escreve a. h. neves:
Então, não é que o presidente da Câmara Municipal de Ourém, David Catarino, declarou ao Público que devido aos incêndios deste ano que percorreram a mesma área dos de há 15 anos (?!) o concelho corria risco de desertificação.
Que desfaçatez, que mentira está a dizer aos portugueses, sr. Catarino. O senhor que tanto apregoa, a altos brados os índices de desenvolvimento do concelho de Ourém, os melhores do distrito de Santarém, o crescimento, a industrialização, etc, etc, vem agora clamar que o concelho está em risco de desertificação?
Venho aqui corrigi-lo: É PURA MENTIRA!!!! - Pelo menos no concelho de Ourém que o senhor conhece, NÃO!!!
Esquecia-me de que o senhor, os seus compadres e lacaios conheciam apenas um concelho de Ourém, composto apenas por OURÉM, Ourém, Ourém, Fátima (apenas desde há 10 anos), Alburitel, Vilar e Bairro!
Recordo-lhe que o concelho de Ourém tem 18 freguesias, das quais o senhor apenas se lembrou aquando da recente tragédia dos incêndios que afectaram o concelho.
Recordo-lhe que apesar do bom desempenho económico das freguesias do sul do concelho (será Fátima uma factor alheio a isso?) há outras que têm vindo a perder população paulatinamente. Recordo-lhe que há um movimento migratório dentro do seu próprio concelho (do Norte e Oeste para Fátima).
Recordo-lhe que não conheço quase ninguém da minha geração que detentor de um canudo viva ou trabalhe no concelho.
Recordo-lhe que num concelho com 416 km2 e 46000 habitantes há, apenas, 3 zonas industriais (uma da iniciativa de um grupo de empresários).
Recordo-lhe que, para além do famigerado nó da A1 em Fátima e que fica demasiado longe do resto do concelho, não há uma estrada de qualidade em todo o concelho (para quando o IC9?) Recordo-lhe que, apesar da quantidade abismal de fundos que desde 1986 a UE enviou para o país para o sector da agricultura, os executivos camarários do concelho não os souberam aproveitar, não promovendo políticas de reestruturação fundiária e a inovação agrícola e silvícola nas terras [férteis] do concelho.
Recordo-lhe, ainda, que há populações do concelho que não têm saneamento básico.
Agora, o senhor presidente declara que o concelho está em desertificação!!!!
Olhá Novidade!!!!!
Mas o que é que o senhor Catarino fez para evitar tal situação???
Mas como os ensimesmados “aristocratóides da Cidade da Corja”, sempre tiveram o rei no umbigo e a petulância e a altivez de pensarem que têm sangue azul “da Casa de Bragança” a correr-lhes nas veias: limitam-se a observar os súbditos do alto castelo e a única vez que falam com eles é quando recebem impostos. A centralidade de Lisboa perpetuada na centralidade de Ourém...
P.S.: Rigorosamente, a que é que o senhor presidente se referia quando falou nos fogos de há 15 anos? aos que atingiram as freguesias de Fátima, Atouguia e N.ª Sra. das Misercórdias? (talvez, não recordo a data e a área que ardeu, serrana, não é propriamente de pinhal, mas de carrasco); os que atingiram Espite e demais freguesias do Oeste concelhio em 1988? (2005-1988=17, menino David!). De qualquer modo, qualquer comparação é estúpida, porque a área atingida este ano é infinitamente maior (só mesmo quem não conhece o concelho é que não vê isso!)
eu pessoalmente assino por baixo.
Atão?
Como é que é?
"...vem agora clamar que o concelho está em risco de desertificação?"
"...Que desfaçatez, que mentira está a dizer aos portugueses."
"Agora, o senhor presidente declara que o concelho está em desertificação!!!!
Olhá Novidade!!!!!"
Sem gozo. Não percebi.
na~o e' de hoje, nem e' certamente devido aos incêndios deste ano (que aparentemente servem para tudo, agora).
Santa Cita,
Não sei se conhece suficientemente o concelho de Ourém, mas para quem conhece o concelho é óbvio que é um concelho a 2 velocidades, alimentado por um balão de oxigénio que é o turismo religioso de Fátima, sendo que o norte e oeste do concelho se vão desertificando pailatinamente, sem que ninguém dê por isso, até que o brilhante Catarino, num paleio populista se lembrou que o concelho está em processo de desertificação (basta estudar a evolução da população concelhia por freguesia, desde 1950 para se compreender; é que agora o concelho tem +/- a mesma população que nessa data, só que Fátima cresceu astronomicamente).
A reprodução do artigo do Público vai estar disponível no o gajo k n tem juízo nenhum