O situacionismo humano

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A julgar pelos muitos comentários que tenho lido, ainda existem muitas cabeças que pensam que Ourém só vai mudar (para melhor, presumo eu), como que por milagre, quando houver um novo poder político a comandar o concelho. Ourém só irá mudar, quando os oureenses assim o quiserem. Não é por obra e graça do Divino Espírito Santo. Quem espera milagres da política, acho que ainda não acordou para a realidade. O que estas eleições autárquicas confirmaram é que exceptuando em algumas freguesias, os habitantes do concelho não quiseram mudanças. Não sei se é por causa de Fátima, das décadas de PSD, da melhor ou pior oposição, da falta de informação, do isolamento ou outra coisa qualquer, mas este eleitorado (na generalidade) não mudou de 2001 para cá. Reparei aqui nos comentários que se usa muito a idéia de comparar o desenvolvimento de Ourém (cidade) com outros concelhos vizinhos, como Torres Novas, Entroncamento e mesmo Leiria, como se as pessoas não saíssem pelas estradas que vão dar a estas cidades, como se não soubessem como cresceram nas últimas décadas, como se não saíssem para fora e tivessem que lhes lembrar o quanto Ourém estagnou ou ficou para trás. Elas sabem disso. Muitas lamentam, mas a maioria diz que está tudo bem e é assim que querem continuar. Quem quiser mudar o estado de coisas em Ourém, vai ter que mudar a mentalidade de muitas pessoas. E isso não se faz em meia-dúzia de anos ou por obra e graça do partido x/y/z. E o conservadorismo não é monopólio de idade ou do norte do concelho. Mas quero também dizer que não sou um pessimista antropológico ressabiado com a bitola da razão. E nos últimos anos em Ourém, por mão de muitas pessoas, associações e empresas tem-se feito coisas diferentes e para melhor. Agora, reduzir todo o destino de um concelho ou região à sua vertente política é ser, no mínimo, míope.

3 Comentários

Perante o que declaras concordo plenamente contigo.
As pessoas gostam assim da cidade.
Mas é lamentável quando as essas mesmas pessoas criticam, dizem mal daquilo que a cidade tem.
E pedem o que não há.
Não há Santo que aguente, lá isso é verdade.
Portanto não há nada a fazer.
Quem quiser melhor qualidade de vida, é só migrar para outra cidade. E assim não chatea ninguém, o que então parece 100% correcto.
Assim não há problema haver mais 4, 8, 12 , 16, 20 anos de PSD na câmara. ( atenção estes números não são os números para o euromilhões).
Por mim tudo bem !
Saudações Cordiais !
Viva a Democracia !

Como Ouriense que sou e sabendo que a minha cidade e o meu concelho teêm tido um desenvolvimento muito lento,não sou tão radical de chegar ao ponto e dizer quem está mal que se mude,porque Ourém precisa dos Ourienses e se os Ourienses não gostarem da sua cidade e do seu concelho não vai ser as pessoas de fora que irão gostar concerteza.
Á cidades nossas vizinhas mais desenvolvidas como Tomar,Leiria ou Torres Novas,mas são cidades maiores que Ourém,que teêm outras condições para se desenvolverem e também teêm outra capacidade de industrias que o nosso concelho não tem.
Penso que a culpa não é só da autarquia ou do poder politico laranja como quiserem,mas talvez não haja quem queira investir ou então á aqueles que querem investir e depois encontram muitos problemas pela frente.
Os Ourienses teêm que gostar de Ourém e do seu concelho e confiar em quem governa os seus destinos.
Existe o certo e o errado e a possibilidade de mudar,se Ourém e o concelho não mudou foi porque os Ourienses assim o decidiram e quiseram.
Um abraço.

Caro Pipas, vejo que voçê está conformado com a situação. Mas não está satisfeito, o que é um sentimento comum a todos.
Mas não haja que a Câmara deveria ter um papel importante " em relações públicas", com eventos e incentivos para captar investimentos do exterior: tanto na industria, como no turismo, e serviços.
Um facto é verdade, a Câmara sozinha não é capaz " fazer omoletes sem ovos", mas tem-se criar também parcerias com novas empresas, renovar o PDM. Porque para criar um novo InterMarche é um problema dos " diabos", como se pode quer criar mais coisas, se fazem " a tal resistência ao desenvolvimento".
É necessário rever o PDM, criar as bases para o investimento.
Viva o trabalho, viva a qualidade de vida !
Saudações cordiais !
Viva a Democracia !

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