Os tentadores

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Palavras de Humberto Piedade, vereador com os pelouros de educação, desporto e cultura: "o que eu gostaria mesmo, não sei se será possível, é que a Câmara [Municipal] se ocupasse muito menos em organizar eventos e se ocupasse mais a apoiar as associações, para elas os organizarem. Essa é a ideia de base. Vamos tentar" (in Notícias de Ourém, n.º 3557, 27.Janeiro.2006, p. 8). Oxalá a tentativa resulte.

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Vão para uns 7 anos que a Dra. Deolinda Simões disse, num encontro com jsd's na Freixianda se bem me lembro - Temos que tomar conta das associações (das direcções bem entendido) antes que socialistas ou comunistas o façam.

Isto mostra bem a importância que tem o associativismo para estes controleiros, volvidos todos estes anos sobre o projecto cultural acima citado, estes senhores nem sabem sequer o que fazem exactamente as associações, muitas recebem bem menos do que deveriam pela importância que tem nos locais onde estão estabelecidas outras limitam-se ao jogo solteiros/casados estival e conseguem na mesma assacar umas massas, mostrando-se assim que a distribuição do dinheiro é feita sem rigor nem organização.

O Sr. Piedade deve certamente estar empanturrado com a cultura que jorra da sua divisão à vários mandatos.

Os «Deuses» devem estar loucos,.Como é que este Humberto Piedade é capaz de dizer que a Divisão Educação Desporto e Cultura é o único sector da Câmara onde se trabalha a qualquer hora do dia.De duas coisas uma, ou ainda não se apercebeu que existem outros sectores onde hà pessoas interessadas na causa pública e por essa razão tem estado disponiveis para variadissimas situações, ou então com tanto elogio prepara-se para arastar a asa as beldades da Divisão.

E aquele ar de canastrão de bigodinho na capa? O Senhor Humberto tem tudo a ver com cultura! A cultura da pipa e do tractor, claro está! Ourém está tomada por uma cambada de campónios saloios. Se calhar sempre foi assim e a pretensa 'elite' oureense nunca existiu por falta de organização e motivação. Será que com algumas pessoas e a liderança certa, seremos capazes de causar alguma mudança? Para o bem da Cultura, com C grande, em Ourém. Sim, discuta-se a cultura em Ourém, se é que existe. Ninguém discute o programa cultural? Resume-se a que, concretamente? À Cenourem? A festas de DJ's da Auren no Arte? A festas (lan parties) de putos com computadores a trocar e jogar jogos nos bombeiros? São os amigos-convidados (nem todos são do PCP, é verdade) do Sérgio Ribeiro na Som da Tinta? É a música pimba nas festas da cidade? É da via sacra pascal no Castelo? Festa do Vinho também é cultura? E depois, não há mais nada? Bandas filarmónicas e grupinhos de música a tocar partituras com cheiro a mofo? A Auren a passar música para amigos na ABC Rádio? Para quando uma discussão a sério da cultura em Ourém, ou a falta dela?

o António coloca um conjunto de questões interessantes. ele pretende discutir o que é cultura, com cê grande. para ser sincero, não sei se isso é relevante. a mim interessa-me - e para isso estou disponível - discutir o que é e o que pode ser a cultura, nas suas mais diversas manifestações, em ourém. pelo que vislumbro, aquilo em que se concretiza a cultura em ourém não é tão pouco quanto isso (atenção: não me refiro nem à variedade nem à qualidade de tais concretizações). basta contar a maioria dos pontos de interrogação utilizados pelo António - e muitos outros poderiam ser acrescentados - para ter noção do que por cá vai acontecendo. a cultura, nas suas concretizações, é plural. os públicos, com os seus gostos e interesses, são diversos. por isso, para além da discussão desejada pelo António, parece-me também relevante encontrar a resposta para esta questão: quem é que está disponível para dispender recursos seus - nomeadamente tempo e dinheiro - para fazer e consumir a tal cultura? não são poucos os exemplos de iniciativas culturais meritórias experimentadas que pouca audiência tiveram, resultando quase como se não tivessem acontecido. porquê? há vários motivos, concerteza, desde o desinteresse das pessoas até à deficiente ou inexistente promoção dos eventos. mas o que é relevante, parece-me, é que as realizações culturais implicam custos de ordem vária. em relação a algumas dessas iniciativas há entidades ou pessoas que contribuem de modo significativo. em relação a outras não me parece que o panorama seja animador. seja porque os contributos são escassos. seja porque há estorvos.

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