentos e tal mil contos. Considerando que o impacto financeiro se exercerá ao longo de três anos, nós medimos tudo isto e concluímos que não devemos perder a oportunidade. Senão, serão mais 10 ou 15 anos.

Agora pergunto o que nenhum jornalista perguntou: Quanto é que gasta a câmara de Ourém, em ordenados, por mês? E em pareceres jurídicos? David Catarino quer construir os novos Paços do Concelho como resposta ao problema errado.

Outro slogan brilhante:

«O seu conjunto irá conferir uma maior nobreza para a cidade, dinamizando completamente o seu centro urbano».

Eu já me contentava que as ruas e avenida principal fossem (re)pavimentadas. Sempre dava um ar mais urbano. Também era nobre se os duzentos e tal (sic) mil contos vindos do Estado fossem gastos a colocar uns canos novos pela rede de água da cidade. É que a CGEP precisa de uma ajudinha, coitada. Apesar de ter aumentado o preço da água, não consegue melhorar a rede de abastecimento da cidade. E que tal usar esse dinheirinho para efectuar mais saneamento básico pelas aldeias? Ou se calhar, requalificar o cruzamento de Pinhel para dar um ar mais nobre a um dos principais acessos a Ourém? E que tal gastá-lo numa remodelação e reorganização de serviços de apoio ao munícipe, para que as licenças não demorassem uma eternidade a sair cá para fora ou houvesse uma efectiva melhoria nos serviços de fiscalização e atendimento? Mas não, é mais importante dinamizar um centro urbano com a construção de um novo edifício camarário. Faz lembrar um velho hábito português de construir duas salas na mesma casa. Uma que não é usada, apenas decorada como se tratasse de um museu, muito bonita, que é utilizada de vez em quando, para as visitas, para fazer boa figura. A outra que é realmente usada a maior parte do tempo, encontra-se na cave e é escondida dos olhares alheios. Podemos aplicar este conceito inovador a Ourém. Vamos ter uns novos Paços do Concelho (juntamente com o Parque Linear) muito bonitos para mostrar ao turista e aos corta-fitas, mas o resto da cidade vai ficar como está e é nessa que a maior parte da população, efectivamente, vive.

Mas já dizia o Lampedusa, é preciso que tudo mude para que tudo fique na mesma.

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e, mais, vão abater o velho depósito de água. cambada de urbicidas!

Para quando deixar de pensar no umbigo e mostrar obra em TODO o Concelho e não num local pontual?

E que tal aquele cruzamento de quem desce dos bombeiros e corta à esquerda para a zona da Feira, em que o alcatrão está num estado lastimável e nem as marcas na estrada se vêem?! Nós, Oureenses, é que nos lembramos como eram as marcas ali colocadas e não temos problemas de maior nesse cruzamento. Agora ponham lá alguém que nunca lá passou (como eu já o fiz)... É lastimável. Em pleno centro da nossa cidade.
E saneamento básico para as zonas do Concelho onde ainda não o têm (em pleno século XXI)... No Alqueidão, continuámos a ter que contratar os serviços da Câmara para despejar as nossas Fossas...
Há tanto por dizer... Mas de facto, um novo edifício camarário é mesmo o que precisamos.

Deixava aqui uma sugestão.
Já que Fátima tem o estádio municipal porque não construir o novo edificio dos paços do concelho no mesmo sítio.

além de que, a averiguar pelos desenhos 3d-pseudo-arte-para-pato-bravo-encher-o-olho-e-a-carteira, aquilo é muito feio!
por outro lado, está muito bem para quem é. enfim...

Novo edifício, Câmara Municipal de Ourém.

Após ler os comentários quero aqui também expressar a minha opinião sobre a construção de um edifício que em minha opinião chega com muitos anos de atraso. Todos os dinheiros gastos com rendas e adaptação de instalações, foi um grande desperdício, ao longo destes últimos 10 anos.
O edifício do Município actual não oferece condições para o desempenho das funções. O mesmo deverá depois de reparado dar lugar a uma BIBLIOTECA e ou MUSEU.A Câmara tem uma série de serviços espalhados, obrigando a muitas despesas suplementares com pessoal. Existem hoje secretarias em duplicado, espalhadas pelas várias instalações, dificultando deste modo rapidez no tratamento dos processos. As rendas das instalações alugadas são também onerosas para o município, e podem ser banidas. A grande duvida é se o projecto se enquadra para aquele local e se foi devidamente estudado para servir os objectivos que foi criado, para não ser mais um elefante branco, como são os vários edifícios de restauração que a câmara tem construído, o Centro de Negócios, entre outros.

Aqui vai uma cena ....
Se fizessem a CÂMARA nos Castelos. Também pertence à cidade e dava vida ao património existente.

Lá está o velho ditado : Com papas e bolos se enganam os tolos... Com tanta coisa por fazer, tanta obra, tanto melhoramento, vai-se gastar um rio de dinheiro nuns Paços de Concelhos novos..sim senhor, isto é que é aplicar bem os dinheiros publicos... Porque não reabilitam velhos edíficios da nossa Ourém e assim atraem mais gente?? Exemplo: O velhinho Hospital, porque não chegam a um acordo com a Fundação para fazer algo de útil e que sirva a população?? Uma casa de espectaculos quem sabe??

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