Dizer mal

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Muitas vezes tenho gentios que me abordam para dizer, "É pá!, costumo ir ao Castelo, que até gosto, mas vocês passam a vida a dizer mal, não é?". "Aquilo está giro, lê-se umas coisas que até fazem sentido, mas vocês são sempre do contra." Eu respondo com uma citação de Vasco Pulido Valente:

Os portugueses não gostam que se «diga mal» de nada e desconfiam de quem diz. «Dizer mal» de um livro, de uma escola, de um hotel ou de uma política é sempre considerado um «ataque» de pessoa a pessoa e atribuído aos piores motivos: à inveja, à cobiça, ao ressentimento e por aí fora. Não ocorre a ninguém que «dizer mal» do livro não implica «dizer mal» da pessoa privada do escritor (...).

Trocando o escritor por outra ou outras personagens, acho que me fiz entender, pelas palavras d'outro. Já agora, o livro é este:

Vasco Pulido Valente, "Elogio da Maledicência", Esta Ditosa Pátria, Lisboa, Relógio d'Água, 1997, pp. 82-85. Via Esplanar.

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tal e qual...

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